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jornal balcao automotivo_edicao-0075NOVO_Layout 1 18/12/2012 22:22 Page 6<br />

FOTOS: DIVULGAÇÃO<br />

6 MERCADO Dezembro de 2012 | Edição 75<br />

Motopeças apresenta<br />

oportunidades para<br />

investimentos<br />

Mercado visa retomada nos próximos anos<br />

através do apoio de ofertas de crédito e<br />

melhores condições de financiamento<br />

Por: Simone Kühl<br />

Com um grande potencial de crescimento,<br />

o mercado de duas<br />

rodas tem apresentado ótimas<br />

oportunidades de negócios para fabricantes,<br />

distribuidores, e em especial<br />

para o setor de motopeças. Para ingressar<br />

neste segmento, profissionais recomendam<br />

conhecimento e capacitação<br />

técnica para um melhor atendimento<br />

ao consumidor.<br />

Apesar dos baixos índices de produção<br />

e vendas de motocicletas divulgados<br />

em 2012, expectativas são de um<br />

significativo aumento nos próximos anos<br />

devido às iniciativas e condições especiais<br />

para facilitar a compra de motos<br />

que o governo federal e os bancos<br />

têm oferecido.<br />

EM CRESCIMENTO<br />

Para Orlando Cesar Leone, presidente<br />

da Anfamoto (Associação Nacional<br />

dos Fabricantes e Atacadistas de<br />

Motopeças), o mercado de motopeças<br />

tem se mostrado muito promissor. “O<br />

setor de distribuidores e atacadistas tem<br />

empregado cerca de 100 mil pessoas no<br />

país, contando os postos diretos e indiretos,<br />

e fatura algo em torno de<br />

R$ 5 bilhões ao ano”.<br />

No ano de 2008, devido à crise mundial,<br />

o mercado sofreu uma retração,<br />

assim como todo o setor de duas rodas,<br />

mas voltou a se recuperar logo em seguida<br />

e 2011 foi considerado o melhor ano<br />

para o mercado brasileiro de peças.<br />

Contudo, em 2012, Leone comenta que<br />

houve novamente uma retração<br />

do mercado.<br />

“Em parte por conta da crise mundial<br />

que persiste e respinga aqui, e em parte<br />

por questões inerentes ao Brasil propriamente<br />

dito”, comenta. Embora com<br />

queda nas vendas, ele afirma que a frota<br />

de motos no país só tende a crescer, o<br />

que reflete positivamente no segmento<br />

de peças, pois movimentará o mercado<br />

de peças de reposição.<br />

Leone ainda destaca que é importante<br />

entender que o segmento de motopeças<br />

não está totalmente ligado ao<br />

desempenho das montadoras, pois o<br />

setor de reposição é, em grande parte,<br />

alimentado pela necessidade de manutenção<br />

de veículos que já estão fora<br />

do período de garantia oferecido<br />

pelas montadoras.<br />

“É nesse ponto que fabricantes e<br />

importadores sérios sofrem com a competição<br />

de fornecedores asiáticos, que<br />

colocam em nosso mercado produtos<br />

mais baratos, porém de qualidade duvidosa”,<br />

informa. Com isto, muitos consumidores<br />

procuram por produtos com os<br />

melhores preços e os fabricantes<br />

nacionais perdem espaço para<br />

os concorrentes.<br />

Para as empresas que prezam a qualidade<br />

em seus produtos e obedecem as<br />

especificações técnicas, o mercado de<br />

motopeças apresenta muitas oportunidades.<br />

Desta forma, Leone assegura que<br />

este segmento tem tudo para crescer<br />

saudável, gerar emprego, renda e contribuir<br />

para a arrecadação de impostos e<br />

para o desenvolvimento do país.<br />

POTENCIAIS REGIÕES<br />

“O mercado de motopeças cresce em<br />

todo o país”, salienta Leone. “Porém<br />

questões como demografia, poder aquisitivo<br />

e o tipo de utilidade que se dá à<br />

motocicleta em si contribuem para que<br />

esse crescimento apresente variações<br />

entre as regiões brasileiras. Devido a<br />

isso, Sudeste e Nordeste são as regiões<br />

que mais crescem no país”.<br />

No Sudeste, principalmente no estado<br />

de São Paulo, a motocicleta é considerada<br />

uma ferramenta de trabalho para<br />

muitas pessoas. “Na capital do Estado é<br />

muito usada por motofretes e, em diversas<br />

cidades do interior, como Araçatuba,<br />

por exemplo, é comum a figura do mototaxista”,<br />

conta.<br />

Outro fator que impulsiona a procura<br />

pela motocicleta em São Paulo são as<br />

más condições que o transporte público<br />

e o trânsito apresentam. Já no Nordeste<br />

a falta de um transporte público eficiente,<br />

aliada à necessidade de se locomover<br />

por longas distâncias, influenciam na<br />

representatividade desse mercado<br />

na região.<br />

Em consequência a estes fatores o<br />

mercado de reposição tem apresentado<br />

cada vez melhores chances de negócios.<br />

“É importante ressaltar que o crescimento<br />

do mercado de trabalho e a melhora<br />

na renda dos brasileiros de forma geral<br />

contribuem bastante para as vendas de<br />

peças de reposição”, completa.<br />

FUTURO DAS MOTOPEÇAS<br />

“O futuro é promissor desde que as<br />

distorções do mercado sejam corrigidas.<br />

Entidades representativas do setor,<br />

como a Anfamoto, têm lutado fortemente<br />

junto ao Governo Federal por medidas<br />

que visem proteger a indústria nacional<br />

de peças da concorrência dos importados.<br />

Medidas pontuais já estão sendo<br />

tomadas pelas autoridades públicas”.<br />

Diante deste cenário, Leone informa<br />

que em setembro os impostos de impor-<br />

tação de 100 produtos, entre pneus e<br />

câmaras de ar, foram elevados pelo<br />

Governo Federal, que aumentou as alíquotas<br />

em até 25% para os itens adquiridos<br />

do exterior. E há ainda negociações<br />

para a redução de impostos aos fabricantes<br />

nacionais de motopeças.<br />

A elevação de IPI aos veículos com<br />

porcentagem baixa de peças brasileiras<br />

também está em negociação, de modo a<br />

garantir à indústria nacional igualdade<br />

de condições com os bens adquiridos do<br />

exterior. “Também lutamos pela certificação<br />

compulsória de um determinado<br />

grupo de peças pelo Inmetro”.<br />

Desta forma, explicita que os concorrentes<br />

terão que mudar as práticas de<br />

venda e colocar no mercado apenas produtos<br />

que atendam corretamente às<br />

especificações técnicas propostas. “Se<br />

essas medidas se concretizarem, retomaremos<br />

o forte crescimento dos anos<br />

anteriores”, assegura.<br />

Os bancos estatais também têm contribuído<br />

para a movimentação das vendas,<br />

como a Caixa Econômica e o Banco<br />

do Brasil, que recentemente anunciaram<br />

redução de juros e ampliação do escopo<br />

de seus empréstimos a uma maior variedade<br />

de motos. Estas medidas, Leone<br />

acredita que irão refletir positivamente<br />

no desempenho do segmento em<br />

longo prazo.<br />

ORLANDO CESAR LEONE, DA ANFAMOTO MARCOS MOSSO, DA NGK

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