AS AVES DO AMBIENTE COSTEIRO DO BRASIL ... - Viva Marajó
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esporadicamente (ES) na Região Subtropical, e nidifica nas ilhas (RIL) nas<br />
regiões Tropical Sul e Equatorial. Sterna maxima nidifica em ilhas (RIL) ao<br />
largo do estado de São Paulo, ocorre no sul do país como migrante<br />
proveniente de ninhais no Uruguai e Argentina (MS) e ocorre esporadicamente<br />
na costa do Pará como EN. Nyctanassa violacea foi vista uma vez (ES) no Rio<br />
Grande do Sul, mas reproduz em manguezais (RCC) ao longo da costa tropical<br />
e equatorial do país. Podiceps major reproduz somente no Rio Grande do Sul<br />
(RIN) mas ocorre como migrante sazonal (MS) na Região Tropical Sul. Estas<br />
variações regionais do status de certas espécies refletem a diversidade das<br />
condições ambientais ao longo do gradiente latitudinal da costa do Brasil.<br />
As espécies: ocorrência, migração e nidificação<br />
Do total das 148 espécies de aves costeiras e marinhas registradas no Brasil,<br />
37 espécies ocorrem esporadicamente com o status de EN ou ES no país<br />
como um todo (Tabela 6). O número de espécies EN ou ES por região é como<br />
segue: Região Subtropical, 23; Região Tropical Sul, 19; Região Equatorial, 17.<br />
Esta variação regional é relacionada com o fato de que das 37 espécies<br />
esporádicas, 23 espécies são ES, e destas, 14 espécies são albatrozes, petréis<br />
e pingüins que nidificam nas ilhas subantárticas e na Antártica e que não<br />
alcançam as latitudes tropicais. Das 17 espécies esporádicas da Região<br />
Equatorial, 12 são EN. Das 14 espécies EN do Brasil como um todo, 6 são<br />
maçaricos da família Scolopacidae, e 6 são gaivotas e trinta-réis das famílias<br />
Stercorariidae, Laridae e Sternidae.<br />
As espécies de aves marinhas e costeiras que nidificam ou ocorrem<br />
habitualmente como migrantes sazonais em, no mínimo, uma das três grandes<br />
regiões biogeográficas do país são em número de 111 (Tabela 6). São estas as<br />
espécies a serem consideradas em termos do manejo ambiental e da<br />
biodiversidade. Destas espécies, 53 nidificam no país, e este número inclui 8<br />
espécies que ao mesmo tempo ocorrem como migrantes, a saber:<br />
Phalacrocorax olivaceus, Podiceps major, Larus dominicanus, Sterna<br />
hirundinacea, Sterna maxima, Sterna eurygnatha e Charadrius falklandicus,<br />
todos eles MS provenientes de sítios de reprodução no Uruguai e/ou Argentina,<br />
e Charadius wilsonia, MN proveniente da costa atlântica dos Estados Unidos.<br />
Do total das 53 espécies que reproduzem, 24 são Pelecaniformes e Lari<br />
(Tabela 7). Poucas Procellariiformes e Charadrii nidificam no Brasil. Destes<br />
grupos, do total das 54 espécies que ocorrem habitualmente no ambiente<br />
costeiro do Brasil, apenas 9 nidificam no país. Das 19 espécies da categoria<br />
"outros" entre as 52 espécies que nidificam, 11 são Ciconiiformes (garças,<br />
socós e afins), e as 8 espécies restantes são Podicipediformes (um<br />
mergulhão), Gruiiformes (duas saracuras), Phoenicopteriformes (um flamingo),<br />
Falconiformes (três gaviões) e Coraciiformes (um martim-pescador). Das 53<br />
espécies que nidificam no país, 20 (ou 38% do total) o fazem exclusivamente<br />
em ilhas (Tabela 7). Esta cifra é evidência da elevada importância das ilhas<br />
marítimas do Brasil, em relação com biodiversidade e conservação das aves<br />
marinhas. Das 20 espécies que nidificam em ilhas, 4 são petréis da família<br />
Procellariidae, 8 são da ordem Pelecaniformes e 8 são da família Laridae.<br />
Treze espécies nidificam somente nas ilhas oceânicas, 5 nidificam somente em<br />
ilhas costeiras e 2 nidificam em ambas as categorias de ilhas.<br />
Sessenta e seis espécies ocorrem como migrantes sazonais. Deste total,<br />
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