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A incorporação de habilidades sociais específicas ao ... - UFRJ

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inevitável na prática ergonômica ou alguma coisa po<strong>de</strong>ria ser feita, no que tange à formação<br />

<strong>de</strong> ergonomistas para evitar, controlar ou gerenciar este tipo <strong>de</strong> problema?<br />

Esta foi a gênese <strong>de</strong>sta dissertação. Em uma tese <strong>de</strong>sta mesma linha <strong>de</strong> pesquisa,<br />

BONFATTI (2004) já havia assinalado sua preocupação com o fato <strong>de</strong> que os novos<br />

ergonomistas são literalmente atirados <strong>ao</strong>s leões. Assim sendo, elegemos este tema, ainda<br />

sem saber se estaríamos tratando <strong>de</strong> cristãos, leões ou muito provavelmente <strong>de</strong> ambos.<br />

Paulatinamente o tema foi se <strong>de</strong>lineando, com base na orientação geral do Grupo <strong>de</strong><br />

Ergonomia e Novas Tecnologias (GENTE), on<strong>de</strong> nos foi colocado que o objetivo <strong>de</strong> um<br />

Mestrado na linha <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> Ergonomia <strong>de</strong> sistemas complexos é, fundamentalmente, a<br />

contribuição reflexiva para o aprimoramento da formação e prática do ergonomista.<br />

Tendo motivações empíricas para afirmar que os ergonomistas não teriam sido<br />

<strong>de</strong>vidamente preparados em termos <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>sociais</strong> para os diversos tipos <strong>de</strong><br />

interações existentes na dinâmica da ação ergonômica, esse se tornou o eixo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento da dissertação em tela. Partimos então do princípio, sustentado por vários<br />

autores, que a ação ergonômica requer uma construção social, para produzir,<br />

concomitantemente, envolvimento e eficácia (ARGYRIS, 1970; VIDAL, 1976,<br />

DANIELLOU, 1986). Vidal (2001) sustenta ainda que a eficácia do funcionamento <strong>de</strong> uma<br />

ação ergonômica implica necessariamente em que a equipe <strong>de</strong> Ergonomia, <strong>de</strong> características<br />

interdisciplinares, se articule com grupos <strong>de</strong> natureza e composição distintas para referenciar-<br />

se <strong>ao</strong> longo da ação. O caso mencionado se constituiu, portanto, em um exemplo a contrário<br />

a este enunciado, praticamente termo a termo.<br />

Começava a <strong>de</strong>senhar-se que o sucesso <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> condução da ação<br />

ergonômica suporia Habilida<strong>de</strong>s Sociais (HS) suficientemente bem manejadas por agentes<br />

competentes. Tomaremos o termo habilida<strong>de</strong>s <strong>sociais</strong> como referido à “existência <strong>de</strong><br />

diferentes classes <strong>de</strong> comportamentos <strong>sociais</strong> no repertório do indivíduo para lidar <strong>de</strong><br />

maneira a<strong>de</strong>quada com as <strong>de</strong>mandas das situações interpessoais, isso se erigindo em um<br />

conteúdo <strong>de</strong> competências necessárias” (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2004, p.31).<br />

Nossa preocupação passou a ser estabelecer em que consiste esta competência social no<br />

campo da Ergonomia, ou seja, como explicitá-la em termos das necessida<strong>de</strong>s anotadas numa<br />

ação ergonômica.<br />

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