Medicina e Religião - História da Medicina

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gérmen. João Rodrigues de Castelo Branco nasceu em Castelo Branco em 1511. Homem de imensa cultura, grande conhecedor da alma humana, a sua postura ética e científica adquirem neste limiar do séc. XXI uma dimensão renovada. O Horto de Amato permitiu ao longo de dois anos o desenvolvimento de um diversificado conjunto de actividades que contemplou, numa visão multi e transdisciplinar o despertar das crianças do Jardim de Infância e da Escolaridade Básica para a construção de uma consciência ambiental e cívica, através da reflexão sobre a vida e a obra de Amato Lusitano e da observação/experimentação das plantas por ele usadas. A concretização deste projecto alicerçou-se nas seguintes perspectivas: . As dimensões científico-pedagógicas na vida e obra de Amato Lusitano «A viagem de Amato na Europa do seu tempo»; . Vida e obra de Amato Lusitano «A ligação afectiva de Amato a Castelo Branco», «O impacto científico das obras de Amato na Europa do século XVI», «João Rodrigues de Castelo Branco - Amato Lusitano - as razões de um nome»; . As curas de Amato «As descobertas das virtudes terapêuticas das plantas do Horto»; . O valor sociológico da obra de Amato «O trabalho infantil nas ceifas da Beira do século XVI»; . O Horto 79 de Amato e as actividades agrícolas na roda do ano «A apanha da azeitona»; . O Horto de Amato e as festas da Beira na roda das estações «Os magustos»; . As aromáticas usadas por Amato e cantadas pelo povo das Beiras «Brincar às cores e aos aromas no Horto de Amato», À descoberta dos valores da tolerância «Juramento de Amato». A concepção que o professor tem de Ciência irá reflectir-se na sua prática de ensino, pelo que a reflexão e o debate sobre Ciência constituiram parte do conteúdo programático da disciplina de EHC. Nesse âmbito, os alunos desenvolveram trabalhos de pesquisa e de reflexão perspectivados numa dimensão ética, social, histórica e filosófica da Ciência sobre a vida e a obra de alguns médicos naturais da Beira Baixa ou vindos de terras distantes, exerceram nesta região a sua acção, sabendo romper fronteiras de todo o tipo (Fig. 3). Nesse sentido, a Ciência foi vista como uma actividade humana que para ser compreendida necessita de ser inserida no conjunto mais amplo de todas as actividades do Homem. A estrutura social, a relação das classes, o modo de produção, a personalidade dos cientistas, os sistemas artísticos e culturais da época impõem-se como vectores de pesquisa e de reflexão. Isto é o mesmo que dizer que só se entenderá a Ciência, e o seu progresso, se se reconhecer a Cultura humana, da qual a Ciência é um segmento e uma resposta às necessidades do Homem. Ao considerarmos o desenvolvimento de uma mentalidade científica aberta, tolerante e informada assente nos valores da qualidade, da independência e do rigor, como uma condição indispensável para a criação da Ciência (e não apenas como um conjunto de saberes especializados produtores de teorias e de metodologias que eventualmente venham a ter uma aplicação útil), contribuir-se-á para a reflexão sobre ciência numa abordagem de Ciência como Cultura. * Professora Adjunta da E.S.E. de Castelo Branco.
XIII Jornadas de Estudo Conclusões Os participantes nas XIII Jornadas de Estudo “Medicina na Beira Interior- Da Pré-história ao Século XXI”, perante as comunicações apresentadas e a discussão por elas suscitada, aprovaram as seguintes conclusões: 1. Entendeu-se ter sido respeitada a orientação que, desde as primeiras Jornadas, vem permitindo concretizar estas sessões de estudo, particularmente no se refere ao princípio da interdisciplinaridade, consubstanciada através do encontro de múltiplos estudiosos oriundos de vários ramos das Ciências Humanas. Nesta perspectiva, foram apresentadas vinte e uma comunicações originais, enquadradas na seguinte temática: 1 - Amato Lusitano, médico sem fronteiras; 80 2 - Influências de além-fronteiras na medicina da Beira Interior; 3 - As relações médico-culturais entre Salamanca e a Beira Interior; 4 - Outros temas com interesse para a história da medicina. 2. Foi novamente reafirmada a urgência de as obras dos autores médicos da Beira Interior, escritas originalmente em Latim, serem vertidas para português, de modo a constituírem base de pesquisa interdisciplinar, a exemplo do que vem acontecendo
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AMATO LUSITANO - MÉDICO SEM FRONTE
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