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Baixe em PDF - Carta da Paz

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Giovana Barbosa<br />

de Souza<br />

Brasileira<br />

São Paulo - SP<br />

Gestora Institucional <strong>da</strong><br />

Aliança pela Infância<br />

Giovana Barbosa de Souza é Relações Públicas, sua<br />

atuação é volta<strong>da</strong> a área social com foco na infân-<br />

cia, especialmente a projetos sobre politicas publicas<br />

para infância e cultura de paz e na primeira infância.<br />

Responsável pela gestão institucional <strong>da</strong> rede Aliança<br />

pela Infância no Brasil. M<strong>em</strong>bro do Conselho Consultivo<br />

<strong>da</strong> UMPAZ – Universi<strong>da</strong>de Aberta do Meio Ambiente e<br />

Cultura de <strong>Paz</strong> <strong>em</strong> São Paulo. M<strong>em</strong>bro do Conpaz -<br />

Conselho Parlamentar pela Cultura de <strong>Paz</strong>, órgão <strong>da</strong><br />

Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa do Estado de São Paulo.<br />

Caro leitor,<br />

Você deve estar espantado ao encontrar esta carta, ela veio<br />

de um lugar distante até as suas mãos.<br />

Sou uma mulher que nasceu <strong>em</strong> uma ci<strong>da</strong>de pequena chama<strong>da</strong><br />

Neves Paulista, no interior do estado de São Paulo no<br />

Brasil. A ci<strong>da</strong>de onde nasci t<strong>em</strong> por volta de cinco mil habitantes.<br />

Um lugar bastante quente, a t<strong>em</strong>peratura é por volta<br />

s<strong>em</strong>pre de 38 graus. Os dias são ensolarados e alegres. As<br />

pessoas solidárias e muito observadoras, como são s<strong>em</strong>pre as<br />

pessoas que nasc<strong>em</strong> <strong>em</strong> locais assim.<br />

Fui uma criança que brincou na rua e fez muita peraltice.<br />

Tenho duas irmãs, um pai e uma mãe muito especiais. Desde<br />

pequena ouvia uma voz dentro de mim que me impulsionava<br />

para o mundo, sabia que precisava conhecer novos lugares e<br />

fazer muitas coisas.<br />

Quando tinha 15 anos fui estu<strong>da</strong>r <strong>em</strong> uma ci<strong>da</strong>de um<br />

pouco maior que a ci<strong>da</strong>de onde nasci, na sequência fui fazer<br />

meu curso universitário <strong>em</strong> outra ci<strong>da</strong>de também de porte médio<br />

chama<strong>da</strong> Bauru.<br />

Depois de completar meu curso fui morar e trabalhar na<br />

ci<strong>da</strong>de maior do meu país, São Paulo. Neste lugar tive a<br />

oportuni<strong>da</strong>de, por meio do meu trabalho, de conhecer quase todos<br />

os estados do meu Brasil. Uma diversi<strong>da</strong>de maravilhosa de<br />

pessoas e de lugares. Com o t<strong>em</strong>po tive a oportuni<strong>da</strong>de de conhecer<br />

vários países.<br />

A vi<strong>da</strong> é muito interessante no t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que vivo, o<br />

grande desafio é descobrir como viver <strong>da</strong> melhor forma, <strong>em</strong><br />

especial neste t<strong>em</strong>po <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de <strong>em</strong> que todos trabalham;<br />

homens e mulheres gastam a maior parte <strong>da</strong>s horas de suas<br />

vi<strong>da</strong>s neste planeta trabalhando para poder viver.<br />

Desde cedo, por volta dos meus oito anos, percebi que poucas<br />

pessoas gostam muito do que faz<strong>em</strong>, algumas faz<strong>em</strong> seu trabalho<br />

até mesmo s<strong>em</strong> perceber por quê faz<strong>em</strong>?<br />

A única justificativa é o dinheiro para poder<strong>em</strong> viver. A<br />

maior parte <strong>da</strong>s pessoas que conheci não percebe que suas vi<strong>da</strong>s<br />

são o seu b<strong>em</strong> mais valioso.<br />

Exist<strong>em</strong> pessoas que até faz<strong>em</strong> um lindo trabalho, importante<br />

para muitos, como alguns médicos que tive a chance de conhecer,<br />

mas muitos também viv<strong>em</strong> como se estivess<strong>em</strong> no piloto<br />

automático. Ou seja, não t<strong>em</strong> n<strong>em</strong> mesmo um brilho no<br />

olhar. Bom humor então?<br />

Designei para mim, ain<strong>da</strong> criança, a tarefa de descobrir<br />

no que poderia trabalhar para viver de forma que eu gostasse<br />

muito, onde tivesse a possibili<strong>da</strong>de de viver alegr<strong>em</strong>ente s<strong>em</strong> ser<br />

censura<strong>da</strong>, que eu pudesse ter bons amigos, <strong>em</strong> que eu pudesse<br />

ter criativi<strong>da</strong>de, s<strong>em</strong> rotinas e, simplesmente, ser feliz.<br />

Criei um caminho onde, com muita corag<strong>em</strong> e força de<br />

vontade, pude experimentar algumas formas de viver b<strong>em</strong> diferentes<br />

<strong>da</strong> referência que tinha a minha família.<br />

Quando cursei a universi<strong>da</strong>de fui vendedora <strong>em</strong> uma loja<br />

de roupas no shopping <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, me formei <strong>em</strong> comunicação,<br />

estudei teatro, trabalhei <strong>em</strong> um laboratório médico como Relações<br />

Públicas, depois fui trabalhar <strong>em</strong> uma produtora de filmes,<br />

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