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caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

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Este período foi marcado por intensa migração da população para os centros<<strong>br</strong> />

urbanos e pelo <strong>de</strong>smatamento acentuado do perímetro irrigado, como a única forma<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> possibilitar a permanência do agricultor em sua terra, tendo em vista a ausência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

políticas <strong>de</strong> convivência com a seca, e alternativas econômicas que possibilitassem ao<<strong>br</strong> />

mesmo tempo a geração <strong>de</strong> renda e manutenção das áreas florestadas.<<strong>br</strong> />

Apenas em 2004, com o retorno das chuvas, o Perímetro Irrigado do Moxotó foi<<strong>br</strong> />

reativado, trazendo <strong>de</strong> volta boa parte da população. Atualmente o perímetro opera<<strong>br</strong> />

com apenas 6.375 ha e 319 lotes irrigados <strong>de</strong> agricultores familiares, na maioria dos<<strong>br</strong> />

casos, e compõe a principal área <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> agrícola irrigada <strong>de</strong> Ibimirim.<<strong>br</strong> />

A água que abastece os lotes, <strong>pro</strong>veniente do açu<strong>de</strong>, é controlada pela<<strong>br</strong> />

Associação dos Produtores Rurais e Irrigantes do Vale do Moxotó (UNIVALE), uma<<strong>br</strong> />

organização criada pelos agricultores irrigantes em 1995 com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

administrar a operação e manutenção do PIMOX, sob a supervisão e fiscalização do<<strong>br</strong> />

DNOCS. A UNIVALE é responsável pela co<strong>br</strong>ança <strong>de</strong> uma taxa para uso da água, que<<strong>br</strong> />

é liberada três dias por semana.<<strong>br</strong> />

Além do perímetro irrigado, é possível encontrar ainda, um número pouco<<strong>br</strong> />

expressivo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>pro</strong>dutivas (UP) em outras localida<strong>de</strong>s do município, que<<strong>br</strong> />

utilizam água para irrigação total ou parcial da lavoura agrícola e para criação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

animais, <strong>pro</strong>veniente <strong>de</strong> poços artesianos ou captadas autonomamente do açu<strong>de</strong>, no<<strong>br</strong> />

caso <strong>de</strong> sítios localizados às suas margens.<<strong>br</strong> />

No entanto, a maioria da população rural do município não é beneficiada pelo<<strong>br</strong> />

recurso hídrico, uma vez que o volume <strong>de</strong> água, a má distribuição e o <strong>de</strong>sperdício das<<strong>br</strong> />

águas do Poço da Cruz, <strong>pro</strong>vocado por um ineficiente sistema <strong>de</strong> irrigação, e pela alta<<strong>br</strong> />

evaporação, não dão conta <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r toda <strong>de</strong>manda municipal. Gran<strong>de</strong> parte dos<<strong>br</strong> />

trabalhadores está sujeito aos ciclos <strong>de</strong> chuvas e às insuficientes ações<<strong>br</strong> />

governamentais mitigadoras dos <strong>pro</strong>blemas <strong>de</strong> déficit hídrico. A escassez hídrica tem<<strong>br</strong> />

moldado toda ativida<strong>de</strong> rural em Ibimirim e condicionado <strong>pro</strong>fundamente a vida do<<strong>br</strong> />

homem do campo.<<strong>br</strong> />

Como conseqüências, os <strong>sistemas</strong> agrícolas <strong>de</strong> sequeiro, com cultivos<<strong>br</strong> />

temporários, o extrativismo florestal e a pecuária extensiva tornaram-se as formas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uso da terra predominantes na região. A restrição da agricultura aos períodos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

chuva forçou os agricultores a buscarem alternativas durante os períodos <strong>de</strong> estiagem<<strong>br</strong> />

na ativida<strong>de</strong> extrativista, apoiada principalmente na retirada <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para lenha e<<strong>br</strong> />

carvão, na pecuária extensiva, e em alguns poucos casos, nos quintais agroflorestais<<strong>br</strong> />

ou <strong>sistemas</strong> consorciados nos quintais das casas, com predominância do cultivo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

arbóreas e fruteiras, algumas poucas espécies anuais <strong>de</strong> ciclo curto e ervas<<strong>br</strong> />

medicinais, prevendo apenas o abastecimento familiar.<<strong>br</strong> />

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