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Untitled - PT7AA

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caiu bastante.<br />

As condições de propagação nesse dia estavam péssimas e o nosso desempenho<br />

Após pouco tempo de funcionamento, o gerador parou outra vez e nós não<br />

conseguimos mais resolver a situação. Nosso segundo gerador tinha ido para o beleléu.<br />

Desconsolados, voltamos a operar apenas com a carga acumulada existente na bateria,<br />

aguardando com ansiedade o retorno dos pescadores trazendo a outra bateria já carregada.<br />

De acordo com a tabela que tínhamos em nosso poder, estava previsto para esse<br />

dia um posicionamento do AO-13 no apogeu, isto é, na parte da órbita em que ele fica mais<br />

distante da Terra, (aproximadamente 38.000 km), numa situação que poderia permitir<br />

contatos com estações japonesas, durante aproximadamente 12 minutos. Sabíamos que<br />

esse raro momento estava sendo aguardado com ansiedade por inúmeros radioamadores<br />

nipônicos e nós, mesmo atravessando uma fase de sérios contratempos com geradores e<br />

baterias, estávamos ansiosos pela chance de contatar, em VHF, com estações localizadas<br />

do outro lado do mundo.<br />

Os pescadores retornaram ao rochedo bem a tempo, trazendo a bateria carregada.<br />

Neto posicionou as antenas para a direção recomendada pelas instruções que tinha em mão<br />

e ficamos aguardando a chegada do grande momento.<br />

Finalmente chegou a hora prevista. De repente começamos a escutar estações<br />

japonesas nos chamando. Durante longos minutos tentamos manter contato com algumas<br />

delas, mas infelizmente não conseguimos estabelecer nenhum. Alguma coisa estava errada,<br />

e nós não tínhamos tempo nem condições de verificar o que era. Minutos depois, para nossa<br />

decepção, as estações japonesas sumiram, tão rapidamente como apareceram. Nada mais<br />

havia a fazer.<br />

A partir daí passamos a operar muito pouco, aproveitando apenas os momentos de<br />

melhor propagação e com baixa potência, pois a carga de uma bateria, mesmo uma de 160<br />

amperes como a nossa, só é suficiente para umas poucas horas de uso. Quando sua carga<br />

esgotasse, teríamos de parar nossa atividade radioamadorística e aguardar os pescadores<br />

trazendo a outra, no dia seguinte.<br />

Não tínhamos mais pressa nenhuma. Fizemos contato com colegas do continente e<br />

pedimos que divulgassem ao resto do mundo, a nossa situação. Fizemos ainda algumas<br />

dezenas de contatos, mas sem estímulo, sem qualquer entusiasmo. Nossa expedição tinha<br />

de ser encerrada. O melhor seria manter uma bateria disponível para os contatos com o<br />

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