resumo - Universidade Federal do Acre
resumo - Universidade Federal do Acre
resumo - Universidade Federal do Acre
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
46<br />
ANÁLISES DE FILMES FICCIONAIS<br />
distingue discurso, história (diegese) e narração, afirman<strong>do</strong> que<br />
o discurso é a ordem cronológica <strong>do</strong>s acontecimentos num texto<br />
narrativo; a história é a ordem em que as ações acontecem;<br />
e a narração é o ato de narrar. Existem três tipos de narra<strong>do</strong>res:<br />
heterodiegético, homodiegético e autodiegético:<br />
“<br />
Distinguer-se-ão, pois, <strong>do</strong>is tipos de narrativas: uma<br />
de narra<strong>do</strong>r ausente da história que conta [...], a outra<br />
de narra<strong>do</strong>r presente como personagem na história<br />
que conta [...]. Nomeio o primeiro tipo, por razões evidentes,<br />
heterodiegético, e o segun<strong>do</strong> homodiegético.<br />
[...]. Haverá [...] que distinguir no interior <strong>do</strong> tipo homodiegético<br />
duas variedades: uma em que o narra<strong>do</strong>r<br />
é o herói da sua narrativa [...], e a outra em que não<br />
desempenha senão um papel secundário, que acontece<br />
ser, por assim dizer sempre, um papel de observa<strong>do</strong>r<br />
e de testemunha [...]. Reservaremos para a primeira<br />
variedade (que representa de alguma maneira<br />
o grau forte <strong>do</strong> homodiegético) o termo, que se impõe,<br />
de autodiegético (GENETTE, 1983, p. 243-244).<br />
A casa assassinada, de 1971, é um filme de Paulo Cesar<br />
Saraceni, basea<strong>do</strong> no romance Crônica da casa assassinada, de<br />
Lúcio Car<strong>do</strong>so, publica<strong>do</strong> pela primeira vez em 1959. É a história<br />
da decadência <strong>do</strong>s Meneses, família aristocrata de Vila<br />
Velha, Minas Gerais. O autor <strong>do</strong> romance cria um clima de diabolismo<br />
revela<strong>do</strong> pelo íntimo mórbi<strong>do</strong> e atormenta<strong>do</strong> de suas<br />
personagens, crian<strong>do</strong> uma metáfora de que a casa é um jazigo,