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Baixe em PDF - Carta da Paz

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Nelma Sá<br />

Brasileira<br />

Osasco - SP<br />

Nelma <strong>da</strong> Silva Sá é mãe, educadora, administradora e<br />

voluntária de projetos de cultura de paz. Atual-<br />

mente está como Coordenadora Geral <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />

Arte de Educar Cogente que atua com crianças no<br />

Norte do Brasil, Presidente <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />

Internacional <strong>da</strong> <strong>Paz</strong> – Uni<strong>da</strong>de de São Paulo e<br />

Coordenadora Geral do III Festival Mundial <strong>da</strong> <strong>Paz</strong><br />

que ocorrerá de 6 a 9 de set<strong>em</strong>bro de 2012. Em<br />

2011 foi reconheci<strong>da</strong> pela Federação para a <strong>Paz</strong><br />

Universal (UPF – Universal Peace Federation)<br />

Embaixadora <strong>da</strong> <strong>Paz</strong> pelos serviços prestados a<br />

comuni<strong>da</strong>de <strong>em</strong> Prol <strong>da</strong> Cultura de <strong>Paz</strong>.<br />

Acalenta o sonho pela construção de um mundo mais<br />

justo, igualitário e s<strong>em</strong> fronteiras.<br />

Gestão Educacional<br />

e Cultura de <strong>Paz</strong><br />

Aos ci<strong>da</strong>dãos do Planeta Terra,<br />

Queridos ci<strong>da</strong>dãos do Planeta Terra! Espero de coração não decepcioná-los. Fui convi<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

a escrever uma carta para a paz. No momento do convite sinto um enorme frio na barriga<br />

e imediatamente penso: e agora? A minha primeira reação foi não aceitar o convite e até<br />

tentei argumentar apresentando nomes de pessoas muito mais importantes e muito mais<br />

prepara<strong>da</strong>s para escrever a carta. Não obtive nenhum sucesso com os meus argumentos e<br />

aqui estou... com os prazos todos estourados para a entrega <strong>da</strong> carta.<br />

Enquanto a minha imaginação trabalha para <strong>da</strong>r início a uma carta para a paz, me v<strong>em</strong> à<br />

l<strong>em</strong>brança a imag<strong>em</strong> <strong>da</strong> minha amiga Silvia, cujos encontros aconteceram durante todo o ensino<br />

médio. Eu a admirava pela sua capaci<strong>da</strong>de de transformar <strong>em</strong> poesias e po<strong>em</strong>as grandes<br />

pensamentos. Aos meus olhos, uma ver<strong>da</strong>deira poeta. Enquanto ela escrevia textos maravilhosos,<br />

eu brincava de fazer versos de quatro a seis linhas aproxima<strong>da</strong>mente. Todos<br />

os dias entregava, de presente para a Silvia, a “mensag<strong>em</strong> do dia”. Após ler, ela sorria<br />

gostosamente e me perguntava de onde saía tanta capaci<strong>da</strong>de para escrever “besteira”. E<br />

assim, passaram-se três anos e essa foi to<strong>da</strong> a minha experiência com a escrita de poesias<br />

e po<strong>em</strong>as.<br />

Peço aju<strong>da</strong> ao meu anjo <strong>da</strong> guar<strong>da</strong> e intuo que a minha carta para a paz precisa ser<br />

rechea<strong>da</strong> com os sentimentos vividos nas trilhas que me levaram a vivenciar momentos de<br />

paz. Então me pergunto: quando me senti <strong>em</strong> <strong>Paz</strong>?<br />

Essa pergunta me leva a viajar pela minha história e me vêm imagens <strong>da</strong> infância. L<strong>em</strong>bro-me<br />

primeiramente <strong>da</strong> sensação de liber<strong>da</strong>de quando corria pelo campo como se fosse<br />

possível voar e que com esse voo eu poderia abraçar o mundo. L<strong>em</strong>bro-me <strong>da</strong> inocência, <strong>da</strong><br />

corag<strong>em</strong>, do sentimento de alegria <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> vitória conquista<strong>da</strong>, como por ex<strong>em</strong>plo, chegar ao<br />

topo de uma árvore, alcançar um ninho de passarinho. L<strong>em</strong>bro-me <strong>da</strong> primeira pe<strong>da</strong>la<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

bicicleta, do cui<strong>da</strong>do com os bichinhos de estimação, <strong>da</strong>s brincadeiras com os irmãos, <strong>da</strong> primeira<br />

queri<strong>da</strong> professora. L<strong>em</strong>bro-me <strong>da</strong> sensação de que o mundo não tinha fronteiras e<br />

que tudo era possível.<br />

Continuo a minha viag<strong>em</strong> ao momento presente e <strong>em</strong> alguns trechos <strong>da</strong> trilha encontro<br />

grandes dificul<strong>da</strong>des, mas também grandes vitórias, grandes <strong>em</strong>oções, sucessos e alguns<br />

redirecionamentos. Chego no aqui e no agora e me pergunto novamente: e hoje quando me<br />

sinto <strong>em</strong> <strong>Paz</strong>? A resposta me surpreende. Sinto-me ver<strong>da</strong>deiramente <strong>em</strong> paz quando estou<br />

com as crianças. Com as crianças que brincam livr<strong>em</strong>ente, que amam incondicionalmente,<br />

que perdoam instantaneamente, que não têm medo dos desafios, que estão abertas às<br />

novas experiências, que sorri<strong>em</strong> umas com as outras, que não têm medo do “não” e que choram<br />

quando precisam de um carinho. Da criança que vive intensamente todos os momentos.<br />

Nesse momento, tomo consciência do quanto me sinto preenchi<strong>da</strong> e plenamente <strong>em</strong> paz.<br />

E esse é o meu convite a vocês, ci<strong>da</strong>dãos deste Planeta. Que possamos, juntos, co-criar<br />

um mundo de paz para a nossa criança e para to<strong>da</strong>s as crianças deste Planeta.<br />

Que esse mundo seja co-criado pelo olhar <strong>da</strong> criança!<br />

Um olhar que não julga,<br />

que não exclui,<br />

que não t<strong>em</strong> preconceitos.<br />

Um olhar de alegria,<br />

de pureza,<br />

de sereni<strong>da</strong>de e encantamento.<br />

Um olhar que integra<br />

o Olhar <strong>da</strong> Alma com o Olhar do Amor.<br />

Nelma <strong>da</strong> Silva Sá<br />

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