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AS AVES DO AMBIENTE COSTEIRO DO BRASIL ... - Viva Marajó

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31 são migrantes MS, e 19 destes são albatrozes e petréis provenientes das<br />

latitudes frias entre as Ilhas de Tristão da Cunha e o continente Antártico. Os<br />

migrantes MN são em número de 35, e 21 destes são espécies das famílias<br />

Scolopacidae e Charadriidae.<br />

Nidificação nas ilhas oceânicas<br />

Quinze espécies de aves marinhas nidificam nas ilhas oceânicas do Brasil, e<br />

deste total, 13 o fazem no país somente nestas 6 ilhas ou arquipélagos. O<br />

número das espécies que nidificam varia entre 3 nos Penedos de São Pedro e<br />

São Paulo, e 11 no Arquipélago de Fernando de Noronha (Tabela 8). Fora das<br />

águas brasileiras existem nas Regiões Equatorial e Tropical Sul do Oceano<br />

Atlântico apenas 3 sítios de nidificação para 9 das espécies listadas na Tabela<br />

8.<br />

Do petrel Pterodroma hasitata outrora abundante no Mar do Caribe, o<br />

único sítio atual com nidificação confirmada é uma localidade na Hispaniola,<br />

Haiti. Esta espécie é classificada como ameaçada de extinção. Ela foi<br />

encontrada em Trindade e Martin Vaz, e isto é indício de que a espécie<br />

provavelmente nidifica nestas ilhas. Por este motivo, a espécie tem status R na<br />

Tabela 5.<br />

Da espécie nominal Pterodroma arminjoniana arminjoniana, os<br />

conhecidos locais de nidificação no mundo são três ilhas apenas, a saber,<br />

Round Island (próximo a Mauritius) e Reunión, ambos no Oceano Índico, e<br />

Trindade, que é o único local de nidificação no Oceano Atlântico.<br />

Segundo Harrison (1989), Puffinus assimilis é na metade sul do Oceano<br />

Atlântico distribuído na zona temperada entre as latitudes de 30º S e 40º S,<br />

com reprodução nas ilhas Tristão da Cunha e Gough. Os registros da<br />

nidificação desta espécie em Fernando de Noronha citados por Sick (1997)<br />

ficam fora da área habitual da sua distribuição, e correspondem mais com uma<br />

possível ocorrência de Puffinus lherminieri que tem sua área de distribuição<br />

nos oceanos tropicais (Harrison, 1989).<br />

Fregata ariel e Fregata minor têm em Trindade e Martin Vaz seus únicos<br />

sítios de nidificação no Oceano Atlântico, e ocorrem ali como as subespécies<br />

endêmicas Fregata ariel trinitatis e Fregata minor nicolli. As espécies nominais<br />

F. a. ariel e F. m. minor são distribuídas nos Oceanos Índico e Pacífico. Na<br />

metade Sul do Oceano Atlântico, Fregata magnificens nidifica somente nas<br />

ilhas oceânicas e costeiras do Brasil. Fora destas ilhas, Sula leucogaster, Sula<br />

dactylatra e Sula sula contam com apenas um único sítio de nidificação,<br />

Phaeton lepturus e Gygis alba com dois sítios, e Phaeton aethereus, Sterna<br />

fuscata, Anous stolidus e Anous minutus com três sítios (Tabela 8). Para 13<br />

espécies de aves marinhas, os seis sítios oceânicos do Brasil constituem entre<br />

a metade e o total dos seus sítios de nidificação no Atlântico Sul. Estas cifras<br />

são evidência da elevada importância das ilhas oceânicas do Brasil para a<br />

biodiversidade do país e do Oceano Atlântico como um todo.<br />

Nidificação em ilhas costeiras<br />

Nidificação de 10 espécies de aves marinhas tem sido registrada em 26<br />

pequenas ilhas ou arquipélagos da Região Tropical Sul, na costa dos estados<br />

de Espírito Santo (3 sítios), Rio de Janeiro 6 (sítios, incluindo-se um<br />

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