Helena Sofia Garrido Espadeiro Orientadora: Professora Doutora ...
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da linguagem é a categorização 25 - processo mental de identificação, classificação e<br />
nomeação de entidades como elementos de uma mesma categoria -, compreende-se a<br />
primazia conferida pela Linguística Cognitiva à semântica.<br />
A ruptura onto-epistemológica que se operou com o surgimento da Linguística<br />
Cognitiva tem reclamado um debate interdisciplinar actualizado, como tem sucedido,<br />
em Portugal, nos Encontros Nacionais e Internacionais de Linguística Cognitiva, palco<br />
de confrontos ideológicos entre áreas como as Neurociências ou a Antropologia. O<br />
interesse pelo âmbito teórico da Linguística Cognitiva, ainda pouco divulgado em<br />
Portugal, restringe-se a investigadores como José Pinto de Lima (1989) 26 , Maria<br />
Clotilde de Almeida (1995), Augusto Soares da Silva (1995, 1997, 1999[1997], 1999,<br />
2001), Hanna Batoréo (2000[1996]) e José Teixeira (2001[1999]) 27 .<br />
Em jeito de síntese, e de acordo com Silva 28 , a Linguística Cognitiva assume-se<br />
como um conjunto de perspectivas teórica e metodologicamente compatíveis, unas e<br />
coesas, bem como de ideias, hipóteses, mecanismos de representação, problemas típicos<br />
e soluções que determinam o modo como o linguista encara a linguagem, orientando-o<br />
na exploração dos factos linguísticos relevantes.<br />
Atendendo a Batoréo 29 , apesar da fraca projecção dos estudos nesta área em<br />
comparação com outros países, ao longo de quinze anos de existência estes já<br />
alcançaram uma dimensão e um grau de consolidação científica consideráveis.<br />
Actualmente, a Linguística Cognitiva reivindica a sua independência em virtude da sua<br />
identidade própria, das suas raízes e dos progressos obtidos.<br />
25<br />
As sucessivas categorizações que se fazem a partir de um protótipo exemplificam a nossa<br />
conceptualização do mundo.<br />
26<br />
Com a obra de Lima, o objecto central dos estudos linguísticos deixa de ser a estrutura para passar a ser<br />
o significado.<br />
27<br />
Para ver o desenvolvimento da Linguística Cognitiva em Portugal, ver os estudos de Batoréo (2004c) e<br />
de Silva (2001 e 2004). A partir do final dos anos 80, criou-se o Grupo de Estudos de Linguagem e<br />
Cognição e um Laboratório de Psicolinguística na Faculdade de Letras de Lisboa, publicou-se a primeira<br />
Tese de <strong>Doutora</strong>mento norteada pelo enquadramento da Semântica Cognitiva e surgiu o primeiro<br />
Mestrado específico da área na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa de Braga.<br />
28<br />
Cf. Silva (1997:100)<br />
29 Cf. Batoréo (2004c:1)<br />
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