Edição Dia 05 de novembro de 2011 - Sábado - TJDFT na mídia
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Folha <strong>de</strong> São Paulo/SP - Po<strong>de</strong>r, <strong>05</strong> <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>2011</strong><br />
JUDICIÁRIO NACIONAL | Supremo Tribu<strong>na</strong>l Fe<strong>de</strong>ral<br />
Petista retira <strong>de</strong> votação proposta que anistia cassados<br />
pelo mensalão<br />
DE BRASÍLIA<br />
O projeto que conce<strong>de</strong> anistia aos <strong>de</strong>putados<br />
cassados sob acusação <strong>de</strong> participar do escândalo<br />
do mensalão foi retirado da pauta <strong>de</strong> votações da<br />
sema<strong>na</strong> que vem.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da principal comissão da Câmara,<br />
João Paulo Cunha (PT-SP), alegou que havia<br />
colocado o assunto <strong>na</strong> lista dos que seriam votados<br />
por um "equívoco".<br />
Cunha é réu no STF (Supremo Tribu<strong>na</strong>l Fe<strong>de</strong>ral)<br />
no processo que julga o caso, mas foi absolvido<br />
pelos seus colegas no Congresso. José Dirceu,<br />
Roberto Jefferson e Pedro Corrêa foram os três<br />
cassados. O projeto tem o objetivo <strong>de</strong> beneficiá-los.<br />
Autor da proposta, o ex-<strong>de</strong>putado Er<strong>na</strong>n<strong>de</strong>s<br />
Amorim, do mesmo partido <strong>de</strong> Jefferson, alega <strong>na</strong><br />
justificativa do texto que os três não po<strong>de</strong>riam<br />
respon<strong>de</strong>r em nome <strong>de</strong> todos os outros<br />
supostamente envolvidos no esquema.<br />
"Impedir a participação no processo eleitoral <strong>de</strong><br />
ape<strong>na</strong>s três, entre os mais <strong>de</strong> cinquenta e cinco<br />
<strong>de</strong>nunciados, não se justifica, especialmente tendo<br />
em vista que os parlamentares cassados em<br />
plenário permanecem ativos <strong>na</strong> vida política<br />
<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l."<br />
Caso a proposta fosse aprovada, todos po<strong>de</strong>riam<br />
se candidatar. Com a cassação, em 20<strong>05</strong>, eles<br />
per<strong>de</strong>ram seus direitos políticos por oito anos.<br />
DE CARONA<br />
João Paulo Cunha, que comanda a CCJ (Comissão<br />
<strong>de</strong> Constituição e Justiça) e é o responsável por<br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r o que vai ser votado, explica que o<br />
projeto entrou <strong>na</strong> pauta ape<strong>na</strong>s porque tramita em<br />
conjunto com um outro texto, <strong>de</strong> autoria do<br />
<strong>de</strong>putado Neilton Mulim (PP-RJ), que propõe<br />
exatamente o contrário: a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
anistia para os cassados.<br />
No início <strong>de</strong>sta legislatura, quando Mulim pediu<br />
para que sua proposta continuasse tramitando <strong>na</strong><br />
Câmara, a que beneficia os <strong>de</strong>putados cassados<br />
também foi <strong>de</strong>sarquivada por tratar <strong>de</strong> assunto<br />
semelhante, mesmo sem Amorim ter sido reeleito.<br />
O <strong>de</strong>putado Gabriel Chalita (PMDB-SP), relator dos<br />
projetos <strong>na</strong> comissão, já havia apresentado voto<br />
contrário à anistia.<br />
De qualquer forma, Cunha <strong>de</strong>terminou que ambos<br />
os textos fossem retirados da pauta da comissão,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o jor<strong>na</strong>l "O Estado <strong>de</strong> S. Paulo" revelar<br />
que eles haviam sido incluídos <strong>na</strong> sessão da<br />
próxima sema<strong>na</strong>.<br />
Lí<strong>de</strong>res partidários ouvidos pela Folha disseram<br />
que o texto não conta com respaldo político e por<br />
isso <strong>de</strong>ve ser "enterrado" <strong>na</strong> Câmara. (MCC)<br />
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