Baixos - Arte + Arte

More documents

Recommendations

Info

WIKIPEDIA. Cânone ou Cânon. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2none > Acesso em: 24/05/2012. WIKIPEDIA. Augusto José Marques Júnior. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Marques_J%C3%BAnior > Acesso em: 14/05/2012. Nota da introdução 1 Parece inevitável chegar seja à condenação platônica da imagem, como mera aparência de uma essência que lhe escapa: ou à condenação moral e religiosa, para quem a aparência é a representação ilusória de um vazio verdadeiro. Os historiadores de arte sabem, no entanto, que existe uma ligação forte entre coisas que se assemelham. A história da arte moderna afirmou-se com a fotografia, ou seja, com algo que reproduz um original. São fotos de quadros, de estátuas, de edifícios, que permitem aos historiadores os estudos comparativos. Eles trabalham com imagens de imagens. Os grandes centros internacionais de estudos em história das artes possuem grandes mesas. Grandes mesas são necessárias e indispensáveis: sobre elas podem-se dispor várias fotografias e comparar. Comparar é uma forma de compreensão silenciosa da relação entre as imagens. As palavras não conseguem apreendê-las: podem ser, no máximo, indicativas de intuições mudas. Num estudo de história da arte, as imagens nunca são secundárias, ilustrações destinadas a embelezar um texto. Elas são nucleares, porque carregam em si o próprio processo de raciocínio. COLI, Jorge. O corpo da liberdade.São Paulo, 2010, p. 268. Notas do capítulo I 2 N. A. - Cada técnica tradicional de gravura possui um material específico como matriz. Desta forma, além da madeira para xilogravura e do linóleo para a linoleogravura, na chapa de cobre será feita a gravura em metal (ou calcografia) e na pedra litográfica será realizada a litografia; já a tela de nylon, devidamente preparada, será a matriz da serigrafia. Nos dias atuais, os processos digitais permitem a criação e reprodução infinita de imagens, mas não há consenso a respeito de se considerar tal procedimento como um processo de gravura no sentido original do termo – trata-se da controversa “gravura digital”. 3 Riscar, gravar e sulcar a argila ou pedra dura, desenhando ou contornando formas ou relevos. Essas marcas datam desde as origens da humanidade e deixam transparecer a necessidade imperiosa do homem dominar a matéria. JORGE, Alice; GABRIEL, Maria. Técnicas da gravura artística, p. 13. 4 Os egípcios, caldeus e assírios e todos os povos da antiguidade gravaram sobre a pedra aquilo que chamamos selos para servir de moldes a matérias mais moles como argila e cera. A escrita hieroglífica ou cuneiforme era gravada em finas placas de pedra, barro ou metal. Também os ourives na antiguidade se serviam de gravuras lineares incisas no metal como ornamento das suas peças, tal como os gregos e romanos o fizeram. A estampa só não foi possível pelo fato da não existência do papel. [...] A gravura sobre madeira ou xilogravura foi a mais antiga técnica que permitiu a multiplicação das suas provas. A impressão duma matriz, talhada em relevo, teve a sua primeira aplicação na estampagem de tecidos para estofos e outras decorações. Na Índia, Pérsia e China grandes tábuas eram talhadas em relevo para a estampagem de tecidos e, mais tarde, para imprimir gravuras e livros. JORGE, Alice; GABRIEL, Maria. Op. cit. p. 13. 5 O desenvolvimento da gravura está ligado ao aparecimento do papel na Europa. Conhecido há muito pelos chineses, o segredo do papel chega ao ocidente por um longo caminho. Em 751, na batalha de 281
Atlah, os árabes capturaram os fabricantes de papel que são instalados em Samarkand, e, de lá, o papel chega á Europa pela rota das caravanas, penetrando primeiro na Espanha e depois na Itália, em meados do século XIV. Entretanto, será fabricado em quantidade significativa apenas ao final do século XV. A impressão em pergaminho não permitia bons resultados, sendo este substituído pelo uso do papel. A substituição da fibra de cânhamo pela de linho, para a fabricação de papel, permite um aumento da produção, um barateamento no custo e, conseqüentemente, o torna mais acessível aos artesãos. MARTINS FILHO, C. B. Introdução ao conhecimento da gravura em metal. Rio de Janeiro: PUC, 1981/2ª ED. 1982 c/MNBA, p. 12. 6 Um simples pedaço de tábua de superfície razoavelmente igualada – e já se tem a matriz virgem da gravura. O desenho, composto de linhas puras (caso das mais belas estampas européias antigas), de linhas cruzadas (talha cruzada), de áreas pontilhadas (crivo e de zonas compactas (chapados), às vezes em surpreendentes combinações e violentos contrastes, pode ser feito diretamente na prancha, pode ser transferido por decalque, ou ainda, como na gravura à maneira japonesa, consistir numa colagem, sobre a matriz, do papel fino onde se riscou a imagem. É doce desenhar diretamente, a lápis, na madeira, tanto mais que a superfície é sempre convenientemente preparada, e às vezes mesmo pintada de branco. Com uma lâmina bem afiada escava-se em torno dos riscos e manchas, de modo a deixar o desenho em relevo. Como os talhos são de certa profundidade, não é preciso uma técnica muito especial de entitamento. A tinta de natureza oleosa, para melhor fixação ao papel, é passada a tampão ou rolo. FERREIRA, Orlando da Costa. Imagem e letra, p. 37. 7 Os livros até a Idade Média eram peças únicas manuscritas e ilustradas com iluminuras; eventualmente eram copiados. A partir do início do século XV apareceram as primeiras tentativas do livro impresso, os incunábulos xilográficos: cada folha contava com uma ilustração impressa no alto da página e o texto caligrafado em baixo. É de 1430 o exemplar de “Exercitum Super Pater Noster” editado desta maneira. Pouco depois já se grava também o texto na mesma matriz de madeira utilizada para a ilustração, simplificando bastante o processo de edição do livro. Em 1450 já se tem conhecimento dos caracteres móveis para a composição do texto e aparecem os chamados incunábulos tipográficos, sem dúvida os precursores do livro impresso. Nas obras reservadas aos religiosos, o texto é denso e as ilustrações simples, enquanto que para os iletrados era utilizado um texto simples com imagens fortes e sugestivas. Esses incunábulos conheceram um grande número de edições, penetrando em várias camadas sociais. MARTINS FILHO, C. B. Op. cit., p. 12. 8 Vindas do oriente na rota das caravanas, as cartas para jogar encontram um largo mercado na Europa. Produzidas como iluminuras e posteriormente impressas com matriz de madeira, foram muito fabricadas desde o século XIV na França, Itália, Alemanha e Países <strong>Baixos</strong>. A princípio, os jogos de azar e as cartas foram condenados pelo clero por questões religiosas e morais. Entretanto, a popularidade foi de tal ordem que mais tarde a restrição existirá, mas com o objetivo de regulamentar a produção desses artigos, protegendo o mercado interno para os fabricantes locais, É o caso de Veneza, que em 1441 proíbe a importação de cartas e figuras gravadas. MARTINS FILHO, C. B. Op. cit., p. 12. 9 Longe ainda da descoberta da imprensa que data dos meados do século XV, a influência da estampagem em madeira fez a sua aparição no século XIV. Assim, a gravura aparece nos livros de caráter religiosos e nos próprios manuscritos, não só como ilustração, mas também nas grandes iniciais decorativas verifica-se na estampagem a marca deixada por objetos que friccionados sobre o pergaminho obrigava a tinta depositada sobre o relevo a aderir a este. JORGE, Alice; GABRIEL, Maria. Op. cit. p. 14. 10 Com o fim do século XV, a gravura em madeira vai ter uma grande importância nos países que a viam nascer. A Alemanha, pais de origem das mais antigas xilogravuras, encontrou nesta arte, o meio mais adequado às suas possibilidades na participação do movimento estético Renascentista. Assim existiram artistas gravadores que hoje são considerados os maiores, tais como: Schoengauer, Dürer, Hobein, Altdorfer e Lucas Cranach que tornaram a Alemanha como sendo o país mais importante, na arte da gravura, durante o Renascimento. É certamente esta tradição que virá mais tarde influenciar a gravura alemã nos fins do século XIX e princípios do século XX no movimento expressionista. JORGE Alice; GABRIEL, Maria. Op. cit. p. 16-17. 11 É intuitivo que as artes de reprodução tenham começado com a gravura em relevo: a técnica quase que se pode dizer existia em estado natural no raso subsolo da mente primitiva. As sugestões estavam por 282
Page 1 and 2: Conclusão Em nossa introdução fa
Page 3 and 4: intensidade por Euclides da Cunha e
Page 5 and 6: agosto de 1964. CARDINAL, Roger. O
Page 7: 2003. READ, Herbert. As origens da
Page 11 and 12: Palmier sugere que Dürer já prati
Page 13 and 14: mas o objeto da pesquisa cognitiva.
Page 15 and 16: maioria dos estudiosos, a uma arte
Page 17 and 18: http://peregrinacultural.wordpress.
Page 19 and 20: dedicando-se, além da pintura, às
Page 21 and 22: Neoclassicismo, mas realistas ou no
Page 23 and 24: Academia Brasileira de Letras em 19
Page 25 and 26: optando pelo ataque imediato. O arr
Page 27 and 28: 140 Ibid. p. 315. 141 Ibid. p. 333.
Page 29 and 30: Raul, op. cit., p. 18. Por outro la
Page 31 and 32: 211 Orígenes Lessa, partindo da ob
Page 33 and 34: transe hipnótico, levou ao abandon
Page 35 and 36: entre muitos outros. Além das aula
Page 37 and 38: 310 1- Um regime didático que tome
Page 39 and 40: junho de 1946). CAPÍTULO I - Dos f
Page 41 and 42: doada à Escola Nacional em 1947, e
Page 43 and 44: Espontaneidade, portanto, é a pala
Page 45 and 46: eprodução. Embora eu não fosse f
Page 47 and 48: Moderna, a se realizar de 15 de mai
Page 49 and 50: Aquarelas do Hallmark Art Award, de
Page 51 and 52: 300 N. A. - Texto escrito pelo pró
Page 53: como se faz com o buxo novo, há v

Baixos - Arte + Arte

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?