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Baixe em PDF - Carta da Paz

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Introdução<br />

Este livro pretende ser uma partilha de sonhos, projetos, quereres, pensares de gente<br />

que faz <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> e/ou do seu ofício, a busca pela construção <strong>da</strong> paz na terra. Ca<strong>da</strong><br />

uma <strong>da</strong>s 33 cartas, aqui compartilha<strong>da</strong>s, foram teci<strong>da</strong>s pelas mãos de trabalhadores incansáveis,<br />

comprometidos com sua força e poder de mu<strong>da</strong>nça e, principalmente, com<br />

seu propósito de reunir mais pessoas nessa rede.<br />

Na ocasião <strong>da</strong> concepção do projeto a pergunta mais recorrente <strong>em</strong> minha meditação<br />

diária era: “o que posso fazer por nós?”, qual é mesmo a “minha tarefa nessa existência?”<br />

me referindo à necessi<strong>da</strong>de de realizar um trabalho profissional que pudesse<br />

atender ao chamado <strong>da</strong> minha alma, que inclui aspectos pessoais e coletivos.<br />

Como uma <strong>da</strong>s respostas deste período de muitas descobertas foi o “<strong>Carta</strong>s para a <strong>Paz</strong>”.<br />

Gosto <strong>da</strong> palavra concepção me presentea<strong>da</strong> pela Professora Drª Ana Tancredi quando<br />

tentava traduzir o que significa para mim esta criação. Ela não é só minha. É como o<br />

bebê que gero no ventre, existe porque t<strong>em</strong> <strong>em</strong> sua gênese uma parte minha sim, mas<br />

também a parte de um companheiro que, <strong>em</strong> nome do amor, se deu tanto quanto eu<br />

por esta criação. E mais, ain<strong>da</strong> há um Universo de mistérios que são maiores do que nós<br />

para que a Vi<strong>da</strong> se instale. O “<strong>Carta</strong>s” t<strong>em</strong> este simbolismo, é uma co-criação de uma<br />

família-equipe que v<strong>em</strong> construindo um relação de amor na Creche Casulo, <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />

Arte de Educar – Cogente, com o intento de construir diariamente um espaço <strong>em</strong><br />

que se apren<strong>da</strong> e se ensine a viver uma nova cultura, <strong>em</strong> que o amor e a autoeducação<br />

compõ<strong>em</strong> o fio condutor de um transformação social <strong>em</strong> favor <strong>da</strong> paz. Aqui vejo, com<br />

clareza e gratidão, quando se une minha jorna<strong>da</strong> pessoal a este projeto coletivo.<br />

E quando falamos de paz não se trata de algo institucionalizado, não é algo idealizado,<br />

engaiolado, padronizado, importado, congelado... A paz é movimento, é viva, é<br />

pulsante. A paz t<strong>em</strong> muitas vozes, muitas expressões, a paz se manifesta de múltiplas<br />

maneiras, como múltiplos são os seres humanos, como múltipla é a vi<strong>da</strong>!<br />

Descobri então que o que preciso fazer agora, por mim/nós, é reconhecer que n<strong>em</strong><br />

s<strong>em</strong>pre é a mu<strong>da</strong>nça de um estado desagradável para o agradável que me dá paz, mas<br />

conviver com consciência, com a minha reali<strong>da</strong>de atual, com o aqui e agora. É reconhecer<br />

o que acontece comigo, o que penso, o que sinto quando leio ca<strong>da</strong> carta que chega,<br />

e percebo uma maneira tão inusita<strong>da</strong>, tão diferente de olhar para a paz ao mesmo t<strong>em</strong>po<br />

que reconheço que esta maneira também me habita e me faz sentido. E esta experiência<br />

de encontrar ou reafirmar, ou reconstruir possibili<strong>da</strong>des de viver a paz todos t<strong>em</strong><br />

direito de viver! E tenho/t<strong>em</strong>os como tarefa, na medi<strong>da</strong> do possível, possibilitar acesso a<br />

isto ao máximo de pessoas possíveis.<br />

Os Mensageiros <strong>da</strong> <strong>Paz</strong>, como chamamos os autores <strong>da</strong>s cartas, são artistas de várias<br />

linguagens: poesia, música, teatro, assistentes sociais, psicólogos, pe<strong>da</strong>gogos, filósofos,<br />

antropólogos, sociólogos, administradores, militantes dos movimentos sociais, educadores<br />

de muitas frentes, professores, <strong>em</strong>presários, cientistas... Gente de todo jeito, com<br />

experiências diversas que nos proporcionaram uma coletânea de cartas com muitas vozes<br />

e muitos sotaques diferentes. O que entendo ser b<strong>em</strong> expressivo quando se trata<br />

de paz. Tu terás a possibili<strong>da</strong>de de ver o que é a paz para essa diversi<strong>da</strong>de de pessoas,<br />

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