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D É C I M A E X P E D I Ç Ã O<br />
ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO<br />
3 a 14 / Ø2 / 1997 – ( IOTA: SA Ø14 )<br />
( Minha terceira expedição aos Rochedos, agora chamados oficialmente de Arquipélago )<br />
Precisávamos voltar ao Rochedo, que agora se chamava Arquipélago de São Pedro<br />
e São Paulo (veja nota no final da pág. 127). Isso era o que Karl e eu pensávamos e<br />
pretendíamos fazer. Nossas duas primeiras expedições não tinham nos proporcionado os<br />
resultados desejados, principalmente por causa das dificuldades que não fomos capazes de<br />
vencer e dos grandes desafios que ali tivemos de encarar a todo momento.<br />
Em Natal-RN Karl mantinha contato permanente com seus amigos diretores da<br />
Nortepesca S/A e em Fortaleza eu dava tratos à bola para minimizar os persistentes<br />
problemas que nos afligiram nas viagens anteriores.<br />
Eram dois os obstáculos mais importantes a superar: alojamento e suprimento de<br />
energia, ou, melhor dizendo, barraca e gerador.<br />
As lonas que tínhamos usado até então não tinham se mostrado capazes de<br />
enfrentar, com eficiência, os fortes ventos e as inesperadas chuvas que ali acontecem quase<br />
diariamente e que nos deixavam em permanente estado de preocupação.<br />
Os geradores que foram por nós levados, pertenciam a amigos prestativos, que<br />
faziam questão de nos ajudar. Mas eram equipamentos bastante usados, que podiam<br />
apresentar defeito a qualquer momento, mesmo tendo passado por cuidadosas revisões de<br />
manutenção antes das viagens.<br />
O primeiro problema parecia ser o mais fácil de resolver. Já conhecíamos bem o local<br />
do acampamento, já sabíamos as medidas da pequena área disponível e já tínhamos sofrido<br />
muitas vezes com as condições adversas do tempo, cujas mudanças são inesperadas e<br />
frequentes. Bastava agora “bolar” uma barraca capaz de suportar tais situações.<br />
E foi isso o que de imediato procurei fazer. Rabisquei vários projetos de uma barraca<br />
leve e bem simples, que não ocupasse muito espaço durante o transporte, que não<br />
precisasse de fixação por amarração quando fosse armada e que não custasse muito<br />
dinheiro. Enfim, uma barraca descartável, pois não haveria real necessidade de trazê-la de<br />
volta, após o uso.<br />
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