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caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

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água, solos e florestas – possam ser mantidos através da substituição da lógica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

exploração, pelo sentido da integração.<<strong>br</strong> />

1.2.2. Os Sistemas Agroflorestais como estratégia para a transição<<strong>br</strong> />

agroecológica<<strong>br</strong> />

A transição agroecológica, como um <strong>pro</strong>cesso gradual, contínuo e multilinear<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> mudança nas formas <strong>de</strong> manejo dos agroecos<strong>sistemas</strong> (COSTABEBER, 2006),<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> resultar em mo<strong>de</strong>los <strong>pro</strong>dutivos socialmente justos e ecológicos para as diversas<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s rurais, e também garantir a conservação dos recursos naturais. Para isso, a<<strong>br</strong> />

conversão dos <strong>sistemas</strong> convencionais <strong>de</strong>ve estar apoiada na idéia <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

agrária <strong>de</strong> base ecológica, iniciada a partir <strong>de</strong> um <strong>pro</strong>cesso <strong>de</strong> ecologização dinâmico,<<strong>br</strong> />

contínuo e crescente através do tempo, e sem ter um momento final <strong>de</strong>terminado.<<strong>br</strong> />

Essa ecologização dos <strong>sistemas</strong> rurais implica além <strong>de</strong> uma racionalização <strong>pro</strong>dutiva,<<strong>br</strong> />

em uma mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> dos atores sociais em relação ao manejo dos recursos<<strong>br</strong> />

naturais e à conservação do meio ambiente (COSTABEBER, 2007).<<strong>br</strong> />

Gliessman (2005) sugeriu a existência <strong>de</strong> pelo menos três níveis fundamentais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> transição, que vão do mais simples ao mais complexo a partir (1) da eliminação<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>gressiva <strong>de</strong> insumos agroquímicos; (2) da substituição <strong>de</strong> insumos sintéticos por<<strong>br</strong> />

alternativos ou orgânicos; (3) do re<strong>de</strong>senho dos agroecos<strong>sistemas</strong> com estrutura<<strong>br</strong> />

diversificada e funcional que não necessite <strong>de</strong> insumos externos sintéticos ou<<strong>br</strong> />

orgânicos. No terceiro caso, espera-se que os agroecos<strong>sistemas</strong> re<strong>de</strong>senhados<<strong>br</strong> />

funcionem com base em um conjunto novo <strong>de</strong> <strong>pro</strong>cessos ecológicos que culminem na<<strong>br</strong> />

sustentabilida<strong>de</strong> do sistema.<<strong>br</strong> />

Segundo Altieri e Nicholls (2007), a conversão dos <strong>sistemas</strong> convencionais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong><strong>pro</strong>dução</strong> para formas mais ecológicas <strong>de</strong> uso da terra está baseada em dois pilares<<strong>br</strong> />

fundamentais: a diversificação espacial e temporal da vegetação e o manejo orgânico<<strong>br</strong> />

do solo. Para os autores, os <strong>pro</strong>cessos ecológicos se otimizam mediante interações<<strong>br</strong> />

que surgem <strong>de</strong> combinações espaciais e temporais <strong>de</strong> culturas agrícolas, animais e<<strong>br</strong> />

árvores, complementados por manejos orgânicos do solo.<<strong>br</strong> />

Vale ainda acrescentar, que a transição agroecológica <strong>de</strong>ve também reorientar<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>cessos <strong>pro</strong>dutivos e estratégias econômicas que sejam capazes <strong>de</strong> contribuir para<<strong>br</strong> />

um <strong>de</strong>senvolvimento socialmente mais a<strong>pro</strong>priado e que preserve a biodiversida<strong>de</strong> e a<<strong>br</strong> />

diversida<strong>de</strong> sócio-cultural (SEVILLA GUZMÁN, 2004; CAPORAL, 2008)<<strong>br</strong> />

Dentre os muitos <strong>sistemas</strong> alternativos <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> sugeridos para apoiar a<<strong>br</strong> />

transição agroecológica, em sua maioria baseados em práticas e conhecimentos<<strong>br</strong> />

tradicionais, indígenas ou camponeses, os <strong>sistemas</strong> agroflorestais têm sido apontados<<strong>br</strong> />

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