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caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

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As áreas com conhecida fragilida<strong>de</strong> social e ambiental <strong>de</strong>vem ser priorizadas<<strong>br</strong> />

em estratégias e políticas que visem à implementação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los sustentáveis <strong>de</strong> uso<<strong>br</strong> />

da terra, como forma <strong>de</strong> gerar alternativas que <strong>pro</strong>movam a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vida das populações contrapondo-se aos <strong>pro</strong>cessos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação ambiental.<<strong>br</strong> />

1.4. OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE NO BIOMA CAATINGA<<strong>br</strong> />

O bioma Caatinga, inserido no domínio do Semiárido, ocupa cerca <strong>de</strong> 800.000<<strong>br</strong> />

km 2 entre os estados nor<strong>de</strong>stinos do Ceará, Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Paraíba,<<strong>br</strong> />

Pernambuco, Alagoas, Sergipe, sudoeste do Piauí, partes do interior da Bahia,<<strong>br</strong> />

esten<strong>de</strong>ndo-se em uma faixa no estado <strong>de</strong> Minas Gerais (IBGE, 1985). Sendo o único<<strong>br</strong> />

ecossistema exclusivamente <strong>br</strong>asileiro, é composto por um mosaico <strong>de</strong> florestas secas<<strong>br</strong> />

e vegetação arbustiva, com enclaves <strong>de</strong> florestas úmidas montanas e <strong>de</strong> cerrado<<strong>br</strong> />

(TABARELLI e SILVA, 2005).<<strong>br</strong> />

Quanto às características edafoclimáticas, a região semi-árida é marcada por<<strong>br</strong> />

altas temperaturas, reduzida pluviosida<strong>de</strong>, solos pouco intemperizados e pequena<<strong>br</strong> />

<strong><strong>pro</strong>dução</strong> <strong>de</strong> fitomassa. Tais características condicionaram ao longo do tempo a forma<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> das populações que vivem na Caatinga, originando mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento baseado na exploração florestal predatória, em especial do recurso<<strong>br</strong> />

ma<strong>de</strong>ireiro como fonte <strong>de</strong> energia, associada à pecuária extensiva por meio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

superpastoreio e a uma agricultura intensiva com práticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento e<<strong>br</strong> />

queimadas (ARAÚJO FILHO, 2002).<<strong>br</strong> />

Essas práticas, a exemplo do que ocorreu com os <strong>de</strong>mais ecos<strong>sistemas</strong><<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros, têm levado sistematicamente a <strong>de</strong>vastação da Caatinga em <strong>de</strong>corrência da<<strong>br</strong> />

ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> uso da terra para a região e da exploração incoerente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

seus recursos. Dessa forma, já se observa perdas drásticas na diversida<strong>de</strong> florística e<<strong>br</strong> />

faunística, aceleração dos <strong>pro</strong>cessos <strong>de</strong> erosão e <strong>de</strong>clínio da fertilida<strong>de</strong> do solo,<<strong>br</strong> />

diminuição na infiltração <strong>de</strong> água da chuva no solo e, em <strong>de</strong>corrência disso, aumentos<<strong>br</strong> />

nas taxas <strong>de</strong> erosão (ARAÚJO FILHO e BARBOSA, 2000).<<strong>br</strong> />

Além das conseqüências ambientais, as populações locais também foram<<strong>br</strong> />

fortemente afetadas pela <strong>de</strong>sarborização da Caatinga, uma vez que a exploração dos<<strong>br</strong> />

recursos florestais é a principal fonte <strong>de</strong> subsistência <strong>de</strong>sta população. De forma mais<<strong>br</strong> />

direta, observou-se uma redução na oferta <strong>de</strong> <strong>pro</strong>dutos <strong>de</strong>rivados das espécies<<strong>br</strong> />

arbóreas, tais como ma<strong>de</strong>ira, lenha, frutos, forragem, substâncias medicinais, flores<<strong>br</strong> />

para a apicultura, além <strong>de</strong> outros (MENEZES et al., 2008).<<strong>br</strong> />

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