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(a): Maikon Levi Vilar Veiga - Outros Tempos - Uema

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“Ainda com relação aos péssimos serviços prestados pela polícia e o<br />

número muito reduzido de soldados, o Jornal Para Todos denuncia os transtornos<br />

causados pelos agentes dizendo:” No incêndio que houve na madrugada do dia oito<br />

apresentou-se “UM” soldado do 5º batalhão uniformemente fardado de roupas de<br />

dormir” 45 .Através desses relatos percebe-se um total despreparo da polícia militar<br />

comprovadas pelo número muito pequeno de soldados e pela postura dos policiais<br />

frente não somente a população, mas principalmente a seus superiores, que por<br />

sinal, a toda hora encontramos nos jornais, referências elogiosas a esses que<br />

comandavam um “ batalhãozinho” de pessoas despreparadas.<br />

Honras de Major: Ao Sr. Capitão do segundo batalhão da guarda nacional<br />

desta província João Pedro Alves de Barros foram concedidas as honras de<br />

major.<br />

Promoção – Foi promovido a coronel graduado o Sr. Tenente-coronel do<br />

corpo de engenheiros João Victor Vieira da Silva. 46<br />

Aqui se pode afirmar que a real preocupação da polícia além de reprimir<br />

os que não se enquadravam em uma cidade urbana, era promover pessoas que não<br />

cumpriam suas obrigações enquanto comandantes do órgão protetor da população.<br />

Enquanto a população sofre e reclama dos serviços da polícia, percebe-se um<br />

descomprometimento do alto escalão para com os ludovicences.<br />

Se a polícia não tinha compromisso para com a população, a população<br />

não confiava e nem acreditava na polícia, pois como a mesma pouco cumpria com<br />

os seus deveres, os ludovicences procuravam dar o famoso jeitinho brasileiro 47<br />

quando eram vítimas de roubo, valendo até apelar para os jornais, como percebe-se<br />

no seguinte aviso:<br />

AVISO: Tendo os ladrões penetrado hotem à noute, em casa de morada de<br />

baixo assignada, à rua de S. Pantaleão, chácara contígua ao<br />

estabelecimento comercial do sr. Bernardo e fronteira ao do sr. Manoel dos<br />

Reis Gomes, e d’ahi roubando uma saleira de prata com logares para sete<br />

vidros, seis galinhas e mais a quantia de 4,3000 reis, em cobre, que se<br />

achava dentro de uma das gavetas do guarda-louças; - pede a pessoa a<br />

quem o mesmo saleiro for offerecido, especialmente aos senhores ourives,<br />

o favor de apprehendel o e entrega-o a abaixo assignada, visto ser-lhe<br />

impossível obter as galinhas e a importância subtraída.<br />

Rosa Emília Rodrigues Branco Pereira. 48<br />

Como já foi dito a policia estava preocupada era com os vadios, vadiagem<br />

esta, que era considerada própria dos desocupados, ou seja, dos não engajados no<br />

45 Jornal Para Todos, 13 de julho de 1877.<br />

46 A Actualidade, 14 de agosto de 1869.<br />

47 Ver HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil<br />

48 Pacotilha, 13 de maio de 1888.

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