v22. n22 2024
Revista do curso da fotografia do curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco
Revista do curso da fotografia do curso de Fotografia da Universidade Católica de Pernambuco
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Ocupar. Resisitr.
“Um dia tudo isso será seu”.
O que vê que olha para
a cidade em seu longo
entardecer.
Para as artistas visuais Talyta e
Juliana Amara, ao modo do poeta
Carlos Pena, o Recife vai marchando,
o bairro de santo Antonio tanto se
transformando que, agora, às cinco da
tarde, mais se assemelha a um festim,
e portanto, o refrão tem sido assim:
reinterpretar o caos, esse caos social.
E pessoal.
“Meu propósito é dar sentido a minha
vida utilizando a fotografia. É poder
atravessar pensamentos criando
signos através das minhas produções.
Nunca é algo vazio, sempre há um
propósito. Minha dívida mental é
fomentar a arte, levantar artistas
que não têm condições e precisam ser
expostos”. diz Talita, cujo interesse é
“ressignificar o entendimento de que
o audiovisual precisa ser creditado,
valorizado e, acima de tudo,
respeitado”.
Essa ideia de respeito parece ser o
centro do trabalho das duas, como diz
Amara na conversa pelo aplicativo:
“Nisso somos iguais, eu e Ignus.
Uso a fotografia e o audiovisual
para viabilizar o trabalho de outros
artistas que não possuem acesso,
que estão em construção, que
estão em um contexto social mais
‘fragilizado’, artistas mulheres,
pessoas negras, lgbts”.
Esse é o ponto forte que podemos ver
no trabalho das fotógrafas formadas
pela Universidade Católica de
Pernambuco:
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