A incorporação de habilidades sociais específicas ao ... - UFRJ
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Quadro 1 : Tipologias <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> interação<br />
Interação<br />
Orientada<br />
Cenário <strong>de</strong><br />
Interação<br />
Eventos<br />
interacionais<br />
Negociais Desconhecimento Obstáculos<br />
Desconfiança<br />
Contextuais Restrição<br />
Ampliação<br />
Relacionais Progressão<br />
Ruptura<br />
Depurativas Mensurações<br />
Tabulações<br />
Fonte: VIDAL (2003)<br />
Impedimentos<br />
Escamoteamentos<br />
Demanda reprimida<br />
Discurso latente<br />
Centralização <strong>de</strong> fala<br />
Sugestões <strong>de</strong> temas<br />
Equívocos<br />
Invalidação<br />
Omissões<br />
Grupos <strong>de</strong> foco<br />
Análise coletiva<br />
21<br />
Táticas discursivas Resultados<br />
Esclarecimento progressivo<br />
A<strong>de</strong>quação terminológica<br />
Interações por afinida<strong>de</strong>s<br />
Inversão <strong>de</strong> papéis<br />
Dispersão <strong>de</strong> assuntos<br />
Contextualização sistêmica<br />
Contrapontuação<br />
Escuta respeitosa<br />
Positivação<br />
Relatório a quente<br />
Relatório a frio<br />
Visitas acompanhadas<br />
Interlocuções<br />
<strong>de</strong>signadas<br />
Convergência gradual<br />
Redirecionamento<br />
Confiança mútua<br />
Informações<br />
espontâneas<br />
Depoimentos<br />
voluntários<br />
Relatório <strong>de</strong> campo<br />
Revisão do lí<strong>de</strong>r<br />
Deve-se assinalar aqui também que embora as interações em AET corram o risco <strong>de</strong><br />
se romperem a qualquer momento, Vidal et al (2002) apontam para a fase das interações<br />
relacionais como talvez o ponto mais <strong>de</strong>licado do processo. É durante essas interações que o<br />
diálogo entre ergonomistas e trabalhadores <strong>de</strong>ve se aprofundar para permitir a evocação <strong>de</strong><br />
conteúdos do trabalho real. Nestas interações relacionais, os operadores revelam para o<br />
ergonomista como realmente trabalham, e isto, tem sempre a característica <strong>de</strong> um<br />
<strong>de</strong>snudamento, da explicitação <strong>de</strong> uma intimida<strong>de</strong>. É aqui também que o ergonomista <strong>de</strong>ve ter<br />
muito cuidado com a escolha do tema a ser abordado e, principalmente, com o modo <strong>de</strong><br />
abordar o tema escolhido. Isso porque <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do modo como é colocado, é possível<br />
ocorrer rupturas no processo ou até mesmo criar impasses <strong>ao</strong> esbarrar em estruturas<br />
i<strong>de</strong>ológicas do tipo <strong>de</strong>fensivo.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista ético, o papel do ergonomista, exige que ele atue <strong>de</strong> forma a<br />
favorecer um aprofundamento do nível <strong>de</strong> consciência dos trabalhadores em relação às suas<br />
condições <strong>de</strong> trabalho e à sua participação no processo <strong>de</strong> mudanças organizacionais.<br />
(GUÉRIN et al, 2001)