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• bem-estar<br />
O<br />
Prevenção<br />
contínua<br />
Outubro Rosa já passou, mas os cuidados<br />
com a prevenção do câncer de mama não<br />
podem ser esquecidos. De acordo com o<br />
Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes<br />
da Silva) este é o segundo tipo mais frequente<br />
no mundo. A doença apresenta 22% de novos casos<br />
a cada ano, em torno de 57 mil diagnósticos. O número<br />
de morte ainda é alto: 13.345 em parte devido<br />
à descoberta tardia.<br />
A mamografia já tem contribuído de forma significativa<br />
para a redução da mortalidade, principalmente<br />
nos países que apresentam um programa de monitoramento.<br />
Mas é preciso ir além, tanto nos avanços<br />
para a detecção da doença quanto no tratamento da<br />
mesma. Um grande salto tecnológico nesse sentido<br />
são as mamografias 3D, também conhecidas como<br />
Tomossíntese.<br />
O software é capaz de detectar com mais precisão<br />
o câncer de mama ainda antes de aparecerem<br />
os nódulos. “A radiografia permite que sejam feitos<br />
cortes milimétricos de toda a mama. Depois essas<br />
imagens são reconstruídas no monitor reduzindo ao<br />
Foto: Fabio Ortolan<br />
máximo a sobreposição dos tecidos. Desta forma,<br />
lesões que poderiam passar despercebidas aparecem<br />
de forma muito mais segura e eficiente”, esclarece<br />
Maria Helena Louveira, médica radiologista com<br />
especialidade em diagnóstico de câncer de mama.<br />
A profissional observa que alguns estudos americanos<br />
mostraram que esse recurso é capaz de aumentar<br />
em 27% a eficiência do exame devido à “redução<br />
dos falsos positivos, que são as imagens falsas que<br />
às vezes simulam uma doença. São dois benefícios:<br />
aumento da detecção e redução dos falsos positivos”.<br />
O software, de acordo com Maria Helena, vem<br />
para melhorar os resultados e descobrir ainda mais<br />
precocemente a doença. “Quanto mais cedo, melhor<br />
as chances de cura. Antes dele, a grande dificuldade<br />
da mamografia era justamente a sobreposição do<br />
tecido, principalmente nas pessoas que têm muitas<br />
glândulas mamárias, que chamamos de mamas<br />
densas, característica das pacientes mais jovens”,<br />
realça a médica. A mamografia 3D é capaz também<br />
de diagnosticar com mais precisão a doença em<br />
pacientes com prótese de silicone.<br />
Fique ligada!<br />
Para fazer a prevenção de forma correta, a rotina preconizada<br />
pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia) indica<br />
realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos,<br />
quando começam a aumentar as chances da mulher desenvolver<br />
a doença. O exame com tecnologia 3D ainda não tem<br />
cobertura dos planos de saúde e custa em torno de R$ 400.<br />
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