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A incorporação de habilidades sociais específicas ao ... - UFRJ

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Este profissional tenta compreen<strong>de</strong>r a ativida<strong>de</strong> humana nos processos <strong>de</strong> trabalho,<br />

através da análise ergonômica do trabalho. Busca extrair e formalizar, a partir <strong>de</strong> cada caso,<br />

alguns princípios metodológicos que facilitem analisar uma outra situação, ou mesmo validar<br />

uma mesma situação on<strong>de</strong> recomendações ergonômicas tenham sido incorporadas numa<br />

correção, rearranjo ou mo<strong>de</strong>rnização.<br />

Vidal (1996) <strong>de</strong>staca os seguintes pressupostos <strong>de</strong> um olhar ergonômico sobre o<br />

trabalho e a sua organização, o qual a torna material e, portanto, transformável:<br />

a) O projeto é resultante <strong>de</strong> uma representação nem sempre a<strong>de</strong>quada <strong>ao</strong> bom<br />

funcionamento da produção;<br />

b) É possível evi<strong>de</strong>nciar esses problemas relacionando-os com as representações<br />

prevalentes;<br />

c) A intervenção ergonômica se dá no sentido <strong>de</strong> substituir estas representações<br />

por outras, social e estabelecidas <strong>de</strong> forma participativa;<br />

d) Sendo uma <strong>de</strong>stas representações mais a<strong>de</strong>quada para resolver alguns<br />

problemas existentes, <strong>de</strong>ve ser restituída <strong>ao</strong> coletivo que as construiu.<br />

Assim sendo, o ergonomista para atingir o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar permanentemente a<br />

sua utilida<strong>de</strong>, graças a operacionalida<strong>de</strong> e <strong>ao</strong> rigor do que envolve uma “boa solução”,<br />

necessita promover a mudança <strong>de</strong> representação que os diferentes atores têm da Ergonomia,<br />

do ergonomista e <strong>de</strong> suas contribuições.<br />

1.1.4 A consi<strong>de</strong>ração das dimensões intersubjetivas da ativida<strong>de</strong> do ergonomista<br />

Para Daniellou (2006), o <strong>de</strong>senrolar real da intervenção está longe <strong>de</strong> ser redutível à<br />

utilização <strong>de</strong> um protocolo. Para o autor, o ergonomista vai <strong>de</strong>sempenhar uma ativida<strong>de</strong><br />

pessoal que ultrapassa largamente o uso <strong>de</strong> uma metodologia <strong>de</strong>finida previamente. Ele vai ser<br />

confrontado com todas as singularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma situação, <strong>de</strong> pessoas, coletivos, processos<br />

técnicos que a compõem, dos elementos <strong>de</strong> um contexto. Ao fazer isto, este profissional<br />

mobiliza-se enquanto pessoa, que tem relações intersubjetivas com os seus interlocutores e é<br />

confrontado com <strong>de</strong>liberações por vezes difíceis, entre interesses contraditórios. Para o<br />

sucesso da intervenção é importante que o ergonomista se norteie pela experiência vivida. “As<br />

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