Procedimentos para a manipulação de microrganismos ... - IFSC
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CAPÍTULO 3<br />
FIOCRUZ<br />
BIOSSEGURANÇA<br />
NO LABORATÓRIO -<br />
PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS<br />
O trabalho em laboratório com agentes patogênicos <strong>de</strong>verá ser realizado seguindo as<br />
normas estipuladas pela CTNBio <strong>para</strong> os repectivos níveis <strong>de</strong> segurança a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da<br />
classe <strong>de</strong> risco do microorganismo.<br />
Todo procedimento experimental <strong>de</strong>verá seguir as Regras Básicas <strong>para</strong> o trabalho<br />
em Laboratório, incluindo as normas <strong>de</strong> “Boas Práticas <strong>de</strong> Laboratório” e as regras<br />
indicadas nas tabelas do capítulo “1.4. Requisitos Recomendados (R) ou Obrigatórios<br />
(O) conforme Níveis <strong>de</strong> Biossegurança”, <strong>para</strong> área física, instalações, <strong>manipulação</strong>,<br />
equipamentos, trabalho com animais, <strong>de</strong>scarte e retirada <strong>de</strong> materiais biológicos, normas<br />
<strong>para</strong> aci<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>scontaminação.<br />
3.1. Biossegurança no trabalho com Vírus<br />
Os vírus se disseminam por vários processos <strong>de</strong> um hospe<strong>de</strong>iro a outro, <strong>de</strong>stacando-<br />
se o contato direto através das vias respiratória e sexual. Há também a transmissão<br />
por artrópo<strong>de</strong>s como mosquitos e carrapatos e por água e alimentos, como os vírus<br />
da hepatite A e E bem como os vírus que causam diarréia. Ocorre ainda transmissão<br />
através do contato com sangue e seus <strong>de</strong>rivados, tendo este grupo <strong>de</strong> vírus gerado um<br />
complexo problema <strong>para</strong> o controle <strong>de</strong> infecções iatrogênicas como as hepatites B e C<br />
e o vírus HIV e também <strong>para</strong> a biossegurança a nível laboratorial.<br />
Em laboratório e no manejo <strong>de</strong> pacientes, são especialmente perigosos os vírus passíveis<br />
<strong>de</strong> propagação respiratória, como os hantavirus em especial na sua inoculação em<br />
animais <strong>de</strong> experimentação e na coleta <strong>de</strong> animais silvestres portadores do vírus.<br />
Para a prevenção <strong>de</strong> infecções por vírus o conceito básico é a percepção do risco<br />
das operações a serem estabelecidas, ou seja todos os profissionais envolvidos <strong>de</strong>vem<br />
ter pleno conhecimento dos riscos envolvidos na <strong>manipulação</strong> dos pacientes, dos<br />
espécimens clínicos e dos animais ou culturas infectadas.<br />
Deve estar claro que não existe o chamado risco zero e que todos os esforços <strong>de</strong>vem ser<br />
no sentido <strong>de</strong> se alcançar um nível mínimo <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e infecções<br />
do pessoal envolvido.<br />
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