Coordenação Pedagógica - Ambiente Virtual de Aprendizagem
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<strong>Coor<strong>de</strong>nação</strong> <strong>Pedagógica</strong><br />
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A <strong>Coor<strong>de</strong>nação</strong> <strong>Pedagógica</strong> na Busca da Qualida<strong>de</strong> do Ensino Unida<strong>de</strong> IV<br />
Capítulo 11 – A Avaliação como Elemento<br />
Indispensável da Ação Coor<strong>de</strong>nativa<br />
Nesta unida<strong>de</strong> vamos estudar a avaliação da escola como aliada da coor<strong>de</strong>nação pedagógica na busca da qualida<strong>de</strong>. Para<br />
isso, vamos rever os conhecimentos abordando alguns conceitos sobre a avaliação.<br />
Para Oliveira (2002), a avaliação permeia todo o projeto pedagógico, possibilitando não só a i<strong>de</strong>ntificação dos problemas,<br />
mas também das possíveis soluções, possibilitando os ajustes para uma escola <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem é contínua, é uma espécie <strong>de</strong> mapeamento<br />
que vai i<strong>de</strong>ntificando as conquistas e os problemas dos alunos em seu <strong>de</strong>senvolvimento. Desta forma,<br />
tem caráter investigativo e processual. Ao invés <strong>de</strong> estar a serviço da nota, a avaliação passa a<br />
contribuir com a função básica da escola, que é promover o conhecimento e, para o professor,<br />
transforma-se num recurso preciosos <strong>de</strong> diagnóstico (CENPEC, 1994).<br />
Segundo os PCN (1998), a avaliação, entendida como um conjunto <strong>de</strong> atuações que orienta a intervenção pedagógica,<br />
acontece contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento do aluno. Dessa forma, é<br />
um subsidio do professor, fornecendo-lhe meios para uma reflexão <strong>de</strong> sua prática, para a criação <strong>de</strong> novas metodologias<br />
e retomadas <strong>de</strong> aspectos que <strong>de</strong>veriam ser repensados no processo <strong>de</strong> aprendizagem individual ou <strong>de</strong> grupo. Para o aluno,<br />
a avaliação é o instrumento <strong>de</strong> consciência <strong>de</strong> suas conquistas e dificulda<strong>de</strong>s. No que diz respeito à escola, a avaliação<br />
tem a função <strong>de</strong> localizar os aspectos educacionais que <strong>de</strong>mandam maior apoio, possibilitando a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s.<br />
Assim, a avaliação é um meio <strong>de</strong> ajustes constantes, num mecanismo <strong>de</strong> regulação do processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,<br />
contribuindo efetivamente para que o ato educativo tenha êxito.<br />
A escola que tem o compromisso com o <strong>de</strong>senvolvimento do potencial do aluno, que se expressa pela qualida<strong>de</strong> das<br />
relações que estabelece e pela profundida<strong>de</strong> dos saberes construídos, tem na avaliação, uma referência à análise <strong>de</strong><br />
seus objetivos, que lhe permite redimensionar investimentos, <strong>de</strong> modo que os alunos aprendam cada vez mais. Dentro<br />
<strong>de</strong>ssa concepção, é consi<strong>de</strong>rado tanto o processo que o aluno <strong>de</strong>senvolve como o produto alcançado, <strong>de</strong> forma que não<br />
se aplica apenas ao aluno, mas também, às condições oferecidas para que a aprendizagem ocorra.<br />
Dentro <strong>de</strong>ssa concepção, na escola <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a avaliação não é tarefa somente dos professores, também o aluno<br />
realiza a autoavaliação:<br />
A autoavaliação é uma situação <strong>de</strong> aprendizagem em que o aluno <strong>de</strong>senvolve estratégias <strong>de</strong> análise<br />
e interpretação <strong>de</strong> suas produções e dos diferentes procedimentos para se avaliar. Além <strong>de</strong>sse<br />
aprendizado ser, em si, importante, porque é central para a construção da autonomia dos alunos,<br />
cumpre o papel <strong>de</strong> contribuir com a objetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada na avaliação, uma vez que esta só po<strong>de</strong>rá<br />
ser construída com a coor<strong>de</strong>nação dos diferentes pontos <strong>de</strong> vista tanto do aluno quanto do professor<br />
(PCN, 1998).<br />
Na visão <strong>de</strong> Villas Boas (2005), a avaliação acontece para que se verifique o que o aluno já apren<strong>de</strong>u, a fim <strong>de</strong> que se<br />
provi<strong>de</strong>nciem os meios necessários para a continuida<strong>de</strong> dos estudos. Assim, a avaliação é uma gran<strong>de</strong> aliada do professor,<br />
pois avalia-se para a promoção da aprendizagem do aluno, sendo ambas avaliação e aprendizagem indissociáveis. Além<br />
disso, a avaliação ocorre também para investigar o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho <strong>de</strong> toda a escola e o da sala <strong>de</strong> aula,<br />
sendo criada <strong>de</strong>ssa forma a cultura avaliativa, baseada na parceria, respeito mútuo, serieda<strong>de</strong> e rigor.<br />
Importante também é a <strong>de</strong>finição que um dos maiores estudiosos brasileiros, Luckesi (2003) faz sobre a avaliação. Para<br />
o autor, a avaliação é um ato <strong>de</strong> qualificação da realida<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> dados relevantes, para uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />
sobre o que está ocorrendo na perspectiva <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a intervenção e melhorar os resultados.