13.04.2013 Views

Untitled - PT7AA

Untitled - PT7AA

Untitled - PT7AA

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

gasolina, e, é lógico, sem condição de recarregar nossas baterias. Por causa disso não<br />

podíamos contar muito com a realização de comunicados, por rádio, com os amigos<br />

radioamadores.<br />

O vento era favorável e nós navegávamos bem. Navegar bem é maneira de dizer,<br />

porque a velocidade média de um barco a vela é de quatro milhas por hora, o que quer dizer<br />

que, para chegar ao continente, teríamos de navegar cerca de 150 horas.<br />

Como de costume, fomos acompanhados diversas vezes por cardumes de<br />

golfinhos. Até um grupo de pequenas baleias de cabeça redonda, classificadas por Filippini<br />

como “globicéfalas” apareceu para nos escoltar.<br />

Três dias depois, por volta das 7 horas, avistamos Fernando de Noronha. Nossa<br />

vela principal já vinha apresentando problemas, pois estava se descosturando bem ao meio.<br />

Com as manobras de aproximação, e por causa do forte vento, a vela acabou de rasgar e<br />

ficamos à deriva, afastando-nos cada vez mais da ilha.<br />

Usamos o rádio para fazer contato com André – PYØFF, que acompanhava nosso<br />

retorno e ele conseguiu a vinda da lancha “Marlin” do IBAMA, que nos localizou em pouco<br />

tempo. Depois chegaram dois pequenos barcos pesqueiros que nos rebocaram até o porto,<br />

onde chegamos aproximadamente às 14,00 horas.<br />

Havia uma pequena multidão de pessoas no porto aguardando nossa chegada,<br />

que foi filmada por uma equipe da TV Noronha, que apresentou a matéria no jornal noticioso<br />

local que precede o Jornal Nacional, como “os náufragos resgatados e salvos pelos<br />

pescadores de Fernando de Noronha”.<br />

Resolvemos pernoitar num hotel da ilha, enquanto o comandante Peter dava um<br />

jeito na vela. Ele tinha uma máquina de costura a bordo e estava perfeitamente capacitado a<br />

resolver o impasse, embora isso levasse algum tempo, considerando-se a retirada e a<br />

reposição da vela no mastro, coisas que só o alemão entendia.<br />

Após um magnífico jantar que nos foi oferecido por André e sua esposa, Morena,<br />

fomos dormir no hotel.<br />

O reparo da vela, como era esperado, demorou um bocado e só pudemos sair de<br />

Noronha no dia seguinte, às 3 horas da tarde. Levamos agora em nossa companhia um<br />

outro funcionário do IBAMA, o José Martins, que resolveu ir conosco até Natal. Filippini ficou<br />

em Noronha, seu local de trabalho..<br />

Decidimos passar pelo Atol das Rocas, onde pretendíamos também desembarcar.<br />

Já estávamos planejando uma nova expedição e queríamos conhecer essa outra ilha.<br />

41

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!