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caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

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por encontrar uma “receita” aplicável às diferentes realida<strong>de</strong>s mundiais, como<<strong>br</strong> />

conseqüência <strong>de</strong> uma homogeneização dos estilos <strong>de</strong> vida.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e os mecanismos concretos <strong>de</strong> transição rumo ao eco<strong>de</strong>senvolvimento,<<strong>br</strong> />

Sachs <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que não existem mo<strong>de</strong>los acabados. As estratégias <strong>de</strong>vem diferir <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um país para o outro, e mesmo entre regiões com características diferenciadas no<<strong>br</strong> />

interior <strong>de</strong> um mesmo país, como o caso do Brasil (BERGAMASCO e ANTUNIASSI,<<strong>br</strong> />

1998).<<strong>br</strong> />

Caporal (1998), em uma análise so<strong>br</strong>e os diferentes vieses da sustentabilida<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificou duas importantes correntes: aquela com origens no relatório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

“Brundtland”, baseada “no pensamento científico convencional”, a corrente<<strong>br</strong> />

ecotecnocrática e aquela com base no “pensamento alternativo” que teria sua origem<<strong>br</strong> />

nos discursos eco<strong>de</strong>senvolvimentistas <strong>de</strong> Sachs, a corrente ecossocial.<<strong>br</strong> />

Apesar das <strong>pro</strong>postas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável e do<<strong>br</strong> />

eco<strong>de</strong>senvolvimento, ou dos pensamentos explicitados no que Caporal <strong>de</strong>nominou<<strong>br</strong> />

como corrente ecossocial e corrente ecotecnocrática, parecerem semelhantes, já que<<strong>br</strong> />

a meta <strong>de</strong>sejada em ambas as <strong>pro</strong>posições é a criação <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> sustentável,<<strong>br</strong> />

há na verda<strong>de</strong> um “abismo” i<strong>de</strong>ológico que as separam.<<strong>br</strong> />

Nas palavras <strong>de</strong> Layrargues (1997):<<strong>br</strong> />

“Mas pergunta-se: compartilhar <strong>de</strong> uma mesma meta – alcançar<<strong>br</strong> />

uma socieda<strong>de</strong> ecologicamente sustentável – significa compartilhar<<strong>br</strong> />

das mesmas estratégias <strong>de</strong> execução? (...) Enten<strong>de</strong>-se haver<<strong>br</strong> />

diferenças entre os dois conceitos, no mínimo sutis, mas que<<strong>br</strong> />

traduzem i<strong>de</strong>ologias diferentes, uma vez que po<strong>de</strong>mos encontrar no<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável, traços <strong>de</strong> incompatibilida<strong>de</strong> entre a<<strong>br</strong> />

meta pretendida e seus meios utilizados.” (LAYRARGUES, 1997).<<strong>br</strong> />

Passados mais <strong>de</strong> 30 anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início das discussões acerca <strong>de</strong> um novo<<strong>br</strong> />

paradigma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, parece que ainda não encontramos um caminho que<<strong>br</strong> />

garanta <strong>de</strong> fato a sustentabilida<strong>de</strong> nas relações do homem com o planeta. Enten<strong>de</strong>ndo<<strong>br</strong> />

que a sustentabilida<strong>de</strong> ainda não é um consenso, assumiremos que o conceito<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável que norteia este trabalho tem um embasamento teórico<<strong>br</strong> />

no eco<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Sachs, com viés essencialmente antiecotecnocrático, e que<<strong>br</strong> />

conforme colocado por Caporal e Costabeber (2007, p. 85) “não é algo estático ou<<strong>br</strong> />

fechado em si mesmo, mas faz parte <strong>de</strong> um <strong>pro</strong>cesso <strong>de</strong> busca permanente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que qualifiquem a ação e a interação humana nos<<strong>br</strong> />

ecos<strong>sistemas</strong>”.<<strong>br</strong> />

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