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AS AVES DO AMBIENTE COSTEIRO DO BRASIL ... - Viva Marajó

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Atlântica, e ainda nas Ilhas Malvinas. Durante o inverno, a espécie é abundante<br />

na plataforma continental do sul do Brasil e do Uruguai, e grande número de<br />

aves mortas ou moribundas aparecem nas praias. Esta mortalidade de inverno<br />

era já no ano de 1927 conhecida como fenômeno habitual, quando ainda não<br />

existia a poluição das águas costeiras por óleo e plásticos. A maioria das aves<br />

nas praias são juvenis, mas adultos ocorrem também em pequeno número. A<br />

composição dos bandos de aves sadias no mar, em termos das proporções de<br />

juvenis e adultos, não é conhecida. Aves anilhadas na Península de Valdéz<br />

foram recuperadas no Brasil (Escalante, 1970; Harrison, 1989; Azevedo, 1993;<br />

Vooren & Ilha, 1995; Sick, 1997). Conclui-se que as águas da plataforma do sul<br />

do Brasil, ao largo de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, são parte da área<br />

de invernada dos juvenis de Spheniscus magellanicus da população da<br />

Península de Valdéz, e possivelmente também para aves adultas. Isto pode<br />

estar relacionado com a elevada abundância do pequeno peixe pelágico<br />

Engraulis anchoita na referida área durante o inverno (Castello, 1998). Aves<br />

solitárias avançam para o norte e alcançam as águas tropicais do Nordeste do<br />

Brasil em pequeno número (Sick, 1997). As aves mortas nas praias do sul são<br />

sintoma da mortalidade natural normal das aves juvenis durante o inverno, mas<br />

há indícios de que em anos recentes a poluição por óleo vem causando<br />

mortalidade adicional.<br />

CAPÍTULO 4<br />

A Variação da Biodiversidade no Espaço<br />

Os tipos de habitat<br />

Sete diferentes tipos de habitat são reconhecidos no presente estudo, (Tabela<br />

4). A maioria das espécies de aves ocorrem em mais de um destes tipos de<br />

habitat. Para cada habitat, o "número de espécies" é a cifra de biodiversidade<br />

contribuída pela categoria de aves considerada. Cada um dos cinco grandes<br />

grupos taxonômicos de aves contribui desta mesma maneira à biodiversidade<br />

dos sete tipos de habitat. As Tabelas 13 e 14, e o texto que segue abaixo,<br />

devem ser interpretados desta maneira, no sentido de que "número de<br />

espécies" no habitat significa "pontos de biodiversidade" contribuídos ao habitat<br />

pelo conjunto de espécies taxonômicas. Do total das 111 espécies que ocorrem<br />

habitualmente no país, 62 espécies (56% do total) utilizam o habitat das águas<br />

costeiras e oceânicas (AO), e 52 espécies (47%) utilizam a praia oceânica<br />

(PO). Quarenta e quatro espécies (40%) ocorrem em ilhas costeiras e/ou<br />

oceânicas (IO e IC), 35 espécies (32%) ocorrem em praias estuarinas (PE), e<br />

28 espécies (25%) ocorrem na costa de mangue (MA) (Tabela 13). Estas cifras<br />

quantificam a importância das aves na biodiversidade destes habitats e, ao<br />

mesmo tempo, a importância de cada um destes habitats para a existência de<br />

aves como elemento da biodiversidade do país.<br />

Grupos taxonômicos e habitats<br />

As aves Procellariiformes ocorrem somente nas águas oceânicas, e contribuem<br />

com 44% à biodiversidade de aves neste tipo de habitat. Os maçaricos,<br />

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