You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Presidente Vargas, Rio Branco, presidente Antonio Carlos e Praça Marechal Floriano foram outros<br />
espaços para decoração disputados nos Concursos de decorações e ornamentação de ruas, promovidos<br />
pela prefeitura do Rio de Janeiro. Por muitos anos se destacaria uma equipe chamada “A Trinca”,<br />
formada pelo professor Adir Botelho e seus alunos David Ribeiro e Fernando Santoro. Estes concursos<br />
se estendiam também aos Bailes em Clubes e outros recintos fechados, como o Baile do Municipal, onde<br />
as equipes do professor Manoel Francisco Ferreira e Licia Lacerda demonstrariam a excelência de sua<br />
formação. GUIMARÃES, Helenise Monteiro. A Escola de Belas <strong>Arte</strong>s no carnaval carioca: uma relação<br />
secular e a revolução nas escolas de samba. In: TERRA, Carlos (org.) Arquivos da EBA, nº 16, Rio de<br />
Janeiro: EBA/ UFRJ, 2003, p. 79.<br />
63 N. A. - Do catálogo de sua exposição “Adir Botelho – Xilogravuras”, realizada em agosto de 1988 no<br />
Museu Nacional de Belas <strong>Arte</strong>s, extraímos os dados biográficos a seguir: Coordenador Geral do<br />
Departamento de <strong>Arte</strong>s Bases da Escola de Belas-<strong>Arte</strong>s da Universidade Federal do Rio de Janeiro.<br />
Professor do Atelier de Gravura da EBA/UFRJ. Professor-assistente de Raimundo Cela, 1952 a 1954 e<br />
Oswaldo Goeldi, 1955 a 1961, na Escola Nacional de Belas-<strong>Arte</strong>s da Universidade do Brasil. Expositor:<br />
V, VI, VII, VIII e IX Bienal de São Paulo; Salão Nacional de <strong>Arte</strong> Moderna, de 1954 a 1972 (Prêmios de<br />
Isenção de Júri e Viagem ao País, em 1358 e 1959); Salão de <strong>Arte</strong> Moderna, Paraná, 1962 (Prêmio de<br />
Melhor Gravador Nacional); II Bienal Americana de Grabado, Chile, 1965; Brazilian Prints Show,<br />
Kaigado Galerie, Japão, 1966; II Exposição Geral de Belas-<strong>Arte</strong>s, Rio de Janeiro, 1966 (Grande Prêmio<br />
de Gravura); Gravura Brasileira Contemporânea, Paraná, 1964; Exposição Latino·americana de<br />
Xilografia, Buenos Aires; Três Aspectos da Gravura Brasileira Contemporânea, Itinerante América do<br />
Sul e Central, 1968; 11 Mostra de Mestres da Escola Nacional de Belas-<strong>Arte</strong>s, Rio de Janeiro, 1962;<br />
Gravadores Brasileiros, Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, 1968; Galeria Seta, São Paulo;<br />
Gravura Brasileira Contemporânea, Exposição Itinerante, Europa, Ministério das Relações Exteriores;<br />
<strong>Arte</strong> Moderna no Salão Nacional, FUNARTE, Rio de Janeiro, 1983; Instituto Brasil-Estados Unidos, Rio<br />
de Janeiro; III Exposição Geral de Belas-<strong>Arte</strong>s, Rio de Janeiro; Mostra de Professores da Escola de<br />
Belas-<strong>Arte</strong>s, Museu D. João VI, Rio de Janeiro, 1985; Mostra de Gravuras, Escola de <strong>Arte</strong>s Visuais, Rio<br />
de Janeiro, 1985; Acervo Gravura, Museu Nacional de Belas-<strong>Arte</strong>s, Rio de Janeiro, 1985; Gravura<br />
Brasileira Contemporânea, Cenart, Rio de Janeiro, 1986; 40 anos de Gravura em Madeira, FUNARTE,<br />
Rio de Janeiro, 1985; Gravura no Brasil-Anos 60, Rio de Janeiro, 1986; Sala Especial do 8º Salão<br />
Nacional de <strong>Arte</strong>s Plásticas, Rio de Janeiro, 1986; Trienal de <strong>Arte</strong>s Gráficas, Berlim, 1987; Casa da<br />
Gravura-Fundação Cultural de Curitiba, Paraná, 1987; Katholische Akademie Hamburgo, Alemanha<br />
1988; Museu Nacional de Belas-<strong>Arte</strong>s, Rio de Janeiro 1988. Técnico de <strong>Arte</strong>s Gráficas do Instituto<br />
Nacional do Livro, 1955 a 1958. Programador Visual do jornal O Globo, 1963 a 1966 .. Realizador de<br />
decorações para espaços arquitetônicos de cidades (ruas, teatros, praças e avenidas). Publicações:<br />
Gravadores Fluminenses, Secretaria do Estado de Educação e Cultura Rio de Janeiro; Gramática da<br />
Língua Portuguesa, Ministério da Educação e Cultura, Celso Cunha; Grande Enciclopédia Larousse;<br />
Dicionário das <strong>Arte</strong>s Plásticas, R. Pontual; Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, Ministério da<br />
Educação e Cultura; Quem é Quem nas <strong>Arte</strong>s e nas Letras do Brasil, Ministério das Relações Exteriores;<br />
Dicionário Universal de Artistas Plásticos, J. Fekete; A Gravura-Brasileira Contemporânea, J. R.<br />
Teixeira Leite, O Expressionismo e a <strong>Arte</strong> Brasileira, Armindo Trevisan.<br />
64 CASTRO, Silvio. Canudos e o Brasil cruel na gravura de Adir Botelho. In: BOTELHO, Adir. Canudos<br />
xilogravuras, p. 19.<br />
Notas do capítulo II<br />
65Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu no dia 20 de janeiro de 1866, em Cantagalo (RJ).<br />
Passou sua infância na Bahia, onde foi criado por tias, pois era órfão. Após alguns anos, ingressou na<br />
Escola Militar, da qual foi expulso por suas idéias republicanas que o levaram a desacatar o Ministro de<br />
Guerra, em 1888. Contudo, com a proclamação da República, o autor voltou à Escola Superior de<br />
Guerra e formou-se em Engenharia Militar e Ciências Naturais. Porém, Euclides da Cunha começou a<br />
contestar as decisões republicanas e resolveu desligar-se totalmente da carreira militar. Em 1897,<br />
quando mudou-se do Rio para São Paulo, passou a fazer a cobertura da revolta de Canudos para o<br />
jornal O Estado de S. Paulo. A experiência como jornalista no nordeste resultou na obra mais conhecida<br />
do escritor: Os Sertões. Pertencente ao Pré-Modernismo, o clássico Os sertões de Euclides da Cunha<br />
tem como característica principal: o regionalismo. A realidade do Nordeste brasileiro é retratada com<br />
fidelidade na obra, a qual descreve as condições precárias de vida da região e os motivos pelos quais<br />
ocorreu o drama da Guerra de Canudos. O sucesso da obra foi tamanho que o autor foi eleito para a<br />
295