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caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

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INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

A caatinga, o bioma predominante na região semiárida <strong>br</strong>asileira, é ocupada<<strong>br</strong> />

por cerca <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong> habitantes, concentrando mais <strong>de</strong> dois terços da<<strong>br</strong> />

população po<strong>br</strong>e nas áreas rurais. Nesse sentindo, é impossível imaginar qualquer<<strong>br</strong> />

solução para os <strong>pro</strong>blemas sociais <strong>de</strong>ssas regiões que não <strong>de</strong>pendam <strong>de</strong> estratégias<<strong>br</strong> />

sustentáveis para as ativida<strong>de</strong>s agropecuárias, especialmente em se tratando <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

ecossistema <strong>de</strong> extrema fragilida<strong>de</strong> (BEZERRA e VEIGA, 2000).<<strong>br</strong> />

As formas predominantes <strong>de</strong> uso da terra no Semiárido <strong>br</strong>asileiro (agricultura<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> sequeiro, pecuária extensiva, irrigação, exploração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira da vegetação<<strong>br</strong> />

nativa), caracterizadas pela <strong>de</strong>pendência do uso da água, por parte da <strong>de</strong>gradação da<<strong>br</strong> />

vegetação e do solo, e pelo assoreamento e contaminação dos recursos hídricos, têm<<strong>br</strong> />

contribuído para a redução da disponibilida<strong>de</strong> hídrica, e levado ao esgotamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fontes preciosas <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> muito lenta reposição e conseqüentemente ao<<strong>br</strong> />

agravamento das condições socioeconômicas no meio rural.<<strong>br</strong> />

Sendo assim, é evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos caminhos que possam<<strong>br</strong> />

nortear estratégias para a reorientação dos <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> rural da região, que<<strong>br</strong> />

acima <strong>de</strong> tudo consi<strong>de</strong>rem as culturas e ecos<strong>sistemas</strong> locais num <strong>pro</strong>cesso dialético e<<strong>br</strong> />

participativo, rumo ao <strong>de</strong>senvolvimento rural sustentável.<<strong>br</strong> />

A agroecologia como um novo paradigma científico, surge como um elemento<<strong>br</strong> />

impulsionador <strong>de</strong> novas estratégias, capaz <strong>de</strong> dar suporte a uma transição a estilos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

agriculturas sustentáveis e, portanto, contribuir para o estabelecimento <strong>de</strong> <strong>pro</strong>cessos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento rural sustentável para região (CAPORAL e COSTABEBER, 2004).<<strong>br</strong> />

Dentre muitos mo<strong>de</strong>los e <strong>sistemas</strong> alternativos <strong>de</strong> uso da terra, Altieri (1999)<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>stacou os <strong>sistemas</strong> agroflorestais, que são formas que combinam elementos da<<strong>br</strong> />

agricultura e/ou pecuária com elementos florestais em <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong><<strong>br</strong> />

sustentáveis na mesma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terra, como uma estratégia <strong>pro</strong>missora em<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>gramas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento rural <strong>de</strong> bases agroecológicas, so<strong>br</strong>etudo, por<<strong>br</strong> />

representar um conceito <strong>de</strong> uso integrado da terra, em <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> baixos insumos,<<strong>br</strong> />

que se adapta particularmente às circunstâncias dos pequenos agricultores.<<strong>br</strong> />

O objetivo dos <strong>sistemas</strong> agroflorestais é otimizar os efeitos benéficos das<<strong>br</strong> />

interações entre os componentes arbóreos agrícolas e/ou animais, a fim obter uma<<strong>br</strong> />

maior diversificação <strong>de</strong> <strong>pro</strong>dutos, diminuir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> insumos externos e<<strong>br</strong> />

reduzir os impactos ambientais, dadas as condições econômicas, ecológicas e sociais<<strong>br</strong> />

predominantes (NAIR, 1983; NAIR, 1984).<<strong>br</strong> />

Para atingir tal objetivo, esses <strong>sistemas</strong> incorporam quatro características<<strong>br</strong> />

intrínsecas: uma estrutura diversificada, sustentabilida<strong>de</strong> alcançada pela aplicação das<<strong>br</strong> />

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