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Letra Viva: práticas de leitura e escrita - TV Brasil

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social da escola, concepções <strong>de</strong> educação escolar, <strong>de</strong> ensino-aprendizagem, <strong>de</strong> infância, <strong>de</strong><br />

modos <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, entre outras. Estas concepções são básicas para a seleção <strong>de</strong> conteúdos,<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> metodologias e métodos <strong>de</strong> trabalho, organização dos espaços e dos tempos da<br />

escola, organização <strong>de</strong> turmas, <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, além da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> rotinas e <strong>de</strong><br />

propostas didáticas. Sabemos que todas estas questões e fatores têm influência nos modos <strong>de</strong><br />

ensinar e <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r.<br />

Para ilustrar brevemente o que foi abordado no parágrafo acima, lembramos uma reflexão<br />

recorrente <strong>de</strong> professoras alfabetizadoras, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados da década <strong>de</strong> 80 do século passado,<br />

possibilitada pelo avanço <strong>de</strong> estudos na área. Começamos a observar que as crianças,<br />

principalmente as <strong>de</strong> classes populares, tinham dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar os padrões <strong>de</strong> texto<br />

acartilhado, mesmo que já tivessem se apropriado do princípio alfabético da <strong>escrita</strong> e<br />

conhecessem a representação das relações entre sons e letras. Como as crianças superariam<br />

aqueles padrões, se os textos que liam na escola tinham aquele formato? Se em suas casas<br />

materiais escritos circulavam pouco, tanto para <strong>leitura</strong> quanto para a <strong>escrita</strong>? O resultado<br />

daquele trabalho alfabetizador dificilmente seria diferente <strong>de</strong> A menina mima a boneca. A<br />

boneca é boba. Mimi é um gato mimoso, e <strong>de</strong> outras <strong>escrita</strong>s semelhantes.<br />

Assim como a questão abordada no parágrafo acima, muitas outras vêm sendo revisadas por<br />

nós. Se trabalhamos para a formação <strong>de</strong> sujeitos críticos, inventivos e comprometidos<br />

socialmente, precisamos superar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escola que vive <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s caracterizadas por<br />

repetições e padronizações rígidas, <strong>de</strong>senvolvendo nas crianças e nos jovens a curiosida<strong>de</strong>, a<br />

solidarieda<strong>de</strong> e a afetivida<strong>de</strong>. A turbulência do mundo nos leva também a criar condições para<br />

a constituição <strong>de</strong> pessoas capazes <strong>de</strong> suportar inquietações e incertezas. Desse modo, a<br />

convivência e o trabalho com a diversida<strong>de</strong>, com textos para <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> múltiplas origens<br />

(literários, científicos, filosóficos, entre outros) e com outras formas <strong>de</strong> expressão, além da<br />

linguagem verbal, po<strong>de</strong>m contribuir muito. O mundo é plural e tenso e po<strong>de</strong> ser conhecido e<br />

apreendido <strong>de</strong> diferentes formas.<br />

Temos percebido a importância <strong>de</strong> ler para as crianças, para que elas aprendam, além da<br />

<strong>escrita</strong> das palavras, novas maneiras <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> e os modos como a<br />

LETRA VIVA: PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA 4 .

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