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Letra Viva: práticas de leitura e escrita - TV Brasil

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1) O inacabamento – como afirma Geraldi (2003), a vida, concebida como acontecimento<br />

ético aberto, não comporta acabamento (p. 47). É na relação com o outro que po<strong>de</strong>mos ver o<br />

que, do nosso ponto <strong>de</strong> observação, não é possível. E é no confronto <strong>de</strong> diferentes saberes e<br />

pontos <strong>de</strong> vista que o planejamento po<strong>de</strong> ir se completando e ganhando novos contornos. O<br />

planejamento não é algo solitário feito pelo professor. É uma construção que envolve a equipe<br />

pedagógica da escola e as crianças também. Cabe ao professor prever o que po<strong>de</strong>rá ser<br />

<strong>de</strong>senvolvido, mas é na troca coletiva que ele vai se ajustando e se aproximando dos<br />

interesses e necessida<strong>de</strong>s do grupo <strong>de</strong> crianças.<br />

2) A participação – o planejamento, quando coletivo e participativo, <strong>de</strong>scentralizado do<br />

professor, passa a ser responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos, da elaboração e execução à avaliação.<br />

Envolver as crianças no planejamento das ativida<strong>de</strong>s do dia-a-dia e/ou <strong>de</strong> um projeto que será<br />

<strong>de</strong>senvolvido pela turma é importante pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as crianças pensarem juntas,<br />

fazerem escolhas, negociarem pontos <strong>de</strong> vistas, anteverem o que vão fazer etc. Todo este<br />

processo <strong>de</strong> participação, além <strong>de</strong> ser uma experiência coletiva interessante, possibilita um<br />

maior envolvimento no processo e, por isso mesmo, maior comprometimento com as<br />

propostas e com o próprio grupo. Ao se sentirem protagonistas do processo, autorizadas a<br />

discutir, opinar e a fazer escolhas, as crianças tornam-se co-autoras do trabalho. Neste sentido,<br />

é importante a apresentação das ativida<strong>de</strong>s para as crianças, seus objetivos didáticos, o tempo<br />

<strong>de</strong> duração, as expectativas, os resultados e a avaliação, isto faz com que elas se situem,<br />

dando clareza ao que terão que fazer, aos objetivos a serem alcançados, possibilitando a<br />

organização, a gestão do tempo e a auto-avaliação – elementos básicos para a construção da<br />

autonomia.<br />

3) A previsibilida<strong>de</strong> e a imprevisibilida<strong>de</strong> – o que se po<strong>de</strong> e o que não se po<strong>de</strong> antecipar em<br />

relação à aprendizagem das crianças? Quais são os pontos (conteúdos, objetivos, processos<br />

etc.) que necessitam <strong>de</strong> discussões em reuniões <strong>de</strong> planejamento da escola, do segmento e/ou<br />

da série? Que objetivos precisam ser alcançados por cada grupo e por cada criança, durante<br />

um <strong>de</strong>terminado período? Que intervenções e encaminhamentos são necessários prever para<br />

que a aprendizagem ocorra? Que ajustes o planejamento precisa sofrer para atingir os<br />

objetivos? Estas e outras questões fazem parte <strong>de</strong> uma proposta pedagógica comprometida<br />

LETRA VIVA: PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA 31 .

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