AS AVES DO AMBIENTE COSTEIRO DO BRASIL ... - Viva Marajó
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26%; Pelecaniformes (fragatas, atobás e afins) 9%; Charadriiformes-Subordem<br />
Charadrii (maçaricos, batuíras e afins) 24%; Charadriiformes-Subordem Lari<br />
(gaivotas, trinta-réis e afins) 22% (Tabela 2). Em cifras redondas, de cada uma<br />
destas ordens, entre uma quinta e uma terça parte das espécies que existem<br />
no mundo, ocorre no Brasil. Do total mundial de espécies destas três ordens,<br />
28% ocorre no Brasil. Das famílias Diomedeidae (albatrozes), Phaetontidae<br />
(rabos-de-palha), Fregatidae (fragatas), Sulidae (atobás), Sternidae (trinta-réis)<br />
e Stercorariidae (gaivotas-rapineiras ou skuas), 46 a 100% das espécies<br />
contidas nelas, têm sido registradas no Brasil, e do total mundial das 87<br />
espécies de Scolopacidae (maçaricos), 26% ocorre no país (Tabela 3). Estas<br />
cifras são evidência da elevada importância do Brasil com relação a<br />
conservação das aves marinhas e costeiras a nível mundial. O Brasil abriga<br />
uma grande parcela da biodiversidade das aves marinhas e costeiras do<br />
mundo como um todo.<br />
"Status" das espécies<br />
O "status" de uma espécie é a maneira na qual ela ocorre no Brasil (Tabelas 4<br />
e 5). Uma espécie que reproduz no país tem status R, ao qual é acrescentado<br />
o símbolo que indica se a ave reproduz na costa continental (CC), em ilhas<br />
costeiras e/ou oceânicas (IL) ou no interior do país (IN). Larus maculipennis e<br />
Himantopus himantopus melanurus nidificam em pântanos, ocorrem na praia<br />
oceânica fora da sua época de reprodução, e têm status RIN. Sterna<br />
hirundinacea nidifica em ilhas costeiras, com status RIL. Haematopus palliatus<br />
nidifica na praia oceânica, e Eudocimus ruber em manguezais, estas aves têm<br />
status RCC. Uma espécie que não nidifica no país e que ocorre somente como<br />
ave migratória tem status M, acrescentando-se o símbolo N para aves que<br />
nidificam no hemisfério norte, e S para aves que nidificam no hemisfério sul.<br />
Por exemplo, Calidris canutus tem status MN, e Catharacta chilensis tem status<br />
MS. O status M indica que a ave ocorre regularmente e periodicamente, e<br />
aplica-se também àquelas aves que ocorrem em pequeno número, ou em<br />
poucas localidades, porém habitualmente. Phoenicopterus chilensis, que ocorre<br />
de maneira habitual somente na Lagoa do Peixe no Rio Grande do Sul, e<br />
Zonibyx modestus que ocorre em pequeno número, porém habitualmente, no<br />
sul do país, são exemplos de aves pouco abundantes, com status MS. Tais<br />
aves são componentes normais do ambiente costeiro do Brasil, e dependem<br />
das condições ambientais desta região para sua sobrevivência a nível de<br />
população ou espécie. A terceira grande categoria são as espécies que<br />
ocorrem esporadicamente e de maneira imprevisível no tempo e no espaço.<br />
Tais aves tem status E, acrescentando-se o símbolo S ou N, o que indica<br />
proveniência de regiões de reprodução no hemisfério sul ou norte,<br />
respectivamente. Exemplos desta categoria são Sterna paradisea, cuja<br />
presença no país foi registrada três vezes e que tem status EN, e Thinocorus<br />
rumicivorus que foi visto apenas uma vez, na Lagoa do Peixe, e que tem status<br />
ES. Tais aves não são componentes normais do ambiente costeiro, e não<br />
dependem do ambiente costeiro do Brasil em termos da sua sobrevivência<br />
como populações ou espécies.<br />
Do total de 148 espécies, 29 espécies têm duas ou três entradas na<br />
coluna "status" da Tabela 5. O status de tais espécies varia entre as três<br />
regiões biogeográficas. Por exemplo, Fregata magnificens ocorre<br />
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