Estabelecimentos das Fazendas Nacionais do Piauí - Portal do Sertão

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Foto 36: Vista geral da Fábrica de Laticínios de Campinas do Piauí, início do século XX Foto 37: Vista geral da Fábrica de Laticínios de Campinas do Piauí, segunda metade séc. XX Foto 38: Vista geral da Fábrica de Laticínios de Campinas do Piauí, início do século XX Foto 39: Visão geral da Av. Esmaragdo de Freitas, com Estabelecimento Rural ao centro REGISTROS AUDIOVISUAIS DVD com vídeo A fábrica de manteiga e queijo das Fazendas Nacionais do Piauí: uma história contada pelos seus trabalhadores, produzido pela 19ª Superintendência Regional do Iphan-PI em parceria com a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas no Piauí, 2007. DVD com duas reportagens veiculadas pelo Jornal Piauí TV (emissora TV Alvorada, afiliada da Rede Globo) sobre o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, agosto/2006. OUTROS MATERIAIS Cartaz da I Semana Cultural de Campinas do Piauí – 26/12/1997 a 30/12/1997 Trechos do livro “500 anos de leite no Brasil”, de João Castanho Dias, 2006. Cartão da 19ª SR/IPHAN-PI, que acompanhou o vídeo A fábrica de manteiga e queijo das Fazendas Nacionais do Piauí: uma história contada pelos seus trabalhadores. 8
1-APRESENTAÇÃO A Superintendência Regional do IPHAN no Piauí desenvolveu este estudo para fundamentar a proposta de tombamento federal de dois empreendimentos do Século XIX, das Antigas Fazendas Nacionais do Piauí: a Fábrica de Laticínios, localizada no município de Campinas e o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano. A Fábrica, como uma iniciativa de industrialização do leite das Fazendas Nacionais com a produção de manteiga e queijo; o Estabelecimento Rural, uma escola fundada nos tempos do Império para dar instrução para crianças provindas das mesmas, libertas após a Lei do Ventre Livre, de 1871. Os dois imóveis devem ser considerados, ainda que destacados para este estudo mais aprofundado, testemunhas da ocupação do Piauí durante os séculos XVIII e XIX, segundo uma maneira sistêmica e abrangente de entender a proteção e a preservação de bens culturais, que objetiva a implantação de uma rede de patrimônio cultural no Piauí. Coerente com essa visão, a proposta de tombamento que ora se apresenta para apreciação das instâncias decisórias deve contribuir para a formação de um conjunto maior de bens culturais protegidos em todo o Brasil e a implantação da rede do patrimônio cultural brasileiro, que incorpora novos significados. Desde meados de 2006, o IPHAN iniciou os trabalhos de pesquisa que, somados ao clamor de importantes setores da sociedade piauiense, justificarão perante o Conselho do Patrimônio Cultural o tombamento destes relevantes testemunhos arquitetônicos da história da sociedade piauiense. São expressões das Fazendas Nacionais, com tudo que estas representam: a colonização, a presença e expulsão dos jesuítas, a pecuária, os conflitos... Hoje essas terras são habitadas por comunidades quilombolas, são cidades, povoados, ou seja, conformam uma grande parte do território do que atualmente é o Piauí. Assim como Oeiras, a antiga capital do Piauí, cuja origem remonta a uma das fazendas do sertanista Domingos Afonso Mafrense, a fundação da cidade de Campinas, no sertão e da cidade de Floriano, às margens do Parnaíba, já no século XIX, também se vinculam a essas terras. O sertanista, ao morrer, em 1711, deixou aos jesuítas muitas léguas de terra, depois ampliadas por doações e compras que, após a sua expulsão, em 1760, incorporam-se ao patrimônio real, divididas nas Inspeções de Nazaré (Floriano), Canindé (Campinas) e Piauí. Campinas e Floriano são cidades cuja origem remonta a estes dois empreendimentos emblemáticos das Fazendas Nacionais, ícones da esperança de desenvolvimento dos diversos grupos que hoje formam o povo piauiense. Parte desses grupos está representada pela narrativa histórica dos últimos trabalhadores da Fábrica - José Belém de Sousa e José Mariano Filho (in 9
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