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A incorporação de habilidades sociais específicas ao ... - UFRJ

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Alves (2005) estima que ainda sejam poucas as empresas que investem na<br />

capacitação em Ergonomia. Por outro lado é fato que a gran<strong>de</strong> maioria estimula a<br />

participação <strong>de</strong> seus integrantes em cursos esporádicos <strong>de</strong> curta duração e eventos <strong>de</strong><br />

Ergonomia, como palestras e congressos nacionais. Já o expressivo movimento <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> comitês <strong>de</strong> Ergonomia nas empresas brasileiras (AVANCINI, 2006) tem reunido pessoas<br />

<strong>de</strong> formação diversas, gran<strong>de</strong> parte proveniente da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, mas sem especialização em<br />

Ergonomia, muito embora o número <strong>de</strong> certificados <strong>de</strong> especialização tenha <strong>de</strong>cuplicado<br />

nestes últimos cinco anos (ABERGO, 2006). Para Alves, a empresa <strong>de</strong>veria compreen<strong>de</strong>r<br />

que quando se possui a estratégia <strong>de</strong> construir em sua cultura <strong>de</strong> Ergonomia, um comitê sem<br />

especialistas ou com um único especialista, não apresenta condições reais para a resolução<br />

dos problemas ergonômicos. Este contraponto, contudo está sendo cada vez menos<br />

observado (AVANCINI, 2006).<br />

2.1.1 O Ergonomista e os contratantes<br />

A partir <strong>de</strong> seus princípios <strong>de</strong> origem, <strong>de</strong> um lado os ergonomistas procuram fazer a<br />

coisa certa (<strong>de</strong>ontologia), por outro, os empresários procuram gastar o mínimo para aten<strong>de</strong>r<br />

<strong>ao</strong> necessário. Segundo Mafra (2004) o diálogo possível aparece nos retornos da intervenção<br />

ergonômica, ou seja, o diálogo para o empresário resi<strong>de</strong> na razão do lucro sobre o<br />

investimento. Para os trabalhadores e para o processo, as questões são <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

produtivida<strong>de</strong>, que se resume em condições <strong>de</strong> trabalho a<strong>de</strong>quadas. O autor ressalta a<br />

importância do ergonomista perceber as configurações que compõem as relações entre as<br />

pessoas, como elas encaram as questões <strong>de</strong> produção e os agentes envolvidos nos<br />

resultados. O conhecimento <strong>de</strong> preocupações e linguagens é importante para po<strong>de</strong>r criar uma<br />

interlocução satisfatória entre as partes interessadas.<br />

Os ergonomistas <strong>de</strong>verão dialogar primeiramente com os empresários, para negociar<br />

a intervenção necessária, para <strong>de</strong>pois dialogar com os operadores. Este processo implica<br />

numa construção social, no manejo a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s facilitadoras e numa pesquisa<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> soluções.<br />

Mafra <strong>de</strong>staca a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição dos termos que serão usados como base<br />

para possíveis entendimentos. Este diálogo será expresso em pelo menos duas instâncias<br />

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