A incorporação de habilidades sociais específicas ao ... - UFRJ
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instâncias hierarquicamente superiores das organizações <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus ritos e costumes. A<br />
expressão bem colocada, com tato e convicção, po<strong>de</strong> ser o que <strong>de</strong>fine se haverá o<br />
prosseguimento ou fracasso das negociações, tanto quanto à observância <strong>de</strong> regras<br />
<strong>de</strong>claradas ou subjacentes que possibilitam a manutenção <strong>de</strong>ste estar produtivo <strong>ao</strong> longo da<br />
ação.<br />
Nos processos <strong>de</strong> negociação <strong>de</strong> recursos, o ergonomista <strong>de</strong>verá valorizar e<br />
incentivar expressões <strong>de</strong> apoio à a<strong>de</strong>são e à colaboração das pessoas, qualquer que seja a<br />
extensão ou relevância <strong>de</strong>ssa colaboração, pois uma transformação positiva, mesmo que<br />
pequena, favorece em alguma medida outras ações, mantendo e multiplicando o processo <strong>de</strong><br />
mudanças.<br />
Robbins (2006) consi<strong>de</strong>ra como essência do processo <strong>de</strong> negociação o verda<strong>de</strong>iro<br />
toma-lá-dá-cá na tentativa <strong>de</strong> se chegar a um acordo. E que ambas as partes terão,<br />
inevitavelmente, <strong>de</strong> fazer algumas concessões. Segundo Matos (1982, p.55) “Toda relação<br />
humana é, <strong>de</strong> certo modo, uma negociação; envolve compromissos; são estabelecidas<br />
condições. Qualquer que seja a situação, alguém está assumindo uma responsabilida<strong>de</strong> em<br />
correspondência a um compromisso da outra parte”.<br />
Ainda para Matos, na negociação é preciso consi<strong>de</strong>rar as diferenças pessoais que<br />
<strong>de</strong>finem o estilo <strong>de</strong> cada participante. Acredita ser necessário enxergar o outro por trás das<br />
aparências para se obter uma boa convivência e ótimas negociações. Este autor consi<strong>de</strong>ra<br />
importante, para o êxito na conversação em negociação, a prática da empatia, <strong>de</strong>finida como<br />
se colocar <strong>de</strong>ntro da perspectiva do interlocutor, posicionando-se e refletindo a partir <strong>de</strong> sua<br />
realida<strong>de</strong>, do seu quadro <strong>de</strong> carências e aspirações, como o modo <strong>de</strong> prevenir interpretações<br />
precipitadas e radicais.<br />
El Sayed (2003) estabelece quatro etapas, consi<strong>de</strong>radas como as mais importantes<br />
em um processo <strong>de</strong> negociação, quais sejam: (a) Planejamento; (b) abertura; (c)<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e (d) acordo. Vejamos em maior grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe que preceitos este autor<br />
nos estipula;<br />
O planejamento é consi<strong>de</strong>rada a etapa mais importante e também a mais negligenciada<br />
pelos negociadores. Estipula-se que mais <strong>de</strong> 60% do êxito <strong>de</strong> uma negociação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
um planejamento bem feito. Nesta passagem ele <strong>de</strong>staca como importante:<br />
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