Voto Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul
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ações legislativas no senti<strong>do</strong> de ampliar o contingente de eleitores tenham<br />
ocorri<strong>do</strong> apenas em 1985 (voto <strong>do</strong> analfabeto) e 1988 (redução da<br />
idade <strong>do</strong> voto para 16 anos). A hipótese por ele levantada é de que o<br />
aumento na escolaridade tenha ocasiona<strong>do</strong> o fenômeno. O número de<br />
alfabetiza<strong>do</strong>s, que era cerca de 48% da população adulta em 1945, passou<br />
para 82% em 1998. Para estes eleitores – adultos alfabetiza<strong>do</strong>s – o<br />
voto sempre foi obrigatório. Outra necessidade, portanto, apresentava-se<br />
à Justiça <strong>Eleitoral</strong>: potencializar seus recursos através da a<strong>do</strong>ção de ferramentas<br />
de informática como única forma de oferecer um produto final, o<br />
resulta<strong>do</strong> das eleições, de qualidade à sociedade brasileira.<br />
O grande passo da<strong>do</strong> pela Justiça <strong>Eleitoral</strong> no controle <strong>do</strong>s<br />
alistamentos, e que marcou efetivamente o início <strong>do</strong> desenvolvimento de<br />
tecnologia própria, foi o recadastramento <strong>do</strong> eleitora<strong>do</strong> brasileiro, ocorri<strong>do</strong><br />
em 1986. No entanto, é possível recolher experiências, empreendidas<br />
por vários tribunais regionais eleitorais <strong>do</strong> país ao longo da década de 70,<br />
que já indicavam os caminhos pelos quais passaria a informatização da<br />
Justiça <strong>Eleitoral</strong> brasileira. Neste senti<strong>do</strong> pode-se destacar a experiência<br />
<strong>do</strong> TRE-RJ, que, em 1972, buscava consultoria técnica junto ao Serviço<br />
Federal de Processamento de Da<strong>do</strong>s (SERPRO) e, em 1974, em parceria<br />
com a mesma instituição, iniciou estu<strong>do</strong>s para a informatização <strong>do</strong> cadastro<br />
de eleitores21 . No mesmo senti<strong>do</strong>, em 1978, o TRE-MG apresentou ao<br />
TSE um protótipo de máquina de votar. 22<br />
Uma iniciativa <strong>do</strong> <strong>Tribunal</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Eleitoral</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Grande</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Sul</strong> adquiriria ainda maior relevância no contexto da Justiça <strong>Eleitoral</strong><br />
21 Conferência de Ricar<strong>do</strong> Sá Freire, representante <strong>do</strong> SERPRO. In: I SEMINÁRIO BRASILEIRO DE DIREITO<br />
ELEITORAL. 1., 1990, Porto Alegre. Anais ... Porto Alegre : <strong>Tribunal</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Eleitoral</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>Grande</strong> <strong>do</strong> <strong>Sul</strong>,<br />
1990. p.220<br />
22 O destaque de Minas Gerais no processo de informatização das eleições é incontestável. No ano 2000, em seminário<br />
de Direito <strong>Eleitoral</strong> realiza<strong>do</strong> em Brasília, o ex-presidente <strong>do</strong> SERPRO, José Dion de Melo Teles, expressou<br />
desta forma o entusiasmo <strong>do</strong>s mineiros com o projeto: “devo testemunhar que o grande estímulo para tornar operacional<br />
o uso de computa<strong>do</strong>res nos sistemas eleitorais veio de Minas Gerias. O pessoal de Minas era o mais entusiasta entre<br />
to<strong>do</strong>s os então clientes <strong>do</strong> SERPRO. E muito veio de Minas, até inventores que propunham, naquele tempo (anos 70<br />
- 80), uma forma de votar através dum cartão Holleritte, que era a alternativa da época.” Documento mimeografa<strong>do</strong>.<br />
Painel “A informática na Justiça <strong>Eleitoral</strong>.”<br />
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