Voto Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul
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Parte I Gênese da “Máquina de Votar”<br />
Urna de madeira, utilizada até a década de 1950 pala Justiça <strong>Eleitoral</strong> <strong>do</strong> RS.<br />
Altas, sela uma tensa união entre os grupos políticos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e possibilita<br />
a construção de um projeto nacional de poder.<br />
A fraude eleitoral, no entanto, não era exclusividade da política<br />
deste Esta<strong>do</strong>. O professor da Universidade de Brasília e ex-ministro <strong>do</strong><br />
<strong>Tribunal</strong> Superior <strong>Eleitoral</strong> Walter Costa Porto, em seu Dicionário <strong>do</strong> <strong>Voto</strong>,<br />
elenca algumas das estratégias clássicas de burla às leis eleitorais durante<br />
o Segun<strong>do</strong> Império e a República Velha – destas, destacam-se duas: a<br />
eleição “a bico de pena” e o eleitor “fósforo”. No primeiro caso, tinham-se<br />
eleições que, formalmente, não apresentavam quaisquer irregularidades:<br />
as atas estavam claras, os horários eram cumpri<strong>do</strong>s à risca e a listagem<br />
<strong>do</strong>s eleitores de cada urna aparecia impecável, com um nome para cada<br />
voto deposita<strong>do</strong>. A fraude acontecia no preenchimento <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos<br />
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