You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
começaram a inundar o mercado europeu e, entre essas curiosidades, a xilogravura japonesa foi<br />
imediatamente apreciada por seus méritos artísticos. Muitos artistas franceses tornaram-se<br />
colecionadores entusiásticos das gravuras de Hokusai e Utamaro, e não tardou que a influência de tais<br />
mestres japoneses se tornasse evidente na obra de muitos impressionistas. Uma gravura japonesa<br />
aparece no fundo do retrato de Zola por Manet (1868); outra, no Tio Tanguy (1886-8), de Van Gogh,<br />
ainda outra no Auto-retrato com uma orelha cortada (1889), no Instituto Cortauld; a Natureza-morta<br />
com uma gravura japonesa (1889), de Gauguin, é outro exemplo. Mas isso constitui meramente prova<br />
da popularidade das gravuras; a sua influência é evidente nas mudanças que tiveram gradualmente<br />
lugar no estilo dos pintores franceses: o uso de arabescos lineares para fechar áreas planas de cor não<br />
modulada, o abandono da perspectiva tridimensional e uma concepção de pintura como heráldica,<br />
alegórica ou simbólica. READ, Herbert. História da pintura moderna, p. 21-22.<br />
28 “Gauguin, extraordinário renovador da xilo, usou pranchas mal aplainadas, não lixadas, ou<br />
grosseiramente lixadas, para dar maior aspereza à superfície, e, na tiragem, calcava o papel com a<br />
palma da mão, sobre as desigualdades da matriz”. FERREIRA apud BOTELHO. Teatro da gravura no<br />
Brasil, Rio de Janeiro: EBA/UFRJ, no prelo, p. 53.<br />
29 “Edvard Munch, em 1896, dedicou-se á gravura em madeira, e neste campo introduziu algumas<br />
inovações técnicas, sendo, por exemplo, o primeiro a fazer uso dos veios da madeira, permitindo assim<br />
que o material ajudasse a ditar a forma, Também desenvolveu um novo método para cortar os blocos.<br />
Influenciadas por Gauguin e pelas gravuras japonesas, estas gravuras em madeira atingiram uma<br />
firmeza de estilo jamais encontrada noutros aspectos da sua obra”. GROLIER apud BOTELHO, op. cit.<br />
p. 53.<br />
30 N. A. - Odilon Redon (1840 -1916) foi um artista que conviveu com os impressionistas, mas estava<br />
muito mais interessado no mundo interior do que na luminosidade exterior que aqueles buscavam. Sua<br />
obra, com isso, se volta para o fantástico, com referências à mitologia clássica, aos mistérios da natureza e<br />
aos devaneios líricos, tudo colorido delicadamente a pastel ou a óleo. Mas antes da descoberta da cor,<br />
Redon começou pelo negro do carvão passando depois a utilizar a litografia e a gravura em metal para<br />
expressar-se com estes tons sombrios – “as minhas sombras”. Várias destas gravuras foram editadas em<br />
álbuns.<br />
31 Honoré-Victorin Daumier (Pintor francês), 1808 – 1879 - Pintor francês nascido em Marselha,<br />
considerado em seu tempo apenas um caricaturista político, com o tempo passou a ser visto como um dos<br />
mais importantes representantes da tendência realista que dominou a pintura francesa em meados do<br />
século XIX. Radicado com a família em Paris (1815), onde freqüentou a Academia de Belas-<strong>Arte</strong>s e foi<br />
influenciado, principalmente de Rubens e Rembrandt, e dos tipos pitorescos das ruas de Paris. Embora<br />
tenha realizado muitas xilogravuras, seu principal meio de expressão foi a litografia, produzindo cerca<br />
de quatro mil peças, a maior parte delas de conteúdo satírico social e político. Suas ilustrações e charges<br />
começaram (1830) a aparecer em La Caricature, publicação de sátira política. Uma sátira a Luís Filipe<br />
lhe valeu seis meses de prisão (1832) e com a ascensão do regime autoritário de Napoleão III, sua<br />
carreira de chargista foi definitivamente interrompida e ele se retirou para Valmondois (1848), onde<br />
ficou até morrer, dedicando-se à pintura de cenas rústicas, explicitando costumes e conteúdo social.<br />
Fonte: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2215.html Acesso em: 22/07/2012.<br />
32 Félix Vallotton nasceu em Lausanne, na Suíça em 28/12/1865, numa família de classe média alta. Aos<br />
dezessete anos foi para Paris onde estudou na Academia Julian. Começou sua carreira artística<br />
pintando retratos, fazendo-se conhecer mais tarde por cenas de interior (pintura de gênero). Foi por<br />
aqui que desenvolveu sua maneira própria de pintar, seu estilo caraterístico: trabalhando com pequenas<br />
e precisas pinceladas, prestando atenção aos detalhes. Começou a se interessar pela gravura em metal<br />
em 1897, mas se apaixonou pela xilogravura e produziu um grande número de xilogravuras e ficando<br />
bastante famoso com elas. Também desenhou muitos pôsteres. Em 1897, ele se desvencilhou dos laços<br />
que havia mantido com a Societé de Artistes Français e entrou no Salon des Indépendents, onde foi<br />
inicialmente muito atacado pelos críticos mais conservadores. Juntou-se ao movimento dos Nabis e<br />
participou de suas exposições. Em 1900 ganhou a cidadania francesa. Expos freqüentemente na<br />
companhia de Bonnard, Vuillard e Rouseel. Morreu em Paris, em 19/12/1925. Fonte:<br />
289