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AS AVES DO AMBIENTE COSTEIRO DO BRASIL ... - Viva Marajó

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encontrados dados publicados a respeito. Na presente revisão, a situação do<br />

ambiente costeiro é avaliada com base na conservação a nível federal e<br />

estadual.<br />

Todas as cinco áreas definidas no presente trabalho como "ilhas<br />

oceânicas" têm status de unidade de conservação (Tabela 19). Com relação às<br />

aves marinhas, o status legal das ilhas oceânicas do Brasil constitui base<br />

adequada para a preservação ambiental.<br />

Não existe uma listagem completa das ilhas costeiras da Região Tropical<br />

Sul, que abrange a costa do país desde o Rio Grande do Norte até Santa<br />

Catarina. Tal listagem existe somente para o estado de São Paulo, com o total<br />

de 149 ilhas, ilhotas e lajes (Ângelo, 1989). Na Região Tropical Sul como um<br />

todo, 174 arquipélagos, ilhas, lajes e rochedos costeiros são unidades federais<br />

ou estaduais de conservação. Esta cifra inclui as 133 unidades insulares de<br />

conservação na costa do estado de São Paulo, não listadas nas Tabelas 9 e<br />

20. Apesar deste elevado número de ilhas protegidas, a maioria das ilhas<br />

costeiras com importantes ninhais de aves marinhas, tais como, a Ilha dos<br />

Currais no estado do Paraná, e o arquipélago de Cabo Frio no estado do Rio<br />

de Janeiro, não são unidades de conservação (Tabelas 9 e 20). A preservação<br />

ambiental das ilhas costeiras do Brasil como um todo é insuficiente. O<br />

levantamento das ilhas costeiras deve ser realizado, e todas as ilhas usadas<br />

pelas aves marinhas para nidificação ou pouso devem ser identificadas, e<br />

preservadas como unidades de conservação.<br />

Um elevado número de unidades federais e estaduais de conservação<br />

existe na costa continental: são 139 unidades ao todo. Deste total, 111 (ou<br />

80%) existem na Região Tropical Sul, a área de superfície destes é 13% do<br />

total (Tabela 21), e elas são distribuídas ao longo da costa da Região (Figura<br />

13). Na Região Equatorial, 21 unidades constituem somente 15% do total em<br />

número, mas 86,5% em área de superfície. Nestas duas Regiões, a distribuição<br />

dos tipos de habitat sobre o total de 132 unidades de conservação é como<br />

segue: 51 unidades com águas estuarinas, 84 com manguezal, 63 com praias<br />

estuarinas, e 78 com praia oceânica (Tabela 22). Com relação à biodiversidade<br />

em escala regional, a conservação da costa continental das Regiões Equatorial<br />

e Tropical Sul é bem encaminhada, com muitas e grandes unidades de<br />

conservação ao longo da costa, que incluem os diferentes tipos de habitat das<br />

aves marinhas e costeiras.<br />

A Região Subtropical, que engloba as praias arenosas de Rio Grande do<br />

Sul e do Sul de Santa Catarina, conta com 7 unidades federais e estaduais de<br />

conservação que constituem 5% do total nacional em número, e apenas 0,5%<br />

em área de superfície. Da extensão total de 770 km de praia marítima da<br />

Região, uma área de apenas 53 km, ou<br />

7% do total, está incluída nas unidades de conservação da Reserva Ecológica<br />

do Taim, e do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. A preservação ambiental da<br />

costa da Região Subtropical é insuficiente. A necessidade da ampliação da<br />

área de praia preservada é demonstrada no Capítulo 5 do presente estudo (ver<br />

páginas 47 a 53). A política da preservação ambiental da costa do Rio Grande<br />

do Sul deve ser revisada, com o objetivo de estabelecer unidades de<br />

conservação que abrangem uma área suficiente para as necessidades das<br />

aves costeiras da região. A importância da costa da Região Subtropical como<br />

área de invernagem de grandes números e muitas espécies de aves<br />

migratórias, justifica que unidades de conservação com extensão da ordem de<br />

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