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Cumprindo o que havia prometido, o major Carvalho rumou para o Atol, e em<br />
poucos minutos o localizamos, bem à nossa frente. Visto de cima, a pouca altura, o atol é<br />
muito bonito. Uma coroa feita de corais, muito semelhantes a pedras, com uma enorme<br />
lagoa em seu interior, onde se destacam duas ilhotas de areia, onde milhares de aves<br />
migratórias põem seus ovos.<br />
Fizemos uma volta completa sobre a área e tiramos algumas fotografias, que<br />
infelizmente não ficaram muito boas. O barulho do motor do avião fez com que uma<br />
quantidade impressionante de pássaros alçasse vôo, obviamente protestando contra nossa<br />
presença.<br />
O atol, aquela maravilhosa obra da natureza lá em baixo, ficou ainda mais bonito<br />
naquele momento, coberto de aves em vôo.<br />
Nosso vôo panorâmico foi rápido, deve ter durado no máximo cinco minutos. Mas<br />
foi uma coisa maravilhosa e reativou em mim o desejo de fazer novas expedições, de<br />
conhecer de perto lugares como aquele.<br />
Pouco depois nosso avião pousou no campo de Parnamirim, em cujo<br />
estacionamento nossos carros estavam aguardando para nos levar de volta para casa.<br />
Feitas as despedidas, dividimo-nos em dois grupos, cansados, mas felizes. Karl e os rapazes<br />
foram para Natal e Nivardo e eu tomamos o caminho de volta para Fortaleza, uma viagem<br />
que durou entre seis e sete horas.<br />
Dias depois Nivardo e eu nos reunimos para contabilizar os resultados de nossa<br />
operação. Feitas as contas, verificamos que nos cinco dias de permanência na ilha,<br />
realizamos 3.716 contatos, sendo 435 em fonia (SSB) e 3.281 em telegrafia (CW).<br />
Não podíamos considerar esses números como um excelente resultado, mas<br />
achamos que foi satisfatório. A propagação nos foi favorável a maior parte do tempo, mas<br />
também tivemos muitas e muitas horas de péssimas condições, quando chamávamos<br />
incessantemente e não tínhamos nenhuma resposta. Coisas que acontecem!<br />
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