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governo, ou às leis da polis, sua obediência era chamada peitharhia, uma<br />

palavra que indica claramente que a obediência era obtida pela persuasão e<br />

não pela força. 5<br />

No século XII o poder absoluto do soberano desapareceu, o anax, termo<br />

usado <strong>para</strong> denominar o rei foi substituído pelo termo técnico basileu <strong>para</strong> designar<br />

a função real, o desaparecimento se deu em virtude das invasões das tribos dóricas<br />

(Esparta), consideradas juntamente com os jônicos (atenienses), as duas cidades-<br />

estados, mais importantes politicamente, assim duas espécies de comando se<br />

intensificaram, de um lado as comunidades aldeãs, de outro, a aristocracia guerreira,<br />

cujas famílias mais eminentes detinham, igualmente, como privilégio de gens, certos<br />

monopólios religiosos.<br />

Entre essas forças opostas, liberadas pelo desmoronamento do sistema<br />

palaciano, produziu reações de muita violência. A necessidade e a busca de um<br />

equilíbrio fará nascer uma reflexão moral e especulações políticas, que irão se<br />

definir numa primeira forma de sabedoria humana.<br />

Essa sabedoria foi o fruto de uma longa história, de enfrentamentos e<br />

guerras, mas que desde o início se afastou da concepção micênica do soberano<br />

<strong>para</strong> orientar-se numa reflexão, sobre o poder e sua repartição.<br />

E é nesse momento histórico, que encontraremos os alicerces <strong>para</strong> uma<br />

fundamentação dos direitos das pessoas portadores de deficiências, impossíveis de<br />

se vislumbrar numa estrutura de poder centralizada no Rei divino, que predominou<br />

no período anterior. 6<br />

Em Roma relativamente aos estrangeiros, verifica-se pouco mais acolhedora<br />

e, portanto, mais tolerante. Os romanos desenvolveram sua política imperialista sem<br />

nunca, ou quase nunca, absterem-se de um grande pragmatismo que privilegiava<br />

soluções as mais realistas e de um real espírito de tolerância fundado menos na<br />

simpatia do que em certas indiferenças relativamente ao outros. São traços de<br />

5 ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 49.<br />

6 Obra cit. n. 03, p. 32.<br />

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