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A incorporação de habilidades sociais específicas ao ... - UFRJ

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apreensão do caráter interativo do trabalho e construção <strong>de</strong> representações compartilhadas<br />

necessárias <strong>ao</strong> estabelecimento <strong>de</strong> uma sinergia, fonte <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> entre as ações <strong>de</strong><br />

cada um (LICHTENBERGER, 2001).<br />

Compreen<strong>de</strong>r o trabalho requer uma representação compartilhada, uma compreensão<br />

do trabalho do ergonomista em conjunto com os atores envolvidos, antes mesmo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminar as soluções e seus meios. Para Lichtenberger (2001) os ergonomistas possuem um<br />

papel <strong>de</strong> “gran<strong>de</strong>s integradores”. Precisam <strong>de</strong>senvolver um trabalho <strong>de</strong> mediação e integração<br />

que i<strong>de</strong>ntifique as diferenças e divergências e não as anule, pois a partir <strong>de</strong>las a cooperação<br />

<strong>de</strong>ve ser construída.<br />

Assim como outros profissionais, o ergonomista <strong>de</strong>senvolve uma competência<br />

formada por um saber-fazer (resultado <strong>de</strong> experiências anteriores) e também <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong><br />

conhecimentos próprios, integrados e apropriados <strong>de</strong> outros conhecimentos oriundos <strong>de</strong><br />

disciplinas relativas <strong>ao</strong> homem. Dessa forma, o ergonomista i<strong>de</strong>ntifica as pessoas envolvidas<br />

no projeto, procura compreen<strong>de</strong>r o papel <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las, os diferentes modos <strong>de</strong><br />

raciocínio. Com esses atores o ergonomista procura explorar os documentos que eles <strong>de</strong>têm<br />

(características do pessoal e da tarefa, resultados e efeitos sobre os operadores etc). Essas<br />

informações constituem a base <strong>de</strong> hipóteses que guiarão a coleta <strong>de</strong> dados, por meio <strong>de</strong><br />

observações simples ou instrumentalizadas, complementadas pelo registro <strong>de</strong> verbalizações<br />

espontâneas ou provocadas.<br />

Além <strong>de</strong> tudo que foi mencionado, para consolidação dos objetivos da Ergonomia, é<br />

necessário que todas as partes tenham oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem ouvidas <strong>de</strong> forma respeitosa, e<br />

cabe <strong>ao</strong>s ergonomistas, nas situações <strong>de</strong> conflito, enfraquecer os mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa das<br />

partes <strong>ao</strong> mesmo tempo em que reafirma princípios e valores, para promover e manter um<br />

ambiente propício <strong>ao</strong> entendimento. A busca <strong>de</strong> colaboração e a construção <strong>de</strong> processos<br />

participativos são básicas para obtenção dos melhores resultados quando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

conflitos é latente.<br />

1.3.1 As comunicações verbais e não-verbais nas interações com os trabalhadores<br />

Os objetivos <strong>de</strong> uma interação social po<strong>de</strong>m ser os mais variados. No caso das<br />

interações em Ergonomia, é necessário que o ergonomista converse com os trabalhadores<br />

para obter informações <strong>de</strong>talhadas sobre a sua ativida<strong>de</strong>. No começo da conversação<br />

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