Comportamento “Há muitos anos, Didú Russo conheceu um homem poderoso. Ele contava estórias, algumas implubicáveis. Tinha uma grande coleção de charutos e vinhos. E num dia Didú pensou... dr. caiO Tive o grande prazer de desfrutar da amizade de Caio Alcântara Machado, o Dr. Caio como era chamado. Ele já estava coroa quando o conheci por intermédio do Thomaz Souto Corrêa, no tempo em que achei que fui importante na publicidade na Editora Abril. Dr. Caio tinha defeitos que eu adorava: fumava charutos dos bons, contava histórias incríveis, não poupava as críticas, tinha personalidade e gostava de vinho bom, especialmente Petrus. Seus charutos eram de produção exclusiva. Nunca havia visto isso, ele tinha um charuteiro cubano que produzia seus “triple coronas” excepcionais, dos quais fumei e O sOnhO de pObre vários, graças ao destino e a generosidade dele. Por várias vezes fui à tarde em seu escritório em Higienópolis, para fumarmos um charuto de duas horas e conversar. Ele não era bonito, não, mas era poderoso, e por isso teve grandes conquistas românticas. Me contou histórias impublicáveis, infelizmente, e, claro, muito saborosas. Coisas do arco da velha, quando, por exemplo, teve ótimas mulheres a troco de meias de seda sem costura que trazia da Europa. Hahahaha, imaginem isso. E com aquelas feiras então no tempo do Ibirapuera... Cada história! Bem, um dia ele me levou na casa da frente de seu escritório para me mostrar seu estoque de vinho e de charuto. Madona Mia di Sapri! Uma casa cheia de charutos climatizados e caixas de vinho. Vários tipos de charuto e de vinho. Fiquei impressionado. “Mas, Dr. Caio, tudo isso?”. “É para garantir”, dizia... Aí eu fiquei pensando que o Dr. Caio poderia ficar eternizado na minha família. Imaginava que a campainha de casa tocaria numa manhã próxima do Natal e seria o Dr. Caio com uma caixa de Petrus e uma de charutos pessoais triple coronas! É para você, Didú. Aproveite com sua família. Nossa! Já imaginaram? Meus filhos contariam isso sempre para meus netos, e eles para os filhos. Mas não aconteceu, ele faleceu antes disso. Deveria ter contado a ele essa minha idéia, não? Hahahahaha, os pobres sempre têm sonhos idiotas mesmo, uma espécie de Frank Capra sem talento. Didú Russo Confraria dos Sommeliers didu@jornalvinhoecia.com.br <strong>Vinho</strong>&<strong>Cia</strong> - No. 57
<strong>Vinho</strong> & <strong>Cia</strong> - No. 57 Não é de hoje que um brinde faz você vender mais. A Abravinho tem revistas especializadas no mundo do vinho. São milhares de aficcionados pela arte, pela história e pela magia contida em cada garrafa. Um público altamente selecionado, com excelente poder aquisitivo e que entre uma safra e outra está atento à sua mensagem. Anuncie numa das revistas da Abravinho e ganhe muitos apreciadores para o seu produto ou serviço.