Monografia Pronta - Priscila - Ciencialivre.pro.br
Monografia Pronta - Priscila - Ciencialivre.pro.br
Monografia Pronta - Priscila - Ciencialivre.pro.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ<<strong>br</strong> />
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO<<strong>br</strong> />
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO<<strong>br</strong> />
PRISCILA KELLY DE ARAÚJO FONSECA<<strong>br</strong> />
O MARKETING VERDE COMO UMA VANTAGEM COMPETITIVA NA<<strong>br</strong> />
EMPRESA M.C. BRIQUETES<<strong>br</strong> />
João Pessoa - PB<<strong>br</strong> />
2008.
PRISCILA KELLY DE ARAÚJO FONSECA<<strong>br</strong> />
O MARKETING VERDE COMO UMA VANTAGEM COMPETITIVA NA<<strong>br</strong> />
EMPRESA M.C. BRIQUETES<<strong>br</strong> />
Orientadora: Profª. Ms. Carolina Barroca da Rocha<<strong>br</strong> />
<strong>Monografia</strong> apresentada ao Departamento de<<strong>br</strong> />
Ciências Administrativas e Econômicas, do Centro<<strong>br</strong> />
Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, com<<strong>br</strong> />
requisito parcial para a obtenção do título de<<strong>br</strong> />
Bacharel em Administração.<<strong>br</strong> />
João Pessoa - PB<<strong>br</strong> />
2008
F676m Fonseca, <strong>Priscila</strong> Kelly de Araújo.<<strong>br</strong> />
Marketing verde como vantagem competitiva na<<strong>br</strong> />
empresa M.C. Briquetes - João Pessoa, 2008 63 f.<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
<strong>Monografia</strong> (Curso de Administração) – Centro<<strong>br</strong> />
Universitário de João Pessoa – UNIPÊ<<strong>br</strong> />
1. Marketing verde. 2. Vantagem competitiva.<<strong>br</strong> />
3. Ecologicamente correto. I. Título.<<strong>br</strong> />
UNIPÊ / BC CDU – 658.8
PRISCILA KELLY DE ARAÚJO FONSECA<<strong>br</strong> />
MARKETING VERDE COMO VANTAGEM COMPETITIVA NA EMPRESA M.C.<<strong>br</strong> />
BRIQUETES<<strong>br</strong> />
<strong>Monografia</strong> apresentada ao Curso de Graduação do Centro Universitário de João Pessoa –<<strong>br</strong> />
UNIPÊ, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração.<<strong>br</strong> />
A<strong>pro</strong>vada em......../......./........<<strong>br</strong> />
BANCA EXAMINADORA<<strong>br</strong> />
_____________________________________________<<strong>br</strong> />
Profª. Ms. Carolina Barroca da Rocha<<strong>br</strong> />
Orientadora - UNIPÊ<<strong>br</strong> />
_______________________________________________<<strong>br</strong> />
Prof°. Esp. George Washington Alves de Melo<<strong>br</strong> />
Examinador - UNIPÊ<<strong>br</strong> />
________________________________________________<<strong>br</strong> />
Profª. Ms. Ilka Maria Soares Campos<<strong>br</strong> />
Examinadora – UNIPÊ
Dedico este trabalho aos meus pais, a todos<<strong>br</strong> />
os meus familiares e a todos que de alguma<<strong>br</strong> />
forma contribuíram para o meu crescimento<<strong>br</strong> />
acadêmico.
AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />
Aos meus pais e ao meu irmão que estão sempre me apoiando nos momentos pelos quais mais<<strong>br</strong> />
preciso, pelo amor e exemplo de vida que eles representam para mim.<<strong>br</strong> />
A Deus que guia meus passos e minha vida.<<strong>br</strong> />
A meu namorado que me <strong>pro</strong>porciona momentos maravilhosos, deixando a minha vida<<strong>br</strong> />
completa quando estou ao seu lado.<<strong>br</strong> />
A todos os meus familiares, principalmente o meu querido avô Helio Ugulino que foi um<<strong>br</strong> />
homem que deixou muitas saudades e ensinamentos para minha vida. Um avô eternamente<<strong>br</strong> />
admirável, cuja convivência não pude compartilhar pelo tempo que gostaria.<<strong>br</strong> />
A <strong>pro</strong>fessora, Carolina Barroca pela atenção, paciência e pelas oportunidades que ela me<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>porcionou para que eu pudesse crescer intelectualmente, sendo uma amiga durante todo<<strong>br</strong> />
esse tempo de universidade.<<strong>br</strong> />
A <strong>pro</strong>fessora Nilza e Ilka pela dedicação e preocupação em ajudar-me a realizar este trabalho<<strong>br</strong> />
da melhor maneira possível.<<strong>br</strong> />
Ao meu amigo Jomarlos que permitiu que a realização deste trabalho fosse na sua empresa,<<strong>br</strong> />
me ajudando nas informações necessárias e me <strong>pro</strong>porcionando novos ensinamentos. E a<<strong>br</strong> />
todos os meus amigos que pude contar durante todo este tempo.<<strong>br</strong> />
A todos, que de alguma forma, contribuíram para o meu crescimento acadêmico e a construir<<strong>br</strong> />
os grandes momentos de minha vida.
FONSECA, <strong>Priscila</strong> Kelly de Araújo. Marketing verde como vantagem competitiva na<<strong>br</strong> />
empresa M.C. Briquetes. Unipê, João Pessoa – PB, 63 f., 2008.<<strong>br</strong> />
RESUMO<<strong>br</strong> />
O marketing é fundamental para aquelas empresas que desejam se adaptar as mudanças do<<strong>br</strong> />
mercado e atender da melhor maneira possível as necessidades e os desejos dos<<strong>br</strong> />
consumidores. Devido à grande competitividade no mundo empresarial as organizações<<strong>br</strong> />
devem buscar novas ferramentas e estratégias de marketing se quiseram obter vantagem e<<strong>br</strong> />
diferenciação no mercado. Diante disso, surge o marketing verde, que é uma ferramenta capaz<<strong>br</strong> />
de sustentar a imagem da empresa, difundindo-a com uma nova visão de mercado, destacando<<strong>br</strong> />
sua diferenciação ecologicamente correta junto à sociedade. Desta forma, este estudo teve<<strong>br</strong> />
como objetivo geral compreender o marketing verde como uma vantagem competitiva na<<strong>br</strong> />
empresa M.C. Briquetes, e como objetivos específicos identificar quais as estratégias de<<strong>br</strong> />
marketing verde utilizado pela empresa; avaliar o perfil do cliente da empresa e verificar se o<<strong>br</strong> />
cliente percebe as ações de marketing verde feitas pela empresa. Para isso, foram utilizadas<<strong>br</strong> />
abordagens quantitativas e qualitativas de cunho descritivo e exploratório, através de<<strong>br</strong> />
questionários com os clientes da empresa e uma entrevista com o <strong>pro</strong>prietário da M. C.<<strong>br</strong> />
Briquetes. Analisando todos os dados obtidos, conclui-se que o marketing verde pode levar a<<strong>br</strong> />
empresa ser bem vista pela sociedade e obter vantagem competitiva no mercado.<<strong>br</strong> />
Palavras-chave: Marketing. Marketing verde. Ecologicamente correta. Vantagem<<strong>br</strong> />
competitiva.
FONSECA, <strong>Priscila</strong> Kelly de Araújo. Green marketing as an advantage for the company<<strong>br</strong> />
M.C. Briquetes. Unipê, João Pessoa – PB, 63 p., 2008.<<strong>br</strong> />
ABSTRACT<<strong>br</strong> />
Marketing is something fundamental for companies that desire to adapt themselves to market<<strong>br</strong> />
changes and to attend in the best way possible the necessities and desires of the consumers.<<strong>br</strong> />
Due to the great competitiveness of the business world, organizations must search new<<strong>br</strong> />
marketing tools and strategies if they want to obtain advantage and differentiation in the<<strong>br</strong> />
market. On account of that, appears the green marketing, a tool capable of sustaining the<<strong>br</strong> />
company image, spreading her with a new market vision, excelling an ecologically correct<<strong>br</strong> />
differentiation to the society. In this manner, this study had as main objective to understand<<strong>br</strong> />
the green market as a competitive advantage for the company M.C. Briquetes, and as specific<<strong>br</strong> />
objectives, to identify which green marketing strategies are used by the company; to evaluate<<strong>br</strong> />
the company´s client <strong>pro</strong>file; and to check if the client perceives green marketing actions<<strong>br</strong> />
made by the firm. For that, it were used quantitative and qualitative ap<strong>pro</strong>achs in an<<strong>br</strong> />
exploratory and descriptive way, throughout questionnaires made with the company’s<<strong>br</strong> />
customers and an interview with M.C. Briquete’s owner. Analyzing all data collected, it<<strong>br</strong> />
follows that green marketing can im<strong>pro</strong>ve the company’s image before society and lead to the<<strong>br</strong> />
gain of an competitive advantage in the market.<<strong>br</strong> />
Key-words: Marketing. Green marketing. Ecologically correct. Competitive advantage.
LISTA DE TABELAS<<strong>br</strong> />
Tabela 1 Ramo de atividade da empresa.......................................................................44<<strong>br</strong> />
Tabela 2 Tamanho da empresa......................................................................................45<<strong>br</strong> />
Tabela 3 Número de funcionários.................................................................................45<<strong>br</strong> />
Tabela 4 Tempo que é cliente da M. C. Briquetes........................................................46<<strong>br</strong> />
Tabela 5 Briquetes de pó de serra comprado por mês..................................................46<<strong>br</strong> />
Tabela 6 A opinião so<strong>br</strong>e a qualidade dos serviços......................................................47<<strong>br</strong> />
Tabela 7 A importância da ecologia.............................................................................48<<strong>br</strong> />
Tabela 8 Compraria um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto, se custasse o mesmo preço<<strong>br</strong> />
de outro <strong>pro</strong>duto.............................................................................................48<<strong>br</strong> />
Tabela 9 Compraria um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto, se custasse mais caro que<<strong>br</strong> />
outro <strong>pro</strong>duto..................................................................................................49<<strong>br</strong> />
Tabela 10 O Briquete de pó de serra é ecologicamente correto......................................49<<strong>br</strong> />
Tabela 11 De que forma sabe que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é ecologicamente correto.50<<strong>br</strong> />
Tabela 12 Um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto é um diferencial na hora da compra....50
LISTA DE FOTOS<<strong>br</strong> />
Foto 1 Pó de serra........................................................................................................59<<strong>br</strong> />
Foto 2 Triturador.........................................................................................................59<<strong>br</strong> />
Foto 3 Peneira..............................................................................................................60<<strong>br</strong> />
Foto 4 Pó de serra peneirado.......................................................................................60<<strong>br</strong> />
Foto 5 Esteira...............................................................................................................61<<strong>br</strong> />
Foto 6 Secador.............................................................................................................61<<strong>br</strong> />
Foto 7 Briquetadeira....................................................................................................62<<strong>br</strong> />
Foto 8 Briquete de pó de serra <strong>pro</strong>nto.........................................................................62<<strong>br</strong> />
Foto 9 Briquete de pó de serra estocado.....................................................................63
SUMÁRIO<<strong>br</strong> />
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 10<<strong>br</strong> />
2 CONCEITOS E VISÃO GERAL DO MARKETING................................... 11<<strong>br</strong> />
2.1 Conceitos e Definições de Marketing................................................................ 11<<strong>br</strong> />
2.2 Composto de Marketing.................................................................................... 13<<strong>br</strong> />
2.2.1 Produto...........................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.2.2 Preço...............................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.2.3 Praça...............................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.2.4 Promoção........................................................................................................<<strong>br</strong> />
3 CRIAÇÃO DE VALOR PARA O CLIENTE................................................. 19<<strong>br</strong> />
3.1 Conceito de Valor.............................................................................................. 19<<strong>br</strong> />
3.2 Satisfação do Cliente......................................................................................... 22<<strong>br</strong> />
3.3 Percepção do Cliente......................................................................................... 23<<strong>br</strong> />
3.4 Planejamento Estratégico de Marketing............................................................ 25<<strong>br</strong> />
4 MARKETING VERDE..................................................................................... 28<<strong>br</strong> />
4.1 Conceito de Marketing Verde........................................................................... 28<<strong>br</strong> />
4.2 Sustentabilidade e Holismo............................................................................... 31<<strong>br</strong> />
4.3 Vantagens do Marketing Verde......................................................................... 34<<strong>br</strong> />
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................... 37<<strong>br</strong> />
5.1 Caracterização da Pesquisa................................................................................ 37<<strong>br</strong> />
5.2 Problema de Pesquisa........................................................................................ 38<<strong>br</strong> />
5.3 Objetivos............................................................................................................<<strong>br</strong> />
5.3.1 Objetivo Geral................................................................................................<<strong>br</strong> />
5.3.2 Objetivos Específicos.....................................................................................<<strong>br</strong> />
5.4 Campo Empírico................................................................................................<<strong>br</strong> />
5.5 Universo e Amostra...........................................................................................<<strong>br</strong> />
5.6 Instrumentos de Coleta de Dados......................................................................<<strong>br</strong> />
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA........................................... 42<<strong>br</strong> />
6.1 Análise Qualitativa............................................................................................ 42<<strong>br</strong> />
6.2 Análise Quantitativa.......................................................................................... 44<<strong>br</strong> />
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................<<strong>br</strong> />
REFERÊNCIAS....................................................................................................<<strong>br</strong> />
APÊNDICES..........................................................................................................<<strong>br</strong> />
ANEXO...................................................................................................................<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
17<<strong>br</strong> />
39<<strong>br</strong> />
39<<strong>br</strong> />
39<<strong>br</strong> />
39<<strong>br</strong> />
40<<strong>br</strong> />
40<<strong>br</strong> />
52<<strong>br</strong> />
53<<strong>br</strong> />
54<<strong>br</strong> />
58
1 INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />
O sucesso das organizações está ligado à capacidade de se diferenciar no mercado e<<strong>br</strong> />
atender as necessidades dos seus clientes de maneira eficaz. Com o <strong>pro</strong>pósito de criar trocas<<strong>br</strong> />
que satisfaçam os objetivos dos indivíduos, surge o Marketing, <strong>pro</strong>cesso de planejamento e<<strong>br</strong> />
execução desde a concepção até a distribuição de <strong>pro</strong>dutos e serviços.<<strong>br</strong> />
O marketing está ligado diretamente a tudo que envolve o mercado, estuda as<<strong>br</strong> />
necessidades das pessoas, buscando satisfazê-las de maneira eficaz para que as empresas<<strong>br</strong> />
possam obter mais lucros e clientes fiéis a sua marca.<<strong>br</strong> />
Há uma ferramenta que hoje é de extrema importância para as organizações: o<<strong>br</strong> />
Marketing Verde. Com a utilização do mesmo, pode-se levar as empresas a se diferenciarem<<strong>br</strong> />
no mercado, por se tratar de uma vantagem competitiva e ecologicamente correta. O<<strong>br</strong> />
marketing verde preza pelo meio-ambiente e ainda permite às empresas que se destaquem<<strong>br</strong> />
perante seus concorrentes por apresentar características inovadoras.<<strong>br</strong> />
A escolha do tema partiu do interesse despertado pelo <strong>pro</strong>duto comercializado pela<<strong>br</strong> />
empresa em questão, conhecida casualmente. Ademais, sempre houve afinidade pessoal<<strong>br</strong> />
relativa ao estudo do marketing e de suas variedades.<<strong>br</strong> />
O presente trabalho tem como <strong>pro</strong>pósito compreender o Marketing Verde como uma<<strong>br</strong> />
vantagem competitiva na empresa M. C. Briquetes. A M. C. Briquetes têm como atividade a<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icação <strong>br</strong>iquetes do pó de serra, sendo até o momento a única na Paraíba.<<strong>br</strong> />
Em Procedimentos Metodológicos foram descritos os métodos e técnicas adotadas na<<strong>br</strong> />
elaboração deste trabalho, definindo-se a caracterização da pesquisa e o campo empírico,<<strong>br</strong> />
além de descrever o <strong>pro</strong>blema e estabelecer os objetivos a serem alcançados.<<strong>br</strong> />
Nos capítulos seguintes serão expostos os conceitos e a visão geral do marketing; os<<strong>br</strong> />
compostos do marketing, quais sejam, <strong>pro</strong>duto, preço, praça e <strong>pro</strong>moção; a criação de valor<<strong>br</strong> />
para o cliente; descrição do conceito de valor; satisfação; a percepção dos clientes como<<strong>br</strong> />
ferramentas que levam a empresa a obter sucesso; o planejamento de marketing que direciona<<strong>br</strong> />
os objetivos a serem alcançados; e, por fim, no último capítulo será focado o marketing verde<<strong>br</strong> />
e sua vantagem competitiva, tema central deste trabalho.<<strong>br</strong> />
10
2 CONCEITOS E VISÃO GERAL DO MARKETING<<strong>br</strong> />
Para se ter um conhecimento melhor do que venha ser marketing verde, é importante<<strong>br</strong> />
saber o que é marketing. Com isso, este capítulo descreverá o conceito de marketing e os<<strong>br</strong> />
compostos de marketing, que são: <strong>pro</strong>duto, preço, praça e <strong>pro</strong>moção.<<strong>br</strong> />
2.1 Conceitos e Definições de Marketing<<strong>br</strong> />
Existem várias definições do que venha a ser marketing. Para Kotler (1998, p. 27)<<strong>br</strong> />
“marketing é um <strong>pro</strong>cesso social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que<<strong>br</strong> />
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de <strong>pro</strong>dutos de valor com outros”. O<<strong>br</strong> />
marketing tem como objetivo satisfazer as necessidades de um público-alvo e manter uma<<strong>br</strong> />
relação de troca com os mesmos.<<strong>br</strong> />
O conceito ampliado de marketing, o qual traz uma abordagem individualizada,<<strong>br</strong> />
descreve que o consumidor, o cliente ou público determina a <strong>pro</strong>gramação de marketing e<<strong>br</strong> />
identifica também as variáveis de marketing – <strong>pro</strong>duto, preço, <strong>pro</strong>moção e distribuição que o<<strong>br</strong> />
especialista de marketing administra para <strong>pro</strong>porcionar satisfação ao cliente. Segundo Kotler<<strong>br</strong> />
(1998, p. 37), o conceito de marketing assume que “a chave para atingir as metas<<strong>br</strong> />
organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes, satisfazendo, assim, as<<strong>br</strong> />
necessidades e desejos dos mercados-alvos”.<<strong>br</strong> />
As organizações precisam estar adaptadas às novas tendências do mercado e às<<strong>br</strong> />
necessidades dos consumidores, buscando atende-los de maneira diferenciada em relação aos<<strong>br</strong> />
seus concorrentes.<<strong>br</strong> />
Uma das ferramentas que ajudam as organizações a se adaptarem ao mercado é o<<strong>br</strong> />
marketing, pois ele <strong>pro</strong>porciona uma ligação entre a empresa e seus consumidores, além de<<strong>br</strong> />
buscar satisfazer suas necessidades. Desta forma, o marketing é de extrema importância para<<strong>br</strong> />
aquelas empresas que tem como objetivo um sucesso contínuo no mercado.<<strong>br</strong> />
Las Casas (2006, p. 10) diz que:<<strong>br</strong> />
Marketing é a área de conhecimento que engloba todas as atividades<<strong>br</strong> />
concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e<<strong>br</strong> />
necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de<<strong>br</strong> />
empresas ou indivíduos e considerando sempre o ambiente de atuação e o<<strong>br</strong> />
impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.<<strong>br</strong> />
As empresas devem sempre manter uma relação de troca com seus clientes, pois com<<strong>br</strong> />
isso ela garante a sua fidelização, aumentando conseqüentemente seu lucro.<<strong>br</strong> />
11
Sandhusen (2000, p. 8) conceitua marketing como um “<strong>pro</strong>cesso de planejar a<<strong>br</strong> />
concepção, o preço, a <strong>pro</strong>moção e a distribuição de bens e serviços para criar trocas que<<strong>br</strong> />
satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”.<<strong>br</strong> />
O marketing tem a finalidade de obter a resposta desejada de um público-alvo so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
algum <strong>pro</strong>duto, serviço, idéia ou qualquer objetivo. Deve sempre manter e atrair novos<<strong>br</strong> />
clientes, criando valor e satisfação para eles de forma lucrativa.<<strong>br</strong> />
Muitas vezes, a visão geral das pessoas que não conhecem o assunto acaba por<<strong>br</strong> />
confundir o marketing com a <strong>pro</strong>paganda, por ser uma ferramenta importante do marketing,<<strong>br</strong> />
ou com a área de vendas, pelo fato do marketing lidar com <strong>pro</strong>dutos e serviços, enfim, o<<strong>br</strong> />
marketing é muitas vezes interpretado de maneira errônea. Para acabar com essa dúvida,<<strong>br</strong> />
Armstrong e Kotler (1999, p. 11) diferenciam o conceito de marketing e vendas, mostrando<<strong>br</strong> />
que ambos têm funções diferentes, apesar de estarem interligados dentro das atividades da<<strong>br</strong> />
empresa:<<strong>br</strong> />
O conceito de vendas tem uma perspectiva de dentro para fora. Começa<<strong>br</strong> />
com a fá<strong>br</strong>ica, concentra-se nos <strong>pro</strong>dutos da empresa e enfatiza a venda e a<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>moção para obter vendas lucrativas. É centrado na conquista do cliente –<<strong>br</strong> />
fazer vendas de curto prazo sem se preocupar com quem compra e por que<<strong>br</strong> />
compra. Ao contrário, o conceito de marketing tem uma perspectiva de fora<<strong>br</strong> />
para dentro. Começa com um mercado, bem-definido, concentra-se nas<<strong>br</strong> />
necessidades do consumidor, coordena todas as atividades de marketing que<<strong>br</strong> />
afetam o consumidor e obtêm o lucro criando a satisfação do consumidor.<<strong>br</strong> />
Sob o conceito de marketing, as empresas <strong>pro</strong>duzem o que os consumidores<<strong>br</strong> />
desejam, satisfazendo-os e obtendo lucro.<<strong>br</strong> />
O marketing de modo geral engloba muitas atividades além das que a maioria das<<strong>br</strong> />
pessoas imagina. Assim, partindo de um conceito mais amplo e atual, Pride e Ferrell (2000, p.<<strong>br</strong> />
3) definem marketing como o “<strong>pro</strong>cesso de criar, distribuir, <strong>pro</strong>mover e apreçar bens, serviços<<strong>br</strong> />
e idéias para facilitar relações de troca satisfatória com clientes em um ambiente dinâmico”.<<strong>br</strong> />
Para isso todas as áreas da empresa devem ter consciência da função do marketing e buscar<<strong>br</strong> />
alcançar seus objetivos de maneira eficaz, para satisfazer e <strong>pro</strong>porcionar aquilo que os clientes<<strong>br</strong> />
necessitam.<<strong>br</strong> />
Por outro lado, devido os vários <strong>pro</strong>blemas observados na sociedade, tais como,<<strong>br</strong> />
degradação do meio ambiente, ou comercialização de <strong>pro</strong>dutos que fazem mal a saúde e bem-<<strong>br</strong> />
estar do ser humano, surgiu um conceito de marketing que <strong>pro</strong>põe que as empresas se<<strong>br</strong> />
preocupem com a ética e desenvolvam condições sociais em suas práticas de marketing. Entre<<strong>br</strong> />
os nomes <strong>pro</strong>postos e indicados para esse novo conceito de marketing estão “marketing<<strong>br</strong> />
ecológico” e “marketing humanístico”.<<strong>br</strong> />
12
Neste sentido, Kotler (1998, p. 44) se refere a um marketing societário, segundo o qual<<strong>br</strong> />
a tarefa da organização “é determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-<<strong>br</strong> />
alvos e atender às satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que os concorrentes,<<strong>br</strong> />
de maneira a preservar ou ampliar o bem-estar dos consumidores e da sociedade”.<<strong>br</strong> />
Muitas empresas que adotam essa postura de preservar ou ampliar o bem-estar dos<<strong>br</strong> />
consumidores e da sociedade, e são adeptos a utilização do marketing com viés ético, estão<<strong>br</strong> />
obtendo excelentes resultados comerciais.<<strong>br</strong> />
Do que foi dito até agora fica claro que se houver um com<strong>pro</strong>misso com o conceito,<<strong>br</strong> />
grande é a <strong>pro</strong>babilidade de que a função do marketing será efetivamente executada. É claro<<strong>br</strong> />
que o tamanho e a natureza da função do marketing variam conforme a natureza da empresa e<<strong>br</strong> />
do mercado que atende.<<strong>br</strong> />
2.2 Composto de Marketing<<strong>br</strong> />
O composto de marketing, também conhecido como “4Ps”, são ferramentas<<strong>br</strong> />
controláveis que auxiliam o administrador a comercializar seus <strong>pro</strong>dutos de maneira mais<<strong>br</strong> />
adequada no mercado, com o objetivo de satisfazer os desejos e as necessidades dos<<strong>br</strong> />
consumidores.<<strong>br</strong> />
Armstrong e Kotler (1999, p. 31) definem o composto de marketing “como o grupo<<strong>br</strong> />
de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para <strong>pro</strong>duzir a resposta que<<strong>br</strong> />
deseja no mercado-alvo”.<<strong>br</strong> />
A empresa deve desenvolver um <strong>pro</strong>duto que esteja enquadrado nas necessidades e<<strong>br</strong> />
desejos dos clientes, além de distribuí-lo no lugar certo, a um preço aceitável para os<<strong>br</strong> />
consumidores.<<strong>br</strong> />
Pride e Ferrell (2000, p. 4) dizem que:<<strong>br</strong> />
O marketing é mais do que a simples publicidade ou venda de um <strong>pro</strong>duto;<<strong>br</strong> />
implica desenvolver e gerenciar um <strong>pro</strong>duto que satisfará as necessidades<<strong>br</strong> />
do cliente. Seu foco é fazer com que o <strong>pro</strong>duto esteja disponível no lugar<<strong>br</strong> />
certo e a um preço aceitável para os consumidores. Requer também<<strong>br</strong> />
comunicar informação que ajude os clientes a determinar se o <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
satisfará suas necessidades.<<strong>br</strong> />
As atividades de marketing serão implementadas e controladas para atender às<<strong>br</strong> />
necessidades dos clientes, dentro do mercado-alvo, a partir dos seguintes compostos: <strong>pro</strong>duto,<<strong>br</strong> />
preço, praça e <strong>pro</strong>moção. Podem, obviamente, ser planejados de acordo com os objetivos da<<strong>br</strong> />
organização, no intuito de se chegar aos resultados da maneira mais eficaz.<<strong>br</strong> />
13
2.2.1 Produto<<strong>br</strong> />
O <strong>pro</strong>duto é essencial do composto de marketing, a partir dele, será caracterizado os<<strong>br</strong> />
demais compostos, como: preço, <strong>pro</strong>moção e distribuição.<<strong>br</strong> />
Antes de lançar um <strong>pro</strong>duto ao mercado, o <strong>pro</strong>fissional de marketing deve fazer uma<<strong>br</strong> />
análise estratégica em que o mercado se encontra, pois as decisões para implementar o<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>duto conta muito para o sucesso da organização.<<strong>br</strong> />
Pride e Ferrell (2000, p. 191) definem <strong>pro</strong>duto como “qualquer coisa que você recebe<<strong>br</strong> />
numa troca. Pode ser tangível ou não-tangível, e inclui utilidades os benefícios funcionais,<<strong>br</strong> />
sociais ou psicológicos. Um <strong>pro</strong>duto pode ser uma idéia, um serviço, um bem ou qualquer<<strong>br</strong> />
combinação desses três”.<<strong>br</strong> />
O <strong>pro</strong>duto tem como objetivo suprir as necessidades dos clientes, criando uma relação<<strong>br</strong> />
de troca entre eles e a empresa.<<strong>br</strong> />
Para Las Casas (2006, p. 255) o <strong>pro</strong>duto “é o objeto principal de comercialização. Ele<<strong>br</strong> />
é desenvolvido para satisfazer ao desejo ou à necessidade de determinado grupo de<<strong>br</strong> />
consumidores. Por isso, a sua função principal é a de <strong>pro</strong>porcionar benefícios”.<<strong>br</strong> />
Quanto maior o valor agregado ao <strong>pro</strong>duto maior será sua aceitabilidade perante o<<strong>br</strong> />
mercado. Aqueles que <strong>pro</strong>porcionarem maiores benefícios motivarão os consumidores a<<strong>br</strong> />
comprá-los.<<strong>br</strong> />
Las Casas (2006, p. 256) apresenta algumas definições de <strong>pro</strong>duto que vêm ampliar a<<strong>br</strong> />
maneira de enxergar os benefícios <strong>pro</strong>porcionados.<<strong>br</strong> />
a) Produto básico: é uma forma básica de atender ao benefício central do <strong>pro</strong>duto. É o<<strong>br</strong> />
mínimo que se pode esperar pela oferta, sem benefícios adicionais.<<strong>br</strong> />
b) Produto esperado: são benefícios que os consumidores esperam ou que estão<<strong>br</strong> />
acostumados a receber através de outras ofertas no mercado.<<strong>br</strong> />
agregado.<<strong>br</strong> />
c) Produto ampliado: são benefícios adicionais ao <strong>pro</strong>duto, tornando-os de maior valor<<strong>br</strong> />
d) Produto diferenciado: é aquele <strong>pro</strong>duto que apresenta características e benefícios<<strong>br</strong> />
únicos, ou seja, é um <strong>pro</strong>duto que não possui concorrentes.<<strong>br</strong> />
Os conceitos de <strong>pro</strong>dutos baseados nos benefícios são importantes para identificar as<<strong>br</strong> />
necessidades dos consumidores e como a empresa irá atender tais necessidades, pois os<<strong>br</strong> />
benefícios <strong>pro</strong>porcionados por um <strong>pro</strong>duto ou serviço serão essenciais para a decisão de<<strong>br</strong> />
compra.<<strong>br</strong> />
De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 164):<<strong>br</strong> />
14
A aparência física do <strong>pro</strong>duto, além da embalagem e do rótulo, também<<strong>br</strong> />
pode influenciar o <strong>pro</strong>cesso de compra do consumidor. Uma embalagem ou<<strong>br</strong> />
rótulo atraentes podem introduzir o <strong>pro</strong>duto no conjunto considerado do<<strong>br</strong> />
consumidor. Do mesmo modo, um rótulo que destaque benefícios<<strong>br</strong> />
importantes do <strong>pro</strong>duto pode induzir a uma avaliação favorável do <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
e, talvez, fazer com que seja escolhido.<<strong>br</strong> />
O <strong>pro</strong>duto é a oferta tangível da empresa para o mercado, a<strong>br</strong>angendo qualidade,<<strong>br</strong> />
características, marca, embalagem e design. A empresa pode ainda fornecer serviços de<<strong>br</strong> />
manutenção, entrega, entre outros, como parte do <strong>pro</strong>duto, podendo com isso gerar vantagem<<strong>br</strong> />
competitiva.<<strong>br</strong> />
2.2.2 Preço<<strong>br</strong> />
O preço tem uma grande influência no <strong>pro</strong>cesso de compra, sendo um fator<<strong>br</strong> />
determinante para a escolha do consumidor. Por isso, o preço deve estar de acordo com o<<strong>br</strong> />
valor do <strong>pro</strong>duto para que o cliente pague aquilo que é justo. Desta forma, o administrador<<strong>br</strong> />
deve compreender o mercado e os fatores que interferem no preço do <strong>pro</strong>duto.<<strong>br</strong> />
Segundo Las Casas (2006), os preços são essenciais para as empresas, pois agregam<<strong>br</strong> />
valor aos <strong>pro</strong>dutos. É através do preço que as empresas recebem retorno em seus<<strong>br</strong> />
investimentos, além de vários benefícios financeiros.<<strong>br</strong> />
O preço de um <strong>pro</strong>duto é baseado nos custos, onde estes custos são fixos e variáveis.<<strong>br</strong> />
Os custos fixos não mudam independente da quantidade de itens <strong>pro</strong>duzidos, e os custos<<strong>br</strong> />
variáveis variam conforme a <strong>pro</strong>dução. Para determinar o preço de um <strong>pro</strong>duto deve calcular<<strong>br</strong> />
seus custos e acrescentar uma margem de lucro justa. O preço também deve ser baseado na<<strong>br</strong> />
renda dos clientes-alvos e na realidade econômica do mercado.<<strong>br</strong> />
De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 325):<<strong>br</strong> />
Quaisquer que sejam os custos da organização e qualquer que seja o preço<<strong>br</strong> />
co<strong>br</strong>ado pelos concorrentes, os compradores potenciais podem não comprar<<strong>br</strong> />
o <strong>pro</strong>duto se não acharem que a oferta vale o seu dinheiro. Portanto, as<<strong>br</strong> />
decisões de preços devem levar em conta as percepções dos clientes so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
valor de uma troca. Isso significa que uma pesquisa de marketing é<<strong>br</strong> />
necessária para desco<strong>br</strong>ir as percepções de valor e preço dos clientes.<<strong>br</strong> />
Podemos compreender o preço como sendo um elemento no <strong>pro</strong>cesso de troca, não<<strong>br</strong> />
necessariamente sendo um valor monetário, mas um valor de permuta para o <strong>pro</strong>duto em uma<<strong>br</strong> />
troca de marketing (PRIDE e FERRELL, 2000).<<strong>br</strong> />
15
Nesse sentido, o preço tem um papel fundamental na so<strong>br</strong>evivência das empresas, pois<<strong>br</strong> />
deve gerar lucro para manter o seu andamento e a<strong>pro</strong>fundar a relação de troca com os<<strong>br</strong> />
consumidores.<<strong>br</strong> />
Quando há uma boa determinação de preço, a empresa tenderá ao desenvolvimento e à<<strong>br</strong> />
lucratividade, ao contrário, com uma má determinação de preço, a empresa pode inclusive<<strong>br</strong> />
chegar à falência.<<strong>br</strong> />
2.2.3 Praça<<strong>br</strong> />
Não basta apenas fa<strong>br</strong>icar um bom <strong>pro</strong>duto e colocar o preço adequado. Caso o cliente<<strong>br</strong> />
não o encontre no local que lhe é mais conveniente, a empresa estará deixando de atendê-lo,<<strong>br</strong> />
portanto é necessário buscar uma maneira eficiente de distribuir os <strong>pro</strong>dutos de modo que os<<strong>br</strong> />
consumidores os encontrem no local esperado.<<strong>br</strong> />
A praça ou distribuição é o lugar onde se disponibiliza o <strong>pro</strong>duto para os<<strong>br</strong> />
consumidores-alvos. As empresas devem identificar os vários facilitadores de marketing para<<strong>br</strong> />
fornecer com eficácia seus <strong>pro</strong>dutos e serviços aos clientes, como os vários tipos de varejistas,<<strong>br</strong> />
atacadistas e empresas de distribuição física, pois se os <strong>pro</strong>dutos não forem bem distribuídos e<<strong>br</strong> />
alocados, os clientes não compraram esses <strong>pro</strong>dutos, deixando a empresa em prejuízo.<<strong>br</strong> />
Pride e Ferrell (2000, p. 6) dizem que:<<strong>br</strong> />
Para satisfazer os clientes os <strong>pro</strong>dutos precisam estar disponíveis no tempo<<strong>br</strong> />
certo e nos locais convenientes. Ao lidar com a variável distribuição, um<<strong>br</strong> />
gerente de marketing torna os <strong>pro</strong>dutos disponíveis nas quantidades<<strong>br</strong> />
desejadas para tantos clientes dos mercados-alvos quanto possível,<<strong>br</strong> />
mantendo os custos de estoque total, transporte e armazenagem o mais<<strong>br</strong> />
baixo possível.<<strong>br</strong> />
Assim, é importante que as estratégias de distribuição sejam desenvolvidas para<<strong>br</strong> />
assegurar que os <strong>pro</strong>dutos estejam disponíveis nas quantidades e nos lugares certos.<<strong>br</strong> />
A distribuição permite que os fa<strong>br</strong>icantes cheguem até os consumidores para que<<strong>br</strong> />
comprem seus <strong>pro</strong>dutos em locais convenientes, não necessitando deslocar-se até o local de<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dução dos mesmos.<<strong>br</strong> />
De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 165):<<strong>br</strong> />
A estratégia do <strong>pro</strong>fissional de marketing para tornar um <strong>pro</strong>duto disponível<<strong>br</strong> />
pode influenciar se e quando os consumidores encontraram tal <strong>pro</strong>duto. Um<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>duto amplamente disponível ou fácil de comprar entrará no conjunto<<strong>br</strong> />
considerado de mais consumidores.<<strong>br</strong> />
16
Como dito, é através dos canais de distribuição que os <strong>pro</strong>dutos chegam até os<<strong>br</strong> />
consumidores. Segundo Las Casas (2006, p. 307), canais de distribuição correspondem a “um<<strong>br</strong> />
conjunto de organizações que atuam de forma sistemática e se inter-relacionam com o<<strong>br</strong> />
objetivo de exercer determinadas funções de marketing, como transferir posse e,<<strong>br</strong> />
principalmente, distribuir <strong>pro</strong>dutos e serviços do <strong>pro</strong>dutor ao consumidor”.<<strong>br</strong> />
Os canais de distribuição são vantajosos para as empresas, pois tem como objetivo<<strong>br</strong> />
levar o <strong>pro</strong>duto aos locais que o consumidor possa comprar, impedindo que ele leve o <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
do concorrente. Ressalte-se que as empresas devem fiscalizar a distribuição dos <strong>pro</strong>dutos para<<strong>br</strong> />
verificar se ela ocorre de maneira correta e eficaz para o consumidor.<<strong>br</strong> />
2.2.4 Promoção<<strong>br</strong> />
A <strong>pro</strong>moção é a atividade desempenhada pela empresa para comunicar e <strong>pro</strong>mover<<strong>br</strong> />
seus <strong>pro</strong>dutos aos consumidores, tendo como objetivo fazer uma comunicação eficaz com o<<strong>br</strong> />
mercado-alvo.<<strong>br</strong> />
Pride e Ferrell (2000, p. 329) definem a <strong>pro</strong>moção como “a comunicação que cria e<<strong>br</strong> />
mantém relacionamentos favoráveis ao informar e persuadir uma ou mais audiências que<<strong>br</strong> />
vejam uma organização de modo mais positivo e aceitem seus <strong>pro</strong>dutos”.<<strong>br</strong> />
A comunicação é essencial em um <strong>pro</strong>cesso de troca, por isso a empresa precisa ter<<strong>br</strong> />
uma comunicação eficaz com o consumidor para poder transmitir informações necessárias dos<<strong>br</strong> />
seus <strong>pro</strong>dutos ou serviços ao público de maneira que forme uma imagem positiva perante a<<strong>br</strong> />
sociedade.<<strong>br</strong> />
Não basta para as empresas ter um bom <strong>pro</strong>duto, um preço adequado e um bom<<strong>br</strong> />
sistema de distribuição. É preciso também que as empresas tenham uma boa comunicação<<strong>br</strong> />
com os consumidores, e uma das ferramentas para usar o meio de comunicação no mercado é<<strong>br</strong> />
a <strong>pro</strong>moção. A <strong>pro</strong>moção pode estimular os consumidores a comprarem mais, através das<<strong>br</strong> />
informações que eles adquirem dos <strong>pro</strong>dutos.<<strong>br</strong> />
Algumas pessoas confundem a <strong>pro</strong>moção com a <strong>pro</strong>moção de vendas, a <strong>pro</strong>moção é<<strong>br</strong> />
mais a<strong>br</strong>angente que a <strong>pro</strong>moção de vendas, pois ela tem a função segundo Las Casas (2006),<<strong>br</strong> />
de informar, persuadir e influenciar a decisão de compra do consumidor e, além disto, suas<<strong>br</strong> />
atividades estão voltadas para a <strong>pro</strong>paganda, relações públicas, vendas pessoais, ou seja, as<<strong>br</strong> />
formas que leva a empresa a se comunicar com o mercado-alvo.<<strong>br</strong> />
São várias as formas que uma empresa tem de se comunicar com seu público-alvo,<<strong>br</strong> />
para tanto existe o composto de comunicação ou mix de comunicação, que combina quatro<<strong>br</strong> />
17
elementos para criar a estratégia geral da comunicação de marketing, os quais são ferramentas<<strong>br</strong> />
essenciais par atingir os objetivos de comunicação, são elas: <strong>pro</strong>paganda, vendas pessoais,<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>moção de venda e publicidade. Com base em Churchill e Peter (2000, p. 452), vejamos<<strong>br</strong> />
cada uma delas separadamente:<<strong>br</strong> />
Propaganda é o elemento mais conhecido do mix de comunicação uma vez que é<<strong>br</strong> />
bastante associada ao marketing. Churchill e Peter (2000, p. 452) definem <strong>pro</strong>paganda como<<strong>br</strong> />
“qualquer anúncio ou comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de massa<<strong>br</strong> />
durante determinado período e num determinado espaço pagos ou doados por um indivíduo,<<strong>br</strong> />
companhia ou organização”. A <strong>pro</strong>paganda se caracteriza por atingir uma quantidade<<strong>br</strong> />
considerável de pessoas e permite uma boa visibilidade da empresa.<<strong>br</strong> />
Venda Pessoal é uma comunicação direta da força de vendas com os clientes, com o<<strong>br</strong> />
objetivo de estabelecer relacionamentos e transmitir uma imagem favorável da empresa. Os<<strong>br</strong> />
vendedores devem ser bem treinados e orientados para enfatizarem e exaltarem os benefícios<<strong>br</strong> />
dos <strong>pro</strong>dutos, e desta forma persuadir os clientes a comprarem os <strong>pro</strong>dutos da empresa.<<strong>br</strong> />
Promoção de Vendas são incentivos para estimular as vendas por um determinado<<strong>br</strong> />
período de tempo, não fazendo parte da rotina diária, sendo uma atividade complementar das<<strong>br</strong> />
vendas. A <strong>pro</strong>moção de vendas é uma ferramenta bastante utilizada no composto de<<strong>br</strong> />
comunicação, pois ela tem a capacidade de impulsionar as vendas, sendo uma ferramenta em<<strong>br</strong> />
caráter suplementar a<strong>br</strong>angendo prêmios, amostras, feiras, entre outros.<<strong>br</strong> />
Publicidade é a cobertura da mídia a respeito do desempenho das organizações. É uma<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>paganda gratuita, tendo a empresa pouco controle so<strong>br</strong>e ela, sendo de grande auxílio para<<strong>br</strong> />
as empresas que dispõem de poucos recursos para se comunicar com o público. Segundo<<strong>br</strong> />
Churchill e Peter (2000, p. 454), “a publicidade pode-se manifestar em uma diversidade de<<strong>br</strong> />
formas, sendo que as mais comuns são reportagens da imprensa so<strong>br</strong>e novos <strong>pro</strong>dutos ou<<strong>br</strong> />
sucessos e fracassos de companhias”.<<strong>br</strong> />
Além dessas quatro ferramentas citadas, Armstrong e Kotler (1999, p. 318) ainda<<strong>br</strong> />
mencionam as Relações Públicas que tem um papel importante no <strong>pro</strong>cesso de comunicação,<<strong>br</strong> />
sugerindo que elas constituem o “desenvolvimento de boas relações com vários públicos da<<strong>br</strong> />
empresa pela obtenção de publicidade favorável, construção de uma ‘imagem corporativa’ e a<<strong>br</strong> />
manipulação ou afastamento de rumores, histórias ou eventos desfavoráveis”.<<strong>br</strong> />
18
3 CRIAÇÃO DE VALOR PARA O CLIENTE<<strong>br</strong> />
Um tema que, atualmente, possui extrema importância para as empresas é o valor do<<strong>br</strong> />
cliente. O planejamento do <strong>pro</strong>cesso da comercialização começa justamente do conhecimento<<strong>br</strong> />
das necessidades dos clientes. Consequentemente, as organizações devem oferecer aquilo que<<strong>br</strong> />
os consumidores desejam e demonstrar que eles são essenciais para o sucesso da empresa.<<strong>br</strong> />
Quando falamos de criação de valor, não estamos nos referindo ao equivalente<<strong>br</strong> />
financeiro, ao valor monetário do <strong>pro</strong>duto, mas, sim, aos aspectos fundamentais referentes à<<strong>br</strong> />
valorização dos consumidores.<<strong>br</strong> />
Para focar devidamente esta criação de valor, é preciso que as empresas busquem,<<strong>br</strong> />
antes de mais nada, um conhecimento <strong>pro</strong>fundo das necessidades dos clientes, partindo daí<<strong>br</strong> />
para a comercialização daquilo que eles desejam.<<strong>br</strong> />
Segundo Las Casas (2006, p. 22):<<strong>br</strong> />
Para a criação de valor as empresas necessitam buscar interatividade com os<<strong>br</strong> />
clientes para obter um conhecimento adequado, a fim de elaborar as suas<<strong>br</strong> />
ofertas comerciais. Na entrega de valor há necessidade também de haver<<strong>br</strong> />
interatividade com os clientes para que sejam feitas as devidas adaptações e<<strong>br</strong> />
aperfeiçoamento. Desta forma, o <strong>pro</strong>cesso completo apresenta-se interativo<<strong>br</strong> />
e aumentam as chances de atender os quesitos de valores dos clientes.<<strong>br</strong> />
Quando a empresa se volta para esse valor e consegue criar uma interatividade com os<<strong>br</strong> />
clientes, ela acaba lhes oferecendo <strong>pro</strong>dutos dirigidos às suas necessidades, alcançando a sua<<strong>br</strong> />
satisfação. Tal <strong>pro</strong>cesso tem como conseqüência a obtenção de melhores chances de<<strong>br</strong> />
maximizar a fidelização dos clientes e conquistar um lugar de destaque no mercado.<<strong>br</strong> />
No próximo tópico será descrito detalhamento o que é valor voltado para o cliente e<<strong>br</strong> />
sua importância no mundo empresarial contemporâneo.<<strong>br</strong> />
3.1 Conceito de valor<<strong>br</strong> />
O termo valor aqui discutido não se limita ao valor monetário, mesmo sabendo da<<strong>br</strong> />
importância essencial desta conotação no universo das atividades empresariais. Deseja-se<<strong>br</strong> />
fazer referência, na verdade, ao conceito de valor pessoal do cliente, à busca de atender suas<<strong>br</strong> />
necessidades. Desta forma as organizações se destacam no mercado, aumentando sua clientela<<strong>br</strong> />
e, conseqüentemente, sua lucratividade.<<strong>br</strong> />
Segundo Churchill e Peter (2000, p. 10), “o marketing voltado para o valor é uma<<strong>br</strong> />
orientação para se alcançar objetivos desenvolvendo valor superior para os clientes”.<<strong>br</strong> />
19
O marketing voltado para o valor tem como objetivo compreender bem os clientes, na<<strong>br</strong> />
busca de atender suas necessidades e desejos.<<strong>br</strong> />
Quando a empresa fornece aquilo de que os consumidores necessitam, ela está dando<<strong>br</strong> />
um valor para eles, porém é importante fornecer ao mercado <strong>pro</strong>dutos de qualidade, do<<strong>br</strong> />
contrário o cliente se desencantará. Não adianta ter <strong>pro</strong>dutos que atendam as necessidades dos<<strong>br</strong> />
clientes se não houver qualidade.<<strong>br</strong> />
A organização que buscar atender aquilo que os clientes desejam, com <strong>pro</strong>dutos e<<strong>br</strong> />
serviços de qualidade, estará encantando o cliente e se destacando perante seus concorrentes.<<strong>br</strong> />
que são:<<strong>br</strong> />
Existem seis princípios do marketing voltado para o valor, segundo Churchill e Peter,<<strong>br</strong> />
Princípio do cliente: deve ser foco principal na organização, qual seja, criar valor para<<strong>br</strong> />
os clientes. Partindo deste princípio, as empresas devem buscar compreender seus clientes e<<strong>br</strong> />
saber quais <strong>pro</strong>dutos e serviços atenderão suas necessidades, mantendo assim um<<strong>br</strong> />
relacionamento constante para garantir uma fidelização duradoura.<<strong>br</strong> />
clientes:<<strong>br</strong> />
Churchill e Peter (2000, p. 10) apontam dois tipos de relações entre a empresa e os<<strong>br</strong> />
Relacionamentos diretos: que são relações em que os <strong>pro</strong>fissionais de<<strong>br</strong> />
marketing conhecem seus clientes pelo nome e podem comunicar-se<<strong>br</strong> />
diretamente com eles.<<strong>br</strong> />
Relacionamentos indiretos: que são relações em que os <strong>pro</strong>fissionais de<<strong>br</strong> />
marketing não conhecem os clientes individuais pelo nome, mas os<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos desses <strong>pro</strong>fissionais têm significados para os clientes.<<strong>br</strong> />
Mantendo uma relação constante com os clientes, o <strong>pro</strong>fissional de marketing saberá<<strong>br</strong> />
quais as futuras necessidades dos clientes, garantindo presença deles na empresa.<<strong>br</strong> />
Princípio do concorrente: os <strong>pro</strong>fissionais de marketing devem oferecer um valor<<strong>br</strong> />
superior em relação aos <strong>pro</strong>dutos e serviços dos concorrentes para se destacar no mercado e<<strong>br</strong> />
atrair mais clientes. Caso isto não ocorra, a empresa pode ter dificuldade para so<strong>br</strong>eviver em<<strong>br</strong> />
longo prazo. As empresas devem se adaptar as novas tendências e necessidades dos<<strong>br</strong> />
consumidores, oferecendo algo diferente de seus concorrentes.<<strong>br</strong> />
Segundo Churchill e Peter (2000, p. 11), “os <strong>pro</strong>fissionais de marketing devem<<strong>br</strong> />
considerar não só o valor que seus <strong>pro</strong>dutos e serviços oferecem, mas também se eles<<strong>br</strong> />
oferecem valor superior em relação aos <strong>pro</strong>dutos e serviços dos concorrentes”.<<strong>br</strong> />
As estratégias de marketing devem ser bem definidas para que a empresa tenha<<strong>br</strong> />
ferramentas para superar as dificuldades existentes no mundo empresarial, podendo oferecer<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos e serviços de qualidade para os consumidores, a fim de ter o diferencial no mercado.<<strong>br</strong> />
20
Princípio <strong>pro</strong>ativo: os <strong>pro</strong>fissionais de marketing devem não só se adaptar às<<strong>br</strong> />
mudanças do mercado, mas, quando possível, fazer algo diferente e inovador. As<<strong>br</strong> />
organizações devem ser reativas e <strong>pro</strong>ativas nas suas atividades, para se destacar perante seus<<strong>br</strong> />
concorrentes e atrair mais clientes.<<strong>br</strong> />
Os <strong>pro</strong>fissionais de marketing voltados para o valor não ficam esperando as mudanças<<strong>br</strong> />
do mercado para então reagir a elas. Eles devem ser <strong>pro</strong>ativos e mudar o mercado e o<<strong>br</strong> />
ambiente para melhorar sua posição competitiva. (CHURCHILL E PETER, 2000).<<strong>br</strong> />
Ser <strong>pro</strong>ativo é se antecipar no mercado, conseguir vantagens competitivas e atrair<<strong>br</strong> />
clientes à sua marca.<<strong>br</strong> />
Princípio interfuncional: o marketing voltado para o valor reconhece a importância do<<strong>br</strong> />
pessoal de marketing estar interligado com outros grupos funcionais, para juntos executar as<<strong>br</strong> />
tarefas uniformemente.<<strong>br</strong> />
Segundo Churchill e Peter (2000, p. 12), “o marketing voltado para o valor reconhece<<strong>br</strong> />
que fazer com que os setores funcionais executem independentemente suas próprias tarefas<<strong>br</strong> />
leva muitas vezes as estratégias de marketing mais caras e de menor sucesso”. Isto quer dizer<<strong>br</strong> />
que quando há equipes interfuncionais dentro da empresa, aumentam as chances de garantir a<<strong>br</strong> />
eficácia das atividades de marketing.<<strong>br</strong> />
Princípio da melhoria contínua: as organizações devem buscar uma melhoria constante<<strong>br</strong> />
nas suas operações, estratégias, <strong>pro</strong>dutos e serviços. Quando a empresa trabalha para isso,<<strong>br</strong> />
acaba conquistando os clientes e se destacando entre os concorrentes.<<strong>br</strong> />
A melhoria contínua nas atividades de uma organização é a chave para o sucesso, por<<strong>br</strong> />
isso a importância de melhorar o planejamento e o controle de marketing de acordo com as<<strong>br</strong> />
novas tendências do mercado e as necessidades dos consumidores.<<strong>br</strong> />
Princípio dos stakeholder: neste princípio, apesar do marketing voltado para o valor<<strong>br</strong> />
ser centrado no cliente, não resta ignorada a importância de outros públicos que influenciam<<strong>br</strong> />
as atividades da organização, tais como os fornecedores, concorrentes, financiadores, órgãos<<strong>br</strong> />
governamentais, funcionários, grupos de pressão, etc.<<strong>br</strong> />
O marketing voltado para o valor reconhece que para <strong>pro</strong>jetar as estratégias de<<strong>br</strong> />
marketing, é necessário avaliar todos os stakeholders que, segundo Churchill e Peter (2000, p.<<strong>br</strong> />
13), “são indivíduos e grupos que também têm um interesse nas conseqüências das decisões<<strong>br</strong> />
de marketing das organizações e podem influenciá-las”.<<strong>br</strong> />
Os stakeholders ajudam as empresas a implementar uma estratégia de marketing mais<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutiva, pois <strong>pro</strong>porcionam informações so<strong>br</strong>e as mudanças do mercado, dos concorrentes e<<strong>br</strong> />
as novas tendências do mundo empresarial.<<strong>br</strong> />
21
3.2 Satisfação do cliente<<strong>br</strong> />
A satisfação dos clientes é uma questão de so<strong>br</strong>evivência para qualquer organização<<strong>br</strong> />
que deseja crescer no mercado. A partir das necessidades dos clientes é que a empresa deve<<strong>br</strong> />
desenvolver suas atividades, a fim de oferecer aquilo que eles desejam, satisfazendo-os.<<strong>br</strong> />
A satisfação do cliente está ligada diretamente aos resultados da organização, quanto<<strong>br</strong> />
mais a organização se preocupa em <strong>pro</strong>duzir <strong>pro</strong>dutos e serviços que satisfaçam seus clientes,<<strong>br</strong> />
mais resultados positivos elas terão.<<strong>br</strong> />
Kotler (1998, p. 52) afirma que “a satisfação é o sentimento de prazer ou de<<strong>br</strong> />
desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo <strong>pro</strong>duto (ou<<strong>br</strong> />
resultado) em relação às expectativas da pessoa”.<<strong>br</strong> />
Quando as organizações atendem da melhor maneira possível as expectativas dos seus<<strong>br</strong> />
clientes, eles ficam satisfeitos e fiéis a sua marca.<<strong>br</strong> />
O objetivo da organização é oferecer soluções às necessidades dos clientes, pois seu<<strong>br</strong> />
sucesso depende da satisfação destes. Para que isso ocorra, é necessário ter o conhecimento<<strong>br</strong> />
do perfil dos clientes-alvos, saber o que os mesmos esperam de um <strong>pro</strong>duto, perceber suas<<strong>br</strong> />
preferências, além de tratá-lo como alguém que faz parte do dia-a-dia da empresa. Desta<<strong>br</strong> />
forma será possível atender com eficácia suas necessidades.<<strong>br</strong> />
Segundo Pride e Ferrell (2000, p. 3), “as organizações têm que definir <strong>pro</strong>dutos não<<strong>br</strong> />
como aquilo que fazem <strong>pro</strong>duzir, mas como aquilo que criam para satisfazer os clientes”.<<strong>br</strong> />
Todas as atividades da empresa devem ser voltadas para <strong>pro</strong>duzir aquilo que irá<<strong>br</strong> />
satisfazer as necessidades dos clientes, pois quando o mesmo fica satisfeito com a empresa,<<strong>br</strong> />
continuará comprando seus <strong>pro</strong>dutos e também recomendará a seus conhecidos.<<strong>br</strong> />
Um fator extremamente importante para que ocorra a satisfação dos clientes é a<<strong>br</strong> />
qualidade dos <strong>pro</strong>dutos e serviços oferecidos ao mercado. As organizações que prezarem por<<strong>br</strong> />
isto irão obter um sucesso crescente.<<strong>br</strong> />
Segundo Armstrong e Kotler (1999, p. 6), “a satisfação do cliente é intimamente<<strong>br</strong> />
ligada à qualidade... A qualidade tem um impacto direto so<strong>br</strong>e o desempenho do <strong>pro</strong>duto,<<strong>br</strong> />
portanto também afeta a satisfação do cliente”.<<strong>br</strong> />
A qualidade é caracterizada pelo valor acrescentado ao <strong>pro</strong>duto ou serviço, buscando<<strong>br</strong> />
atender aquilo que o consumidor deseja, ou seja, a empresa satisfaz seus clientes quando<<strong>br</strong> />
atribui qualidade aos seus serviços.<<strong>br</strong> />
A perfeição da empresa sob o aspecto da qualidade corresponde à total sintonia em<<strong>br</strong> />
atender ao que o cliente necessita.<<strong>br</strong> />
22
Falconi (1999, p. 2) diz que “um <strong>pro</strong>duto ou serviço de qualidade é aquele que atende<<strong>br</strong> />
perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às<<strong>br</strong> />
necessidades do cliente”.<<strong>br</strong> />
Quando a empresa consegue oferecer qualidade total nos seus serviços, ela passa a ser<<strong>br</strong> />
vista com bons olhos pelos clientes, consegue satisfazê-los e os torna fiéis a sua marca. Uma<<strong>br</strong> />
empresa só se torna competitiva quando se apóia em todas as ações so<strong>br</strong>e a qualidade dos seus<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos e serviços.<<strong>br</strong> />
Todo <strong>pro</strong>cesso que não agrega qualidade não desperta satisfação no cliente e acaba<<strong>br</strong> />
sendo a causa principal do fracasso de um negócio. Se a empresa conseguir aumentar a<<strong>br</strong> />
qualidade, aumenta à <strong>pro</strong>dutividade e consequentemente a competitividade, ou seja, a<<strong>br</strong> />
capacidade de um <strong>pro</strong>duto ou serviço se destacar daqueles oferecidos pela concorrência, quer<<strong>br</strong> />
pelo preço, quer pelas características específicas desse <strong>pro</strong>duto ou serviço.<<strong>br</strong> />
Segundo Kotler (1998, p. 65), “uma empresa que satisfaz a maioria das necessidades<<strong>br</strong> />
de seus consumidores na maior parte do tempo é chamada empresa de qualidade”.<<strong>br</strong> />
A importância da qualidade pode ser trabalhada de muitas formas, isso dependerá do<<strong>br</strong> />
objetivo estratégico de cada organização. O importante é a empresa buscar sempre melhorar<<strong>br</strong> />
suas atividades e a qualidade dos seus <strong>pro</strong>dutos e serviços.<<strong>br</strong> />
É fundamental compreender que, ao atender o cliente com qualidade, acrescentam-se<<strong>br</strong> />
benefícios aos <strong>pro</strong>dutos e serviços, a fim de suprir suas necessidades. Resta claro que a<<strong>br</strong> />
satisfação do cliente, e a melhoria contínua desta relação, são os objetivos mais importantes<<strong>br</strong> />
de qualquer sistema de gestão da qualidade.<<strong>br</strong> />
3.3 Percepção do cliente<<strong>br</strong> />
A satisfação do cliente geralmente depende da percepção que ele terá so<strong>br</strong>e os<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos e serviços que estão sendo disponibilizado no mercado. Por isso é preciso ter o<<strong>br</strong> />
conhecimento das expectativas dos clientes para em seguida saber quais as suas percepções<<strong>br</strong> />
em relação ao cumprimento dessas expectativas.<<strong>br</strong> />
Segundo Las Casas (2006, p. 200), percepção “é o <strong>pro</strong>cesso pelo qual o indivíduo<<strong>br</strong> />
seleciona, organiza e interpreta a informação que recebe do ambiente”.<<strong>br</strong> />
A empresa deve transmitir para o consumidor a mensagem correta dos seus <strong>pro</strong>dutos e<<strong>br</strong> />
serviços, pois as informações so<strong>br</strong>e a vantagem e a qualidade possuídas pelo <strong>pro</strong>duto e seu<<strong>br</strong> />
preço podem influenciar a opinião do cliente. Todo contato com o cliente retrata a imagem e<<strong>br</strong> />
reputação da empresa. As expectativas devem ser excedidas para que o cliente não fique<<strong>br</strong> />
23
desapontado, portanto a empresa não deve <strong>pro</strong>meter mais do que oferece, e sim oferecer mais<<strong>br</strong> />
do que <strong>pro</strong>mete.<<strong>br</strong> />
Almeida (1995, p. 121), diz que “a satisfação do cliente é uma relação entre o que ele<<strong>br</strong> />
viu (percebeu) e o que ele esperava ver (expectativa)”. Ele analisa a satisfação do cliente<<strong>br</strong> />
através da relação da percepção so<strong>br</strong>e a expectativa, e conclui que:<<strong>br</strong> />
Quanto maior for a expectativa (visão prévia do nível de serviço), maior<<strong>br</strong> />
também será a possibilidade de o cliente se frustrar, portanto de ficar<<strong>br</strong> />
insatisfeito;<<strong>br</strong> />
Quanto maior a percepção (percepção positiva) do cliente, maior também<<strong>br</strong> />
será a possibilidade de o cliente ficar satisfeito.<<strong>br</strong> />
A empresa terá mais chance de satisfazer os clientes quando eles tiverem uma<<strong>br</strong> />
percepção positiva so<strong>br</strong>e os <strong>pro</strong>dutos e serviços oferecidos. Assim, o objetivo dos<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>fissionais de marketing é utilizar ferramentas que consiga aumentar a percepção dos<<strong>br</strong> />
consumidores so<strong>br</strong>e a empresa.<<strong>br</strong> />
Vale ressaltar que, ao investir em <strong>pro</strong>paganda e outras ações de marketing a fim de<<strong>br</strong> />
engrandecer e valorizar a imagem da empresa, interfere-se diretamente nas expectativas do<<strong>br</strong> />
cliente. Agindo dessa forma, a empresa pode criar expectativas que na prática, caso não forem<<strong>br</strong> />
atendidas, podem causar frustrações desnecessárias ao cliente, prejudicando sua imagem no<<strong>br</strong> />
mercado.<<strong>br</strong> />
A estrutura da personalidade do cliente, seu estado de espírito, as informações e<<strong>br</strong> />
experiências que se vão acumulando durante o passar do tempo e as experiências que o cliente<<strong>br</strong> />
tem com outras empresas influenciam a percepção e as expectativas dos clientes em relação a<<strong>br</strong> />
um determinado serviço (ALMEIDA, 1995). É por causa desses fatores que a empresa deve<<strong>br</strong> />
obter um conhecimento <strong>pro</strong>fundo dos seus clientes, atendendo de maneira eficaz suas<<strong>br</strong> />
necessidades.<<strong>br</strong> />
É importante ressaltar que os motivos que levam os clientes a deixarem a empresa nem<<strong>br</strong> />
sempre estão ligados a <strong>pro</strong>blemas com a qualidade do atendimento. Muitas vezes, o <strong>pro</strong>blema<<strong>br</strong> />
está na percepção do cliente em relação aos serviços oferecidos. Diante disso, o desafio da<<strong>br</strong> />
empresa é gerar valor para o cliente de forma a criar um relacionamento duradouro com ele.<<strong>br</strong> />
24
3.4 Planejamento estratégico de marketing<<strong>br</strong> />
Para a criação de valor, além dos conceitos de satisfação, de percepção e de qualidade,<<strong>br</strong> />
existe o conceito de planejamento estratégico de marketing, que permite à empresa ter<<strong>br</strong> />
ferramentas para desenvolver suas atividades de acordo com as necessidades do mercado-<<strong>br</strong> />
alvo.<<strong>br</strong> />
Com as mudanças constantes que vêm ocorrendo no mundo empresarial e o aumento<<strong>br</strong> />
da competitividade no mercado, os <strong>pro</strong>fissionais de marketing precisam se preparar para o<<strong>br</strong> />
futuro e ter antecipadamente estratégias para se adaptar a estas mudanças. Eles precisam se<<strong>br</strong> />
planejar, definir metas e determinar como alcançá-las se quiserem continuar criando valor<<strong>br</strong> />
para seus clientes.<<strong>br</strong> />
O planejamento estratégico se destina a manter o equilí<strong>br</strong>io entre os recursos de uma<<strong>br</strong> />
organização e suas oportunidades de mercado, ou seja, significa encontrar oportunidades<<strong>br</strong> />
atraentes e desenvolver estratégias de marketing rentáveis para a empresa.<<strong>br</strong> />
Armstrong e Kotler (1999, p. 23) definem planejamento estratégico “como o <strong>pro</strong>cesso<<strong>br</strong> />
de desenvolvimento e manutenção de uma referência estratégica entre os objetivos e<<strong>br</strong> />
capacidades da empresa e as mudanças de suas oportunidades do mercado”.<<strong>br</strong> />
Isto demonstra que o planejamento estratégico volta-se para as medidas positivas que<<strong>br</strong> />
uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e a<strong>pro</strong>veitar as oportunidades encontradas<<strong>br</strong> />
em seu ambiente. Através do planejamento estratégico, a empresa terá ferramentas para<<strong>br</strong> />
atender as necessidades dos seus clientes de maneira eficaz, de modo a satisfazê-los com os<<strong>br</strong> />
serviços oferecidos, tornando-os fiéis a sua marca. O planejamento <strong>pro</strong>porcionará, ainda,<<strong>br</strong> />
estratégias que permitam à empresa uma posição de destaque perante seus concorrentes,<<strong>br</strong> />
mantendo-se firme no mercado.<<strong>br</strong> />
Kotler (1998, p. 71) afirma que:<<strong>br</strong> />
Planejamento estratégico orientado para o mercado é o <strong>pro</strong>cesso gerencial<<strong>br</strong> />
de desenvolver e manter um ajuste viável entre os objetivos, experiências e<<strong>br</strong> />
recursos da organização e suas oportunidades de mercado mutantes. O<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>pósito do planejamento estratégico é moldar e remoldar os negócios e<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos da empresa com objetivo de crescimento e lucro.<<strong>br</strong> />
O planejamento estratégico orienta a empresa a tomar medidas estratégicas so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
aquilo que deseja alcançar, de acordo com as oportunidades e ameaças do mercado, ou seja,<<strong>br</strong> />
orienta a empresa a selecionar, organizar e manter os negócios da maneira mais correta.<<strong>br</strong> />
25
O planejamento estratégico possibilita à empresa alcançar seus objetivos, usando para<<strong>br</strong> />
tanto de informações so<strong>br</strong>e o ambiente externo, além daquelas referentes aos pontos fortes e<<strong>br</strong> />
fracos da empresa.<<strong>br</strong> />
O <strong>pro</strong>cesso do planejamento é formado, segundo Churchill e Peter, a partir da criação<<strong>br</strong> />
da missão, depois dos objetivos, em seguida das estratégias organizacionais e do plano de<<strong>br</strong> />
portfólio.<<strong>br</strong> />
A missão é o <strong>pro</strong>pósito e a razão de ser da empresa, serve de critério geral para<<strong>br</strong> />
orientar a tomada de decisões, para definir objetivos e auxiliar na escolha das decisões<<strong>br</strong> />
estratégicas. A declaração da missão da empresa deve ser clara e específica para orientar seus<<strong>br</strong> />
mem<strong>br</strong>os quando forem tomar decisões so<strong>br</strong>e as atividades da empresa. Além disso, ela deve<<strong>br</strong> />
descrever o <strong>pro</strong>pósito da empresa de forma diferenciada de outra empresa que tenha a mesma<<strong>br</strong> />
atividade empresarial.<<strong>br</strong> />
Após a declaração da missão, o próximo passo é desenvolver os objetivos que a<<strong>br</strong> />
empresa pretende alcançar. Os objetivos descrevem os resultados pretendidos a partir da<<strong>br</strong> />
missão anteriormente declarada.<<strong>br</strong> />
Os objetivos de uma organização podem ser qualitativos ou quantitativos. Segundo<<strong>br</strong> />
Las Casas (2006, p. 91), os “objetivos qualitativos são aqueles relacionados com uma<<strong>br</strong> />
qualidade qualquer, como melhorar uma imagem da empresa, treinar vendedores, entre<<strong>br</strong> />
outros”. Já os “objetivos quantitativos são aqueles que expressam um número, um percentual<<strong>br</strong> />
ou qualquer outra forma de quantificar os objetivos de marketing, podendo ser uma<<strong>br</strong> />
quantidade de unidade a serem vendidas, um aumento de fatia de mercado, entre outras”.<<strong>br</strong> />
Os objetivos qualitativos se referem à qualidade da empresa ou de seus <strong>pro</strong>dutos, e os<<strong>br</strong> />
objetivos quantitativos são os que expressam quantidade, porcentagem e valores. O<<strong>br</strong> />
importante é que a empresa tenha seus objetivos definidos de maneira clara, para que a<<strong>br</strong> />
estratégia não seja feita de maneira errônea, podendo prejudicar a organização na consecução<<strong>br</strong> />
dos mesmos.<<strong>br</strong> />
A estratégia é a maneira como a organização conseguirá alcançar seus objetivos. Antes<<strong>br</strong> />
de formular as estratégias, os <strong>pro</strong>fissionais de marketing devem fazer uma análise dos<<strong>br</strong> />
ambientes interno e externo da empresa. Segundo Churchill e Peter, uma maneira de fazer<<strong>br</strong> />
isso é pelo uso do SWOT, que significa os pontos fortes e fracos, as oportunidade e ameaças<<strong>br</strong> />
da empresa.<<strong>br</strong> />
Analisando o ambiente interno, serão conhecidos os pontos fortes e fracos da empresa.<<strong>br</strong> />
Os pontos fortes consistem na diferenciação capaz de <strong>pro</strong>porcionar uma vantagem operacional<<strong>br</strong> />
26
no ambiente empresarial, já os pontos fracos consistem em uma situação inadequada para a<<strong>br</strong> />
empresa, <strong>pro</strong>porcionando-lhe uma desvantagem operacional no ambiente empresarial.<<strong>br</strong> />
A análise externa verifica as ameaças e oportunidades que circundam a empresa e as<<strong>br</strong> />
melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas situações. As oportunidades são forças<<strong>br</strong> />
ambientais sob as quais as empresas não possuem controle, mas que podem favorecer uma<<strong>br</strong> />
ação estratégica acertada. As ameaças são, igualmente, forças ambientais incontroláveis,<<strong>br</strong> />
porém criam obstáculos à ação estratégica da empresa. Desta forma, o <strong>pro</strong>fissional de<<strong>br</strong> />
marketing deve identificar os componentes relevantes do ambiente e fazer uma análise das<<strong>br</strong> />
situações de oportunidade ou ameaça relevantes à empresa.<<strong>br</strong> />
Cabe dizer, ainda, que é fundamental para o sucesso da estratégia da empresa que sua<<strong>br</strong> />
área de atuação seja escolhida considerando aquilo que ela de melhor pode fazer.<<strong>br</strong> />
O último passo para a elaboração do planejamento estratégico é definir em que<<strong>br</strong> />
atividade ou negócio a empresa está inserida, pois muitas empresas têm diversos negócios,<<strong>br</strong> />
mas em geral não os definem com cuidado. A empresa deve investir naquilo que lhe traz mais<<strong>br</strong> />
lucro e reduzir seus investimentos ou até mesmo abandonar os negócios mais fracos para que<<strong>br</strong> />
não lhe causem prejuízo.<<strong>br</strong> />
A organização deve identificar os negócios-chaves que a constituem, chamados de<<strong>br</strong> />
unidade estratégica de negócio. Segundo Armstrong e Kotler (1999, p. 25), “a unidade<<strong>br</strong> />
estratégica de negócio é uma unidade da empresa com missão e objetivos separados, que pode<<strong>br</strong> />
ter planejamento independente dos outros negócios da empresa”.<<strong>br</strong> />
A finalidade do planejamento estratégico de marketing é encontrar formas para que a<<strong>br</strong> />
empresa possa utilizar suas potencialidades e a<strong>pro</strong>veitar as boas oportunidades do ambiente, a<<strong>br</strong> />
fim de alcançar seus objetivos e satisfazer de maneira eficaz as necessidades dos seus clientes.<<strong>br</strong> />
As empresas que investem em planejamento estratégico têm mais chance de crescer no<<strong>br</strong> />
mercado, obter vantagens competitivas perante seus concorrentes e estabelecer um elo entre a<<strong>br</strong> />
empresa e seus consumidores.<<strong>br</strong> />
Para Armstrong e Kotler (1999, p. 41), “o plano estratégico é o <strong>pro</strong>cesso de<<strong>br</strong> />
desenvolvimento de uma estratégia formal para a so<strong>br</strong>evivência e o crescimento da empresa a<<strong>br</strong> />
longo prazo”.<<strong>br</strong> />
Elaborar um planejamento estratégico é detalhar o que será feito para alcançar os<<strong>br</strong> />
objetivos, buscar a melhor solução para manter-se no mercado e visar a melhora contínua dos<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos e serviços da organização, ou seja, o planejamento <strong>pro</strong>porciona um crescimento<<strong>br</strong> />
contínuo para que a empresa possa vencer os obstáculos do dia-a-dia, se destacar e manter<<strong>br</strong> />
vantagens competitivas no mercado.<<strong>br</strong> />
27
4 MARKETING VERDE<<strong>br</strong> />
Neste capítulo será abordado o tema principal deste trabalho acadêmico, qual seja, o<<strong>br</strong> />
marketing verde, dando ênfase a seu conceito e às idéias de sustentabilidade e holismo,<<strong>br</strong> />
finalizando por demonstrar como o marketing verde pode trazer vantagem competitiva para as<<strong>br</strong> />
empresas.<<strong>br</strong> />
4.1 Conceito de Marketing Verde<<strong>br</strong> />
As organizações não só carregam responsabilidades referentes à realização de<<strong>br</strong> />
negócios, mas também relativas à sociedade em geral e ao meio-ambiente. Partindo deste<<strong>br</strong> />
pressuposto, é patente a importância do marketing verde como ferramenta inovadora, seja<<strong>br</strong> />
para que as empresas possam se diferenciar dos seus concorrentes, ou mesmo pela<<strong>br</strong> />
necessidade de se fornecer ao mercado uma nova opção de <strong>pro</strong>dutos ecologicamente corretos<<strong>br</strong> />
e sustentáveis.<<strong>br</strong> />
De acordo com Baker (2005, p.517), “as empresas estão tendo de reagir às mudanças<<strong>br</strong> />
nas necessidades dos clientes, às novas regulamentações e a um novo zeitgeist (espírito do<<strong>br</strong> />
tempo) que reflete a crescente preocupação com os impactos socioambientais dos negócios”.<<strong>br</strong> />
O marketing verde constitui uma ferramenta capaz de sustentar a imagem da empresa,<<strong>br</strong> />
difundindo-a com uma nova visão de mercado, destacando sua diferenciação ecologicamente<<strong>br</strong> />
correta junto à sociedade, fornecedores, funcionários e ao mercado, ou seja, o marketing verde<<strong>br</strong> />
pode ser considerado uma ferramenta da gestão, incentivando o consumo de <strong>pro</strong>dutos<<strong>br</strong> />
ecologicamente corretos.<<strong>br</strong> />
Um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto é concebido para satisfazer as necessidades dos<<strong>br</strong> />
consumidores, com a preocupação de não prejudicar o meio-ambiente, contribuindo, assim,<<strong>br</strong> />
para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável. O <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
ecologicamente correto é feito com o rea<strong>pro</strong>veitamento e a reciclagem de matérias-primas<<strong>br</strong> />
através de <strong>pro</strong>cessos tecnológicos limpos.<<strong>br</strong> />
Segundo Baker (2005, p. 527), “um consumidor verde pode rejeitar um <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
porque se conscientizou do dano ambiental que esse <strong>pro</strong>duto causa durante a sua <strong>pro</strong>dução ou<<strong>br</strong> />
no seu descarte. Também pode evitar um <strong>pro</strong>duto porque desa<strong>pro</strong>va as atividades do<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icante, de seus fornecedores ou investidores”.<<strong>br</strong> />
O ambiente afeta as empresas, pois representa o espaço físico no qual elas e seus<<strong>br</strong> />
clientes existem e por <strong>pro</strong>ver os recursos de que necessitam.<<strong>br</strong> />
28
A preocupação com impactos ambientais e sociais que as empresas podem causar no<<strong>br</strong> />
ambiente acaba afetando a sociedade e isto ocorre devido às:<<strong>br</strong> />
Mudanças de valores e atitude: nas últimas duas décadas muitos valores<<strong>br</strong> />
sociais mudaram em relação aos níveis de confiança conferidos às<<strong>br</strong> />
empresas. Mudaram também as atitudes sociais em relação ao ambiente no<<strong>br</strong> />
sentido de que agora é percebido como vulnerável, valioso e precisando de<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>teção.<<strong>br</strong> />
Atividade de grupos de pressão: os últimos 20 anos testemunharam um<<strong>br</strong> />
considerável aumento no tamanho, verbas e sofisticação de grupos de<<strong>br</strong> />
pressão preocupados com os impactos socioambientais das empresas.<<strong>br</strong> />
Interesse da mídia: uma quantidade cada vez maior da <strong>pro</strong>dução da mídia é<<strong>br</strong> />
devotada às mensagens relacionadas à natureza e ao ambiente.<<strong>br</strong> />
Interesse político e legal: a quantidade e a complexidade da legislação<<strong>br</strong> />
social e ambiental enfrentada pelas empresas continuam a crescer.<<strong>br</strong> />
Empresas que confiam apenas na obediência aos parâmetros correm o risco<<strong>br</strong> />
de ficar para trás com o movimento das engrenagens da legislação<<strong>br</strong> />
(BAKER, 2006, p. 52).<<strong>br</strong> />
Por conta destas mudanças, as empresas devem começar a pensar como irão contribuir<<strong>br</strong> />
para o ambiente e fornecer <strong>pro</strong>dutos e serviços que não causem impactos à natureza. É através<<strong>br</strong> />
do marketing verde que as empresas poderão oferecer aos consumidores <strong>pro</strong>dutos<<strong>br</strong> />
ambientalmente corretos.<<strong>br</strong> />
Faz-se necessário, antes de discutirmos o conceito de marketing verde, conhecer a<<strong>br</strong> />
evolução das filosofias de administração de marketing, que vem mudando de acordo com as<<strong>br</strong> />
variações do mercado e das novas necessidades dos consumidores. Essa evolução apresenta o<<strong>br</strong> />
papel da concorrência no <strong>pro</strong>cesso de entrega de <strong>pro</strong>dutos ou serviços de valor para o cliente.<<strong>br</strong> />
Inicialmente Kotler (1998, p. 35) apresenta o conceito de <strong>pro</strong>dução, no qual “assume<<strong>br</strong> />
que os consumidores darão preferência aos <strong>pro</strong>dutos que estiverem amplamente disponíveis e<<strong>br</strong> />
forem de preço baixo”. Em seguida surge o conceito de <strong>pro</strong>duto no qual se “assume que os<<strong>br</strong> />
consumidores favorecerão aqueles <strong>pro</strong>dutos que oferecem mais qualidade, desempenho ou<<strong>br</strong> />
características inovadoras.” Nesta etapa a qualidade do <strong>pro</strong>duto é essencial para atrair os<<strong>br</strong> />
clientes.<<strong>br</strong> />
A terceira filosofia é orientada para uma administração de vendas. De acordo com<<strong>br</strong> />
Churchill e Peter (2000, p. 7), “uma orientação para vendas envolve a concentração das<<strong>br</strong> />
atividades de marketing na venda dos <strong>pro</strong>dutos disponíveis. Ela normalmente é usada quando<<strong>br</strong> />
a oferta de <strong>pro</strong>dutos e serviços é maior do que a demanda”. Com isso, torna-se necessário um<<strong>br</strong> />
grande esforço em vendas, para que a empresa possa oferecer ao mercado constantes<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>moções e vendedores capacitados.<<strong>br</strong> />
A quarta filosofia, segundo Kotler e Armstrong (1998, p. 10), é a orientação para o<<strong>br</strong> />
marketing, na qual se “sustenta que para atingir as metas organizacionais é preciso determinar<<strong>br</strong> />
29
as necessidades e desejos dos mercados-alvo e <strong>pro</strong>porcionar a satisfação desejada de forma<<strong>br</strong> />
mais eficiente que seus concorrentes”. As empresas devem buscar atender aquilo que os<<strong>br</strong> />
clientes desejam, tornando-se diferenciadas em um dado mercado.<<strong>br</strong> />
Kotler (1998) afirma que não basta atender as necessidades e desejos dos clientes. Em<<strong>br</strong> />
uma época na qual a deterioração do meio ambiente, a escassez de recursos naturais, a fome e<<strong>br</strong> />
a miséria são presentes, é importante também respeitar e preservar o ambiente no qual o<<strong>br</strong> />
consumidor está inserido. Com isso, surge a orientação de marketing societário.<<strong>br</strong> />
Segundo Kotler e Armstrong (1998, p. 11), “o conceito de marketing societário<<strong>br</strong> />
sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses dos<<strong>br</strong> />
mercados-alvo, e então <strong>pro</strong>porcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou<<strong>br</strong> />
melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade”.<<strong>br</strong> />
Isto mostra que o marketing societário se preocupa não só em atender as necessidades<<strong>br</strong> />
dos consumidores, como também as questões ambientais e sociais, com o <strong>pro</strong>pósito de<<strong>br</strong> />
preservar o bem-estar da sociedade.<<strong>br</strong> />
Segundo Zenone (2006, p. 162), “o impacto dos danos cada vez maiores causados ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente vem <strong>pro</strong>vocando um gradativo aumento da consciência ecológica por uma<<strong>br</strong> />
parcela da sociedade, com repercussões diretas na maneira de as empresas conduzirem seus<<strong>br</strong> />
negócios”.<<strong>br</strong> />
Nesta perspectiva Churchill e Peter (2000, p. 44) afirmam que o marketing verde<<strong>br</strong> />
consiste em “atividades de marketing destinadas a minimizar os efeitos negativos so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
ambiente físico ou melhorar sua qualidade”. De modo complementar, Baker (2005, p. 518)<<strong>br</strong> />
define marketing verde como “o <strong>pro</strong>cesso holístico de gerenciamento responsável por<<strong>br</strong> />
identificar, antecipar e satisfazer as necessidades de clientes e da sociedade, de um modo<<strong>br</strong> />
lucrativo e sustentável”.<<strong>br</strong> />
O marketing verde surge então, como uma ferramenta de apoio e monitoramento,<<strong>br</strong> />
desde o <strong>pro</strong>cesso de desenvolvimento e <strong>pro</strong>dução do <strong>pro</strong>duto, buscando satisfazer as<<strong>br</strong> />
necessidades dos consumidores, obtendo lucro com responsabilidade ambiental, de maneira<<strong>br</strong> />
sustentável.<<strong>br</strong> />
Segundo Baker (2005, p. 518), as principais diferenças entre o conceito do marketing<<strong>br</strong> />
verde e do marketing societário são:<<strong>br</strong> />
Uma ênfase na sustentabilidade física do <strong>pro</strong>cesso de marketing, bem como<<strong>br</strong> />
na sua aceitabilidade social;<<strong>br</strong> />
Uma visão mais holística e interdependente da relação entre a economia, a<<strong>br</strong> />
sociedade e o ambiente;<<strong>br</strong> />
Uma perspectiva aberta em lugar de uma perspectiva de longo prazo;<<strong>br</strong> />
30
Um tratamento do ambiente como algo de valor intrínseco acima e além da<<strong>br</strong> />
sua utilidade para a sociedade;<<strong>br</strong> />
Um foco em preocupações globais em vez de em preocupações de<<strong>br</strong> />
sociedades particulares.<<strong>br</strong> />
O marketing verde tem como objetivo conquistar a preferência do consumidor através<<strong>br</strong> />
da construção da imagem ambientalmente correta para a empresa. Introduz a ênfase em<<strong>br</strong> />
questões socioambientais como uma fonte potencial de inovação e oportunidade para os<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>fissionais de marketing.<<strong>br</strong> />
Desta forma, o marketing verde beneficia o meio-ambiente e oferece às empresas a<<strong>br</strong> />
possibilidade de diferenciação. Consiste, concomitantemente, em uma ferramenta estratégica<<strong>br</strong> />
inovadora e em uma forma de assegurar o fornecimento de <strong>pro</strong>dutos ecologicamente corretos,<<strong>br</strong> />
minimizando os eventuais danos que poderiam ser causados ao meio-ambiente.<<strong>br</strong> />
Para que haja o sucesso do marketing verde, segundo Peattie, citado por Baker (2006,<<strong>br</strong> />
p. 528), faz-se necessário que os quatro Ps dos composto de marketing atendam ao critério<<strong>br</strong> />
dos quatro Ss.:<<strong>br</strong> />
Satisfação das necessidades dos clientes.<<strong>br</strong> />
Segurança dos <strong>pro</strong>dutos e da <strong>pro</strong>dução para consumidores, trabalhadores,<<strong>br</strong> />
sociedade e ambiente.<<strong>br</strong> />
Aceitabilidade Social dos <strong>pro</strong>dutos, de sua <strong>pro</strong>dução e de outras atividades<<strong>br</strong> />
da empresa.<<strong>br</strong> />
Sustentabilidade dos <strong>pro</strong>dutos, de sua <strong>pro</strong>dução e de outras atividades da<<strong>br</strong> />
empresa.<<strong>br</strong> />
O desafio do marketing verde requer criatividade e habilidade para trabalhar<<strong>br</strong> />
eficazmente incorporando várias atividades, incluindo a elaboração e modificação de<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutos. Requerem-se mudanças nos <strong>pro</strong>cessos <strong>pro</strong>dutivos, nas embalagens e também no<<strong>br</strong> />
perfil da <strong>pro</strong>paganda, forçando os <strong>pro</strong>fissionais de marketing a olharem não só para os<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>cessos internos de <strong>pro</strong>dução ou externos em relação aos consumidores, como também para<<strong>br</strong> />
o impacto desta <strong>pro</strong>dução e consumo na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável<<strong>br</strong> />
da sociedade.<<strong>br</strong> />
4.2 Sustentabilidade e Holismo<<strong>br</strong> />
Dentro do marketing verde descrito anteriormente, podemos perceber que existem dois<<strong>br</strong> />
assuntos que estão ligados ao conceito, que são sustentabilidade e holismo.<<strong>br</strong> />
De acordo com Baker (2005, p. 518):<<strong>br</strong> />
31
Os conceitos fundamentais de sustentabilidade e holismo do marketing<<strong>br</strong> />
verde são ambos aparentemente simples, mas traduzi-los em ação pode ser<<strong>br</strong> />
extremamente difícil. Isso acontece, em grande parte, porque a sabedoria<<strong>br</strong> />
convencional do gerenciamento enfatiza o reducionismo e especialismo e é<<strong>br</strong> />
fundamentada em teorias econômicas que consideram erroneamente os<<strong>br</strong> />
recursos ambientais como ilimitados, gratuitos (tirante o custo de extração)<<strong>br</strong> />
ou, no caso de mercadorias sem mercado como o ozônio da estratosfera,<<strong>br</strong> />
sem valor. O marketing verde tenta retirar a teoria e a prática de marketing<<strong>br</strong> />
do hiperespaço econômico e trazê-la de volta à terra e à realidade.<<strong>br</strong> />
O marketing da sustentabilidade visa desenvolver um <strong>pro</strong>cesso através do qual a<<strong>br</strong> />
economia sustentável é integrada à sociedade, atraindo clientes de forma a atender suas<<strong>br</strong> />
necessidades, bem como os objetivos da organização, tornando perene sua existência.<<strong>br</strong> />
Um desenvolvimento sustentável segundo Croco et al (2006, p. 124), “significa<<strong>br</strong> />
atender às necessidades da geração atual sem com<strong>pro</strong>meter o direito das futuras gerações<<strong>br</strong> />
atender a suas próprias necessidades”.<<strong>br</strong> />
As empresas que oferece ao mercado <strong>pro</strong>dutos ecologicamente corretos, estão<<strong>br</strong> />
atendendo as necessidades dos consumidores de modo a não prejudicar o meio-ambiente ou as<<strong>br</strong> />
gerações futuras. Ou seja, satisfarão as necessidades dos clientes de maneira sustentável.<<strong>br</strong> />
Uma <strong>pro</strong>dução sustentável de consumo envolve um padrão material de vida hoje que<<strong>br</strong> />
não seja à custa do padrão de vida de futuras gerações. Segundo Baker (2005, p. 518), uma<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dução sustentável é um conceito simples que compreende duas partes:<<strong>br</strong> />
1 Usar recursos materiais a uma taxa em que os sistemas ambientais ou a<<strong>br</strong> />
atividade humana os possam repor (ou, no caso de recursos não-renováveis,<<strong>br</strong> />
a uma taxa que permita a sua substituição por novas alternativas<<strong>br</strong> />
2 Produzir poluição e resíduos a uma taxa que possam ser absorvidos pelos<<strong>br</strong> />
sistemas ambientais sem prejudicar sua viabilidade.<<strong>br</strong> />
O desenvolvimento sustentável implica planejar e executar ações que sejam melhores<<strong>br</strong> />
para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para o futuro, levando em conta as<<strong>br</strong> />
dimensões econômica, ambiental e social. Propõe a idéia de duração e permanência dos<<strong>br</strong> />
recursos naturais, com o objetivo de assegurar as condições de re<strong>pro</strong>dução das gerações que<<strong>br</strong> />
ainda virão, baseando-se numa distribuição mais justa dos frutos do crescimento.<<strong>br</strong> />
Outro termo que está ligado ao marketing verde é o holismo. Segundo Weil (1997), o<<strong>br</strong> />
holismo vem do grego holos, que significa inteiro, não-fragmentado, ele conceitua holismo<<strong>br</strong> />
como:<<strong>br</strong> />
Uma visão não-fragmentada do real, em que sensação, sentimento, razão e<<strong>br</strong> />
intuição se equili<strong>br</strong>am, se reforçam e se controlam reci<strong>pro</strong>camente,<<strong>br</strong> />
permitindo ao homem uma plena consciência, a cada momento, de todos os<<strong>br</strong> />
fatores envolvidos em cada situação ou evento de sua existência,<<strong>br</strong> />
permitindo-lhe tomar a decisão certa, no momento certo, com sabedoria e<<strong>br</strong> />
32
amor espontâneos, o que implica a presença de valores éticos de respeito à<<strong>br</strong> />
vida sob todas as suas formas.<<strong>br</strong> />
Segundo esta noção de holismo, não só as partes de cada sistema se encontram no<<strong>br</strong> />
todo, mas os princípios e leis que regem o todo se encontram em todas as suas partes.<<strong>br</strong> />
A visão holística de uma empresa equivale a se ter uma imagem única, sintética, de<<strong>br</strong> />
todos os elementos da empresa, que normalmente podem ser relacionados a visões parciais<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>angendo suas estratégias, atividades, informações, recursos e organização.<<strong>br</strong> />
Um desenvolvimento organizacional holístico é um instrumento não somente para<<strong>br</strong> />
selecionar tecnologias construtivas, mais ainda será um modo eficiente de contribuir para<<strong>br</strong> />
preservar e desenvolver a vida do Planeta.<<strong>br</strong> />
Weil (1997) diz que uma cultura organizacional holística, integra os diferentes<<strong>br</strong> />
aspectos de uma cultura organizacional participativa, pois inclui a participação do pessoal<<strong>br</strong> />
envolvido em todas as atividades e sistemas da empresa.<<strong>br</strong> />
A cultura organizacional participativa, segundo Maximiano (2000, p. 458), “consiste<<strong>br</strong> />
em compartilhar as decisões que afetam a empresa não apenas com funcionários, mas também<<strong>br</strong> />
com clientes ou usuários, fornecedores e, eventualmente, distribuidores ou concessionários da<<strong>br</strong> />
organização”. Porém uma cultura organizacional holística é um passo adiante de uma cultura<<strong>br</strong> />
participativa, pois pode se colocar à disposição de valores destrutivos e usar tecnologias<<strong>br</strong> />
lesivas à vida do homem.<<strong>br</strong> />
De acordo com Pierre (1997, p. 101), “na cultura organizacional holística, <strong>pro</strong>cura-se<<strong>br</strong> />
desenvolver um sistema geral em que todos os subsistemas reflitam na consecução dos seus<<strong>br</strong> />
objetivos próprios, as finalidades do organismo. Este por sua vez, leva em consideração<<strong>br</strong> />
fatores própria à sociedade como um todo maior”.<<strong>br</strong> />
Uma empresa holística <strong>pro</strong>cura oferecer suas atividades com padrões de excelência<<strong>br</strong> />
para o homem, a sociedade e o meio-ambiente.<<strong>br</strong> />
Weil (1997, p. 96) afirma que:<<strong>br</strong> />
Ser holística significa, na prática, ouvir as opiniões de todos os interessados,<<strong>br</strong> />
a fim de integrar na visão que precede o <strong>pro</strong>cesso decisório o maior número<<strong>br</strong> />
possível, se não todos, de aspectos e variáveis, de cada situação. Chega-se<<strong>br</strong> />
assim, a encerrar o todo e as partes, a pensar globalmente e agir localmente,<<strong>br</strong> />
o que implica um espírito interdisciplinar.<<strong>br</strong> />
As empresas que utilizam o marketing verde não só estão atendendo a necessidades<<strong>br</strong> />
dos seus clientes de maneira sustentável, como estão apresentando uma visão holística do<<strong>br</strong> />
ambiente da empresa como um todo.<<strong>br</strong> />
33
4.3 Vantagens do marketing verde<<strong>br</strong> />
O marketing verde surge como uma vantagem competitiva para as empresas por ser<<strong>br</strong> />
hoje um diferencial e algo inovador entre as mesmas. O marketing verde leva as empresas não<<strong>br</strong> />
só a so<strong>br</strong>eviverem, mas também a crescerem em mercados altamente competitivos, adquirindo<<strong>br</strong> />
vantagens diferenciais perante seus concorrentes.<<strong>br</strong> />
Segundo Zenone (2006), o mercado ecológico vem se transformando em uma grande<<strong>br</strong> />
força para a economia, chamando atenção cada vez mais de empresas e empresários para o<<strong>br</strong> />
fato de que além da força da lei, existe a força do mercado, vinda do consumidor, que acaba<<strong>br</strong> />
buscando as marcas que detêm a preocupação ecológica.<<strong>br</strong> />
O marketing verde é capaz de <strong>pro</strong>jetar e sustentar a imagem da empresa, com uma<<strong>br</strong> />
nova visão de mercado, destacando sua diferenciação ecologicamente correta junto à<<strong>br</strong> />
sociedade e ao mundo empresarial.<<strong>br</strong> />
Uma empresa ecologicamente correta não só deve criar sistemas de <strong>pro</strong>dução baseados<<strong>br</strong> />
nesses conceitos, mas também o<strong>br</strong>igar seus fornecedores a adotar tais práticas, aumentando<<strong>br</strong> />
assim o poder da ação.<<strong>br</strong> />
Segundo Baker (2006, p. 523), “as empresas começaram a reconhecer que a resposta à<<strong>br</strong> />
questão ambiental é algo pelo qual clientes, investidores e outros interessados se interessam e<<strong>br</strong> />
que pode <strong>pro</strong>porcionar oportunidades para inovação e vantagem competitiva”.<<strong>br</strong> />
O marketing verde é uma ferramenta inovadora e que busca não só satisfazer as<<strong>br</strong> />
necessidades dos seus clientes, como fornecer <strong>pro</strong>dutos ecologicamente corretos.<<strong>br</strong> />
Churchill e Peter (2000, P. 262) afirmam que “as organizações precisam desenvolver<<strong>br</strong> />
novos <strong>pro</strong>dutos para so<strong>br</strong>eviver e <strong>pro</strong>sperar”. A grande competição mundial pode levar as<<strong>br</strong> />
empresas que não inovarem a perder mercado para aquelas que busquem a inovação e<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>porcionem melhores maneiras de criar valor para os clientes.<<strong>br</strong> />
O marketing verde contribui para o fortalecimento da imagem da marca e, como<<strong>br</strong> />
conseqüência, faz com que o consumidor se sinta seduzido por esta imagem e parceiro deste<<strong>br</strong> />
tipo de <strong>pro</strong>posta.<<strong>br</strong> />
É importante que os <strong>pro</strong>fissionais de marketing entendam o impacto do marketing<<strong>br</strong> />
verde so<strong>br</strong>e a empresa e os clientes, e o conhecimento das forças e fraquezas que o<<strong>br</strong> />
desempenho ecológico <strong>pro</strong>porciona para a empresa. Segundo Baker (2006, p. 524), um bom<<strong>br</strong> />
desempenho ecológico é importante em muitos mercados porque pode <strong>pro</strong>porcionar:<<strong>br</strong> />
Novas oportunidades de mercado mediante o acesso a mercados verdes em<<strong>br</strong> />
crescimento;<<strong>br</strong> />
34
Oportunidades de diferenciação;<<strong>br</strong> />
Oportunidade para vantagens de custos;<<strong>br</strong> />
Oportunidades de nicho.<<strong>br</strong> />
As empresas que adotarem melhorias ambientais e sociais para seus <strong>pro</strong>dutos ou<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>cesso de <strong>pro</strong>dução poderão não só responder as necessidades dos clientes e conquistá-los,<<strong>br</strong> />
como se manter e possuir vantagens competitivas no mercado.<<strong>br</strong> />
Entende-se que uma empresa no atual contexto globalizado, é socialmente<<strong>br</strong> />
responsável se integrar três principais certificações internacionais na área e aliar na empresa<<strong>br</strong> />
uma atuação conjunta dessas normas, que são ISO 14001, OSHAS 18000 e SA 8000,<<strong>br</strong> />
definidas da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />
ISO 14001: é uma norma que estabelece um sistema de gestão ambiental,<<strong>br</strong> />
certificando o padrão de qualidade das empresas nessa área.<<strong>br</strong> />
OSHAS 18000: é uma norma que serve como guia para a implementação<<strong>br</strong> />
de sistema de gestão de segurança e higiene ocupacional, acentuando uma<<strong>br</strong> />
abordagem de minimização do risco de acidentes e doenças do trabalho.<<strong>br</strong> />
AS 8000: é o primeiro padrão global de certificação no aspecto de<<strong>br</strong> />
Responsabilidade Social Empresarial (SER). Tem como foco a garantia dos<<strong>br</strong> />
direitos humanos e trabalhistas de todos os colaboradores das empresas<<strong>br</strong> />
(ZENONE, 2006, p. 168).<<strong>br</strong> />
Como este trabalho está voltado para as questões relacionadas a <strong>pro</strong>dutos<<strong>br</strong> />
ecologicamente corretos, ou seja, aqueles que não agridem o meio ambiente, entre os<<strong>br</strong> />
conjuntos de normas descritos acima, a mais relevante é a certificação ISO 14001.<<strong>br</strong> />
A ISO 14001 tem por objetivo prevenir, eliminar ou minimizar os efeitos nocivos ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente, causados por empresas privadas ou públicas, ou seja, empresas que oferecem<<strong>br</strong> />
ao mercado <strong>pro</strong>dutos ecologicamente corretos.<<strong>br</strong> />
A empresa que tem uma gestão socialmente responsável com o meio ambiente tem<<strong>br</strong> />
mais chances de atingir a eficiência e a eficácia na atividade empresarial, mantendo a<<strong>br</strong> />
diversidade e a estabilidade no mercado.<<strong>br</strong> />
Zenone (2006, p. 170) afirma que:<<strong>br</strong> />
Os investimentos em atividades ambientais realizadas pelas empresas estão<<strong>br</strong> />
obtendo cada vez mais atenção por parte dos meios de comunicação, bem<<strong>br</strong> />
como pela sociedade em geral. Em contrapartida, as empresas intensificam<<strong>br</strong> />
suas atividades voltadas para as comunidades, firmando sua imagem de<<strong>br</strong> />
“ambientalmente responsável”, pois já se deram conta do valor estratégico<<strong>br</strong> />
de uma gestão baseada em princípios ecologicamente corretos, percebendo<<strong>br</strong> />
os resultados positivos obtidos, como a ampliação de sua aceitabilidade e<<strong>br</strong> />
legitimidade organizacional.<<strong>br</strong> />
35
O marketing verde consiste, na prática, de todas aquelas atividades inerentes ao<<strong>br</strong> />
marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para a<<strong>br</strong> />
conscientização ambiental por parte do mercado consumidor.<<strong>br</strong> />
Ao adotar o marketing verde, a organização deve informar a seus consumidores so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
as vantagens de se adquirir <strong>pro</strong>dutos e serviços ecologicamente corretos, de forma a estimular<<strong>br</strong> />
e despertar o desejo por estes <strong>pro</strong>dutos.<<strong>br</strong> />
Segundo Baker (2005, p. 528), “as empresas podem adotar melhorias ambientais e<<strong>br</strong> />
sociais para seus <strong>pro</strong>dutos ou <strong>pro</strong>cessos de <strong>pro</strong>dução de um modo muito pragmático que<<strong>br</strong> />
reflete o seu desejo de responder às necessidades do cliente e conquistar ou manter vantagens<<strong>br</strong> />
competitivas”.<<strong>br</strong> />
O marketing moderno consiste em criar <strong>pro</strong>dutos e serviços que satisfaçam os desejos<<strong>br</strong> />
e as necessidades dos consumidores. No marketing verde, os consumidores desejam encontrar<<strong>br</strong> />
a qualidade ambiental nos <strong>pro</strong>dutos e serviços que adquirem, porém nenhum esforço por parte<<strong>br</strong> />
das empresas tem sentido se os consumidores insistirem em continuar consumindo bens que<<strong>br</strong> />
agridam a natureza.<<strong>br</strong> />
36
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<<strong>br</strong> />
Nesta fase do estudo serão apresentados os <strong>pro</strong>cedimentos metodológicos aplicados no<<strong>br</strong> />
desenvolvimento deste trabalho monográfico, a saber: caracterização da pesquisa,<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>blematização, objetivos, campo empírico, universo e amostra e instrumento de coleta de<<strong>br</strong> />
dados que estruturam todos os encaminhamentos para o trabalho eficaz e consistente.<<strong>br</strong> />
5.1 Caracterização da Pesquisa<<strong>br</strong> />
De acordo com Fachin (2003, p. 123), pesquisa “é um <strong>pro</strong>cedimento intelectual em<<strong>br</strong> />
que o pesquisador tem como objetivo adquirir conhecimentos por meio da investigação de<<strong>br</strong> />
uma realidade e da busca de novas verdades so<strong>br</strong>e um fato (um objetivo ou um <strong>pro</strong>blema)”. A<<strong>br</strong> />
pesquisa é uma investigação, e a partir dela o pesquisador busca as soluções do seu estudo.<<strong>br</strong> />
A pesquisa tem como objetivo levantar várias informações, no sentido de desco<strong>br</strong>ir<<strong>br</strong> />
respostas para as questões e indagações so<strong>br</strong>e o fato estudado, não permitindo que reste<<strong>br</strong> />
qualquer dúvida. A pesquisa <strong>pro</strong>porciona mais conhecimentos acerca de um assunto ou<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>blema ainda não esclarecido.<<strong>br</strong> />
Segundo Oliveira (1999, p. 118):<<strong>br</strong> />
A pesquisa tem como finalidade tentar conhecer e explicar os fenômenos<<strong>br</strong> />
que ocorrem nas suas mais diferentes manifestações e a maneira como se<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>cessam os seus aspetos estruturais e funcionais, a partir de uma série de<<strong>br</strong> />
interrogações. Ele afirma ainda que, “pesquisar significa planejar<<strong>br</strong> />
cuidadosamente uma investigação com as normas da Metodologia<<strong>br</strong> />
Científica, tanto em termos de forma como de conteúdo”.<<strong>br</strong> />
Dito isto, este trabalho contou com uma pesquisa descritiva e exploratória: descritiva,<<strong>br</strong> />
pois terá como finalidade observar, registrar e analisar como o fenômeno acontece;<<strong>br</strong> />
exploratória, pois estudará um fenômeno atual, obtendo idéias desconhecidas e inovadoras<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o tema explorado.<<strong>br</strong> />
A pesquisa descritiva segundo Oliveira (1999, p. 128) “tem por finalidade observar,<<strong>br</strong> />
registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo”. Já na<<strong>br</strong> />
pesquisa exploratória, a ênfase é dada “à descoberta de práticas ou diretrizes que precisam<<strong>br</strong> />
modificar-se na elaboração de alternativas que possam ser substituídas” (OLIVEIRA, 1999, p.<<strong>br</strong> />
134).<<strong>br</strong> />
Cabe dizer, ainda, que serão feitas análises quantitativas através da aplicação de<<strong>br</strong> />
questionários, além de análises qualitativas através da realização de entrevistas.<<strong>br</strong> />
37
Segundo Oliveira (1999), a análise quantitativa busca quantificar opiniões e dados, nas<<strong>br</strong> />
formas de coleta de informações, sendo muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas<<strong>br</strong> />
descritivas, onde se <strong>pro</strong>cura desco<strong>br</strong>ir e classificar relações entre variáveis. Já o método<<strong>br</strong> />
qualitativo não emprega dados estatísticos como centro do <strong>pro</strong>cesso de análise de um<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>blema, não tendo pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.<<strong>br</strong> />
5.2 Problematização<<strong>br</strong> />
Nos dias de hoje é muito comum se observar que diversas empresas têm dificuldade de<<strong>br</strong> />
se manterem vivas no mercado. A concorrência vem aumentando a cada dia que se passa,<<strong>br</strong> />
tornando a vida empresarial mais difícil. Conseqüentemente, muitas empresas têm <strong>pro</strong>curado<<strong>br</strong> />
métodos para se diferenciar dos seus concorrentes, podendo vencer os obstáculos existentes<<strong>br</strong> />
no mundo empresarial.<<strong>br</strong> />
As organizações devem buscar oferecer algo a mais para a sociedade, se diferenciando<<strong>br</strong> />
perante seus concorrentes com a finalidade de obter vantagens competitivas e uma maior<<strong>br</strong> />
lucratividade.<<strong>br</strong> />
O marketing ajuda as empresas a se manterem no mercado na medida em que estuda<<strong>br</strong> />
as necessidades dos clientes, buscando satisfazê-las da maneira a<strong>pro</strong>priada para que possa<<strong>br</strong> />
obter clientes fiéis a sua marca.<<strong>br</strong> />
Uma ferramenta extremamente importante para tanto é justamente o marketing verde,<<strong>br</strong> />
que auxilia as empresas nesta busca por diferenciais que respondam aos apelos do público.<<strong>br</strong> />
Corresponde, desta forma, a uma vantagem competitiva, gerando um tipo de consumo<<strong>br</strong> />
sustentável e ecologicamente correto. Representa um fator inovador e pode ser utilizado<<strong>br</strong> />
positivamente na composição de uma estratégia de venda que beneficie a empresa que<<strong>br</strong> />
resolver adotar esta prática.<<strong>br</strong> />
Neste sentido, será realizado um estudo so<strong>br</strong>e o marketing verde como vantagem<<strong>br</strong> />
competitiva da empresa M.C. Briquetes, identificando o seu valor e como esta ferramenta<<strong>br</strong> />
pode levar a empresa a se destacar. Desta forma, o presente <strong>pro</strong>jeto visou responder a seguinte<<strong>br</strong> />
indagação: o marketing verde é uma vantagem competitiva para empresa M.C.<<strong>br</strong> />
Briquetes?<<strong>br</strong> />
38
5.3 Objetivos<<strong>br</strong> />
5.3.1 Objetivo Geral<<strong>br</strong> />
Briquetes.<<strong>br</strong> />
Compreender o marketing verde como vantagem competitiva na empresa M.C.<<strong>br</strong> />
5.3.2 Objetivos específicos<<strong>br</strong> />
Identificar quais as estratégias de marketing verde utilizado pela empresa;<<strong>br</strong> />
Avaliar o perfil do cliente da empresa;<<strong>br</strong> />
Verificar se o cliente percebe as ações de marketing verde feitas pela a empresa.<<strong>br</strong> />
5.4 Campo Empírico<<strong>br</strong> />
A empresa M.C. Briquetes é uma empresa de sociedade limitada paraibana, nacional,<<strong>br</strong> />
de regime jurídico privado, localizada no Distrito Industrial de Mangabeira, em João Pessoa<<strong>br</strong> />
capital da Paraíba. Seu segmento é o de <strong>br</strong>iquetes de pó de serra, e até o momento é a única<<strong>br</strong> />
empresa do ramo na Paraíba.<<strong>br</strong> />
De acordo com o <strong>pro</strong>prietário, o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é um composto que substitui a<<strong>br</strong> />
lenha em fornos de padarias e pizzarias. Trata-se de um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto já<<strong>br</strong> />
que a matéria-prima se trata de um resíduo reutilizado.<<strong>br</strong> />
As perspectivas do mercado são atendidas onde os <strong>pro</strong>dutos são fa<strong>br</strong>icados. Atende-se<<strong>br</strong> />
com qualidade a demanda e, conseqüentemente, o <strong>pro</strong>duto é aceito por todos os seus clientes.<<strong>br</strong> />
A M.C. Briquetes é uma empresa recém-construída; foi fundada em 27 de agosto de 2005,<<strong>br</strong> />
quando o Sr. Jomarlos Pereira Silva da Cruz mudou do segmento de supermercados para a<<strong>br</strong> />
indústria.<<strong>br</strong> />
A fá<strong>br</strong>ica possui uma extensão de 5000 metros quadrados, contendo, no prédio, uma<<strong>br</strong> />
área destinada à <strong>pro</strong>dução – com uma máquina funcionando três turnos em regime fixo – e<<strong>br</strong> />
outra à administração da fá<strong>br</strong>ica. O efetivo do pessoal está em torno de 10 funcionários,<<strong>br</strong> />
divididos em três turnos distintos, o primeiro com horário de 06:00h às 14:00h, o segundo de<<strong>br</strong> />
14:00h às 22:00h e o terceiro turno de 22:00h às 06:00h, com recesso aos domingos.<<strong>br</strong> />
39
A administração indireta é composta dos seguintes departamentos: administração,<<strong>br</strong> />
manutenção e <strong>pro</strong>dução. Cada departamento com seus respectivos gerentes, todos<<strong>br</strong> />
subordinados à gerência administrativa.<<strong>br</strong> />
A missão da organização é atender ao mercado local, oferecendo <strong>pro</strong>dutos de qualidade,<<strong>br</strong> />
e assim consolidar sua participação no setor. Tem como objetivo conseguir atender uma<<strong>br</strong> />
demanda maior de clientes no decorrer do tempo.<<strong>br</strong> />
5.5 Universo e Amostra<<strong>br</strong> />
A M.C. Briquetes fornece seu <strong>pro</strong>duto para as cidades de João Pessoa, Campina<<strong>br</strong> />
Grande, Santa Rita, Mamanguape, Remígio, enfim, todas as empresas que desejam utilizar o<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>iquete de pó de serra. Porém, a empresa não tem um cadastro dos seus clientes, dificultando<<strong>br</strong> />
assim a realização desta pesquisa em seu objetivo de avaliar o perfil dos clientes da empresa e<<strong>br</strong> />
verificar se os mesmos percebem as ações de marketing verde.<<strong>br</strong> />
A empresa fornece seu <strong>pro</strong>duto na medida em que as pessoas <strong>pro</strong>curam obtê-lo em sua<<strong>br</strong> />
sede. Porém, existem quatro empresas para quais a M.C. Briquetes oferece seu <strong>pro</strong>duto todo<<strong>br</strong> />
mês.<<strong>br</strong> />
Com isto, a amostra desta pesquisa é composta de quatro empresas, sendo duas<<strong>br</strong> />
padarias e duas pizzarias localizadas em João Pessoa.<<strong>br</strong> />
Foi feito também uma entrevista com o <strong>pro</strong>prietário da M.C. Briquetes com o objetivo<<strong>br</strong> />
de identificar quais as estratégias de marketing verde utilizadas pela empresa.<<strong>br</strong> />
5.6 Instrumentos de Coleta de Dados<<strong>br</strong> />
Para a realização da coleta de informações desta pesquisa foram feitas análises<<strong>br</strong> />
qualitativas e quantitativas.<<strong>br</strong> />
A análise qualitativa foi feita através de entrevista junto ao empresário da M.C.<<strong>br</strong> />
Briquetes, no qual foram questionadas as estratégias de marketing verde, as vantagens que o<<strong>br</strong> />
marketing verde pode <strong>pro</strong>porcionar para a empresa, entre outras indagações pertinentes e<<strong>br</strong> />
relevantes, obtendo, desta forma, informações para o desenvolvimento desta pesquisa. De<<strong>br</strong> />
acordo com Cervo (1996), a entrevista é uma conversa orientada para um objetivo definido:<<strong>br</strong> />
recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a pesquisa.<<strong>br</strong> />
A análise quantitativa foi feita através de questionário fechado, junto aos clientes da<<strong>br</strong> />
empresa. Para Fachin (2003, p. 156), o questionário “é um modelo ou documento em que há<<strong>br</strong> />
40
uma série de questões, cujas respostas devem ser preenchidas pessoalmente pelos<<strong>br</strong> />
informantes”. A aplicação de questionários fechados e padronizados foi optada uma vez que<<strong>br</strong> />
as respostas são práticas e objetivas, facilitando também a compilação dos dados.<<strong>br</strong> />
41
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA<<strong>br</strong> />
O objetivo deste capítulo é apresentar e analisar os dados obtidos através das pesquisas<<strong>br</strong> />
qualitativas e quantitativas realizadas, identificando as estratégias de marketing verde<<strong>br</strong> />
utilizadas pela empresa; avaliando o perfil de seus clientes; e verificando se o mesmo percebe<<strong>br</strong> />
as ações de marketing verde realizadas pela empresa.<<strong>br</strong> />
Para a pesquisa qualitativa foi feito um roteiro de entrevista a ser aplicado ao dono da<<strong>br</strong> />
M.C. Briquetes com o objetivo de identificar se existe alguma estratégia de marketing verde<<strong>br</strong> />
desenvolvida pela empresa.<<strong>br</strong> />
Para a pesquisa quantitativa foi realizado um questionário com os clientes da M.C<<strong>br</strong> />
Briquetes, distribuindo-se os dados obtidos em tabelas, quantificando e determinando os<<strong>br</strong> />
resultados conforme a quantidade de clientes questionada.<<strong>br</strong> />
6.1 Análise qualitativa<<strong>br</strong> />
Para confrontar a teoria abordada nos capítulos anteriores, foi realizada uma entrevista<<strong>br</strong> />
com o <strong>pro</strong>prietário da M.C. Briquetes, o senhor Jomarlos Pereira Silva da Cruz, na qual foi<<strong>br</strong> />
possível identificar se a empresa realiza estratégias de marketing verde.<<strong>br</strong> />
A empresa existe há três anos e <strong>pro</strong>duz <strong>br</strong>iquete de pó de serra, que é um combustível<<strong>br</strong> />
que substitui a lenha em fornos de padarias e pizzarias.<<strong>br</strong> />
Quando indagado por que o <strong>pro</strong>duto é ecologicamente correto, o <strong>pro</strong>prietário<<strong>br</strong> />
respondeu que é devido à matéria-prima ser um resíduo que está sendo reutilizado.<<strong>br</strong> />
Para <strong>pro</strong>duzir o <strong>br</strong>iquete de pó de serra, primeiramente é coletada a matéria-prima nas<<strong>br</strong> />
serrarias e madeireiras. Chegando à fá<strong>br</strong>ica, começa o <strong>pro</strong>cesso <strong>pro</strong>dutivo: o pó de serra passa<<strong>br</strong> />
pela peneira, depois a matéria-prima é colocada na esteira e em seguida vai para o secador,<<strong>br</strong> />
sendo encaminhada, enfim, para a máquina que prensa o pó de serra, saindo o <strong>br</strong>iquete<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>nto 1 .<<strong>br</strong> />
De acordo com o <strong>pro</strong>prietário, o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é mais eficiente que a lenha,<<strong>br</strong> />
porque um metro cúbico de <strong>br</strong>iquete corresponde a dez metros cúbicos de lenha. O <strong>br</strong>iquete<<strong>br</strong> />
de pó de serra também é melhor de estocar, além do que, sua combustão dura mais tempo que<<strong>br</strong> />
aquela da lenha ou do próprio <strong>br</strong>iquete de bagaço de cana.<<strong>br</strong> />
1 Seguem anexas fotos que ilustram o <strong>pro</strong>cesso <strong>pro</strong>dutivo do <strong>br</strong>iquete de pó de serra.<<strong>br</strong> />
42
Em relação ao número de funcionários que compõem a empresa, há no momento dez<<strong>br</strong> />
funcionários. Já em relação à quantidade de clientes que a empresa tem hoje, o <strong>pro</strong>prietário<<strong>br</strong> />
afirmou que se trata de um número elevado. Porém, não se tem um número certo, pois a<<strong>br</strong> />
empresa não tem cadastro de clientes.<<strong>br</strong> />
Ao perguntar se os clientes estão satisfeitos com o <strong>pro</strong>duto oferecido, o <strong>pro</strong>prietário<<strong>br</strong> />
afirmou que sim. Isto mostra que realmente o <strong>pro</strong>duto é de qualidade e que pode ser um<<strong>br</strong> />
diferencial no mercado.<<strong>br</strong> />
Quando indagado so<strong>br</strong>e o que é marketing, o <strong>pro</strong>prietário afirmou que é um meio pelo<<strong>br</strong> />
qual a empresa pode divulgar seu <strong>pro</strong>duto, sua imagem aos clientes e ao mercado. E so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
que é marketing verde, o mesmo afirmou que é uma estratégia que a empresa utiliza para<<strong>br</strong> />
divulgar que o <strong>pro</strong>duto oferecido ao mercado não agride o meio ambiente.<<strong>br</strong> />
Foi indagado ainda ao <strong>pro</strong>prietário se ele conhecia o conceito de ecologicamente<<strong>br</strong> />
correto. Na opinião dele, ecologicamente correto é quando a matéria-prima de um <strong>pro</strong>duto é<<strong>br</strong> />
um resíduo que está sendo rea<strong>pro</strong>veitado e que contribui para preservação do meio-ambiente.<<strong>br</strong> />
Ao perguntar quais estratégias de marketing a empresa utiliza, o <strong>pro</strong>prietário comentou<<strong>br</strong> />
que, pelo fato do <strong>pro</strong>duto ser bem aceito no mercado e por não ter uma <strong>pro</strong>dução capaz de<<strong>br</strong> />
suprir maiores demandas, não se faz estratégias ou planejamento de marketing.<<strong>br</strong> />
Segundo Kotler (1998), o planejamento estratégico é o <strong>pro</strong>cesso gerencial de<<strong>br</strong> />
desenvolver e manter um ajuste viável entre os objetivos, experiências e recursos da<<strong>br</strong> />
organização e suas oportunidades de mercado, que o <strong>pro</strong>pósito do planejamento estratégico é<<strong>br</strong> />
moldar e remoldar os negócios e <strong>pro</strong>dutos da empresa com objetivo de crescimento e lucro.<<strong>br</strong> />
Isto mostra que elaborar estratégias de marketing é detalhar o que será feito para<<strong>br</strong> />
alcançar os objetivos, buscar solução para manter-se no mercado e visar a melhora contínua<<strong>br</strong> />
dos <strong>pro</strong>dutos e serviços da organização, ou seja, a estratégia <strong>pro</strong>porciona um crescimento<<strong>br</strong> />
contínuo para que a empresa possa vencer os obstáculos do dia-a-dia, se destacar e manter<<strong>br</strong> />
vantagens competitivas no mercado.<<strong>br</strong> />
Já em relação às estratégias de marketing verde, a empresa também não as utiliza.<<strong>br</strong> />
Com isso a empresa não está utilizando a qualidade e o diferencial do seu <strong>pro</strong>duto como uma<<strong>br</strong> />
estratégia de negócio para atrair mais clientes.<<strong>br</strong> />
Como dito nos capítulos anteriores, o marketing verde se trata de uma ferramenta<<strong>br</strong> />
capaz de sustentar a imagem da empresa, difundindo-a com uma nova visão de mercado e<<strong>br</strong> />
destacando sua diferenciação ecologicamente correta junto à sociedade.<<strong>br</strong> />
Ao ser indagado so<strong>br</strong>e quais as estratégias de marketing dos concorrentes, o<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>prietário afirmou que esse tipo de comércio não utiliza estratégias de marketing. Segundo<<strong>br</strong> />
43
ele, a atividade se resume a venda direta do <strong>pro</strong>duto a quem deseja comprá-lo. Os<<strong>br</strong> />
concorrentes da M.C. Briquetes são empresários que vendem a lenha e o <strong>br</strong>iquete de bagaço<<strong>br</strong> />
de cana.<<strong>br</strong> />
Em relação aos diferenciais do <strong>pro</strong>duto, o <strong>pro</strong>prietário afirmou que o <strong>br</strong>iquete de pó de<<strong>br</strong> />
serra no <strong>pro</strong>cesso <strong>pro</strong>dutivo perde a umidade, ou seja, a água, ele ainda afirmou que o <strong>br</strong>iquete<<strong>br</strong> />
de pó de serra não solta muita fumaça, sendo mais eficiente que o <strong>br</strong>iquete de bagaço de cana<<strong>br</strong> />
e do que a lenha, devido à combustão ocorrer por um tempo mais <strong>pro</strong>longado.<<strong>br</strong> />
Por fim, foi indagado se o <strong>br</strong>iquete de pó de serra tem vantagem competitiva no<<strong>br</strong> />
mercado. O <strong>pro</strong>prietário afirmou que sim, pois o <strong>br</strong>iquete de pó de serra tem o tempo de<<strong>br</strong> />
combustão superior aos dos concorrentes, sendo menor e mais fácil de utilizar no forno.<<strong>br</strong> />
Podemos concluir, após os esclarecimentos oferecidos pelo <strong>pro</strong>prietário da M.C.<<strong>br</strong> />
Briquetes, que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é realmente um diferencial no mercado. Trata-se de<<strong>br</strong> />
um ótimo <strong>pro</strong>duto para aqueles clientes que desejam uma combustão mais eficaz, porém não<<strong>br</strong> />
existe nenhuma estratégia de marketing ou de marketing verde na empresa. Isto quer dizer que<<strong>br</strong> />
a empresa fornece ao mercado um ótimo <strong>pro</strong>duto, mais não divulga seu diferencial.<<strong>br</strong> />
6.2 Análise quantitativa<<strong>br</strong> />
A realização desta pesquisa foi feita com os clientes da empresa M.C. Briquetes, sendo<<strong>br</strong> />
duas padarias e duas pizzarias, localizadas na cidade de João Pessoa, totalizando assim quatro<<strong>br</strong> />
clientes.<<strong>br</strong> />
Tabela 1 – Ramo de atividade da empresa<<strong>br</strong> />
Ramo de atividade Empresa %<<strong>br</strong> />
Padaria 2 50<<strong>br</strong> />
Pizzaria 2 50<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fonte: Dados da Pesquisa (2008).<<strong>br</strong> />
Conforme os dados apresentados na tabela 1, das quatro empresas clientes da M.C.<<strong>br</strong> />
Briquetes, duas são padarias e as outras duas são pizzarias. Isto mostra que os clientes da M.C.<<strong>br</strong> />
Briquetes são empresas que atuam no ramo de alimentos.<<strong>br</strong> />
44
Tabela 2 – Tamanho da empresa<<strong>br</strong> />
Tamanho Empresa %<<strong>br</strong> />
Micro 0 0<<strong>br</strong> />
Pequena 4 100<<strong>br</strong> />
Média 0 0<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fonte: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
Os dados apresentados na tabela 2 mostram que a M C. Briquetes atende empresas de<<strong>br</strong> />
pequeno porte.<<strong>br</strong> />
Conforme o artigo 3º da Lei Geral, disponível em: www.leigeral.com.<strong>br</strong>, consideram-<<strong>br</strong> />
se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples<<strong>br</strong> />
e o empresário individual devidamente registrado na Junta Comercial do Estado ou no<<strong>br</strong> />
Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:<<strong>br</strong> />
240.000,00;<<strong>br</strong> />
I - Microempresas: aufira, em cada ano-calendário, receita <strong>br</strong>uta igual ou inferior a R$<<strong>br</strong> />
II - Empresas de pequeno porte: aufira, em cada ano-calendário, receita <strong>br</strong>uta superior<<strong>br</strong> />
a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00<<strong>br</strong> />
Tabela 3 – Número de funcionários<<strong>br</strong> />
Funcionários Empresa %<<strong>br</strong> />
5 a 10 0 0<<strong>br</strong> />
10 a 20 0 0<<strong>br</strong> />
20 a 30 1 25<<strong>br</strong> />
30 a 40 3 75<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
Conforme os dados apresentados na tabela 3, das quatro empresas questionadas, uma é<<strong>br</strong> />
composta de 20 a 30 funcionários e o restante tem de 30 a 40 funcionários.<<strong>br</strong> />
45
Tabela 4 – Há quanto tempo é cliente da M.C. Briquetes<<strong>br</strong> />
Tempo Empresa %<<strong>br</strong> />
3 meses 0 0<<strong>br</strong> />
4 a 6 meses 0 0<<strong>br</strong> />
6 meses a 1 ano 0 0<<strong>br</strong> />
1 a 2 anos 1 25<<strong>br</strong> />
Mais de 2 anos 3 75<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da Pesquisa<<strong>br</strong> />
Através dos dados apresentados na tabela 4, das empresas questionadas uma é cliente<<strong>br</strong> />
há mais de 1 e menos de 2 anos da empresa M.C. Briquetes e o restante é cliente há mais de 2<<strong>br</strong> />
anos.<<strong>br</strong> />
Segundo Churchill e Peter (2000) os clientes devem ser o foco principal na<<strong>br</strong> />
organização. A empresa deve, assim, buscar compreender seus clientes e saber quais <strong>pro</strong>dutos<<strong>br</strong> />
e serviços atendem a suas necessidades, mantendo assim um relacionamento constante para<<strong>br</strong> />
garantir uma fidelização duradoura.<<strong>br</strong> />
Tabela 5 – Quantidade de <strong>br</strong>iquetes de pó de serra comprados por mês<<strong>br</strong> />
Quantidade Empresa %<<strong>br</strong> />
5 a 10 sacos 0 0<<strong>br</strong> />
10 a 20 sacos 0 0<<strong>br</strong> />
20 a 50 sacos 0 0<<strong>br</strong> />
50 a 100 sacos 0 0<<strong>br</strong> />
100 a 150 sacos 2 50<<strong>br</strong> />
Mais de 150 sacos 2 50<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
De acordo com os dados da tabela 5 duas empresas compram de 100 a 150 sacos de<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>iquetes de pó de serra por mês e o restante compra mais de 150 sacos de <strong>br</strong>iquetes de pó de<<strong>br</strong> />
serra por mês.<<strong>br</strong> />
46
Tabela 6 – Qual a opinião so<strong>br</strong>e:<<strong>br</strong> />
Qualidade<<strong>br</strong> />
do <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
Muito bom Bom Regular Ruim Muito ruim<<strong>br</strong> />
75% 25%<<strong>br</strong> />
Preço 100%<<strong>br</strong> />
Prazo de<<strong>br</strong> />
entrega<<strong>br</strong> />
Prazo de<<strong>br</strong> />
pagamento<<strong>br</strong> />
Acesso a<<strong>br</strong> />
novos<<strong>br</strong> />
pedidos<<strong>br</strong> />
Nível de<<strong>br</strong> />
atendimento<<strong>br</strong> />
75% 25%<<strong>br</strong> />
75% 25%<<strong>br</strong> />
75% 25%<<strong>br</strong> />
25% 75%<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
De acordo com os dados apresentados na tabela 6, verificamos que 75% afirmaram<<strong>br</strong> />
que a qualidade do <strong>pro</strong>duto é muito bom.<<strong>br</strong> />
Segundo Falconi (1999) um <strong>pro</strong>duto de qualidade é aquele que atende perfeitamente,<<strong>br</strong> />
de forma confiável e no tempo certo às necessidades do cliente.<<strong>br</strong> />
A qualidade é caracterizada pelo valor acrescentado ao <strong>pro</strong>duto ou serviço, buscando<<strong>br</strong> />
atender aquilo que o consumidor deseja.<<strong>br</strong> />
Em relação ao preço do <strong>pro</strong>duto, verificamos que 100% afirmaram que o preço do<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>iquete de pó de serra é bom.<<strong>br</strong> />
Segundo Las Casas (2006) os preços são essenciais para as empresas, pois agregam<<strong>br</strong> />
valor aos <strong>pro</strong>dutos. É através do preço que as empresas recebem retorno em seus<<strong>br</strong> />
investimentos, além de vários benefícios financeiros.<<strong>br</strong> />
Em relação ao prazo de pagamento, ao prazo de entrega e ao acesso a novos pedidos,<<strong>br</strong> />
75% afirmaram serem muito bons.<<strong>br</strong> />
Pride e Ferrell (2000, p. 6) dizem que “para satisfazer os clientes os <strong>pro</strong>dutos precisam<<strong>br</strong> />
estar disponíveis no tempo certo e nos locais convenientes. Ao lidar com a variável<<strong>br</strong> />
distribuição, um gerente de marketing torna os <strong>pro</strong>dutos disponíveis nas quantidades<<strong>br</strong> />
47
desejadas para tantos clientes dos mercados-alvos quanto possível, mantendo os custos de<<strong>br</strong> />
estoque total, transporte e armazenagem o mais baixo possível”.<<strong>br</strong> />
sendo bom.<<strong>br</strong> />
Já em relação ao nível de atendimento, 25% afirmaram ser muito bom e 75% como<<strong>br</strong> />
Podemos concluir que os clientes têm uma boa percepção so<strong>br</strong>e o <strong>pro</strong>duto, preço,<<strong>br</strong> />
prazo de entrega e de pagamento, ao acesso a novos pedidos e ao nível de atendimento, pois<<strong>br</strong> />
nenhum destes pontos foi enquadrado como ruim, regular ou muito ruim. No entanto,<<strong>br</strong> />
percebemos que ainda há melhorias a serem implementadas para que a empresa consiga obter<<strong>br</strong> />
em todas as suas atividades um êxito muito bom.<<strong>br</strong> />
Tabela 7 – A ecologia é importante<<strong>br</strong> />
Empresa %<<strong>br</strong> />
Sim 4 100<<strong>br</strong> />
Não 0 0<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
importante.<<strong>br</strong> />
De acordo com a tabela 7 todas as empresas questionadas acham a ecologia<<strong>br</strong> />
Segundo o dicionário Silveira (1996, p. 225), ecologia é o “estudo das relações dos<<strong>br</strong> />
seres vivos com o ambiente em que vivem”.<<strong>br</strong> />
Isto mostra que as empresas se preocupam e tem a consciência em não prejudicar o<<strong>br</strong> />
ambiente em que vivem, contribuindo para o bem-estar da sociedade.<<strong>br</strong> />
Tabela 8 – Compraria um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto, se custasse o mesmo preço<<strong>br</strong> />
de outro <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
Empresa %<<strong>br</strong> />
Sim 4 100<<strong>br</strong> />
Não 0 0<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fonte: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
De acordo com a tabela 8, as quatro empresas afirmaram que comprariam um <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
ecologicamente correto, se custasse o mesmo preço de outro <strong>pro</strong>duto que não possuísse este<<strong>br</strong> />
diferencial.<<strong>br</strong> />
48
Isto mostra que as empresas estão começando a dar importância às questões<<strong>br</strong> />
ambientais e contribuindo em diminuir os impactos negativos que um <strong>pro</strong>duto pode causar ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente.<<strong>br</strong> />
Segundo Zenone (2006, p. 162), “o impacto dos danos cada vez maiores causados ao<<strong>br</strong> />
meio ambiente vem <strong>pro</strong>vocando um gradativo aumento da consciência ecológica por uma<<strong>br</strong> />
parcela da sociedade, com repercussões diretas na maneira de as empresas conduzirem seus<<strong>br</strong> />
negócios”.<<strong>br</strong> />
Tabela 9 – Compraria um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto, se custasse mais caro que<<strong>br</strong> />
outro <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
Empresa %<<strong>br</strong> />
Sim 1 25<<strong>br</strong> />
Não 0 0<<strong>br</strong> />
Depende 3 75<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fonte: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
De acordo com a tabela 9, uma empresa respondeu que compraria um <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
ecologicamente correto se custasse mais caro que outro <strong>pro</strong>duto. Porém três empresas<<strong>br</strong> />
responderam que esta compra dependeria de fatores outros, como a diferença real entre os<<strong>br</strong> />
preços.<<strong>br</strong> />
Segundo Baker (2005, p. 527), “um consumidor verde pode rejeitar um <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
porque se conscientizou do dano ambiental que esse <strong>pro</strong>duto causa durante a sua <strong>pro</strong>dução ou<<strong>br</strong> />
no seu descarte. Também pode evitar um <strong>pro</strong>duto porque desa<strong>pro</strong>va as atividades do<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icante, de seus fornecedores ou investidores”.<<strong>br</strong> />
Tabela 10 – Sabe que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é ecologicamente correto<<strong>br</strong> />
Empresa %<<strong>br</strong> />
Sim 4 100<<strong>br</strong> />
Não 0 0<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
49
De acordo com a tabela 10, as quatro empresas sabem que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é<<strong>br</strong> />
ecologicamente correto, apesar da M.C. Briquetes não fazer um planejamento de marketing<<strong>br</strong> />
verde e não fazer nenhuma divulgação so<strong>br</strong>e a qualidade e o diferencial do seu <strong>pro</strong>duto.<<strong>br</strong> />
Segundo Crocco et al (2006), um <strong>pro</strong>duto ambientalmente correto deve minimizar o<<strong>br</strong> />
impacto negativo so<strong>br</strong>e o ambiente durante o seu ciclo de vida.<<strong>br</strong> />
Isto mostra que as empresas questionadas têm a consciência de que estão contribuindo<<strong>br</strong> />
com o meio ambiente ao utilizar o <strong>br</strong>iquete de pó de serra.<<strong>br</strong> />
Tabela 11 – De que forma o senhor sabe que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é ecologicamente<<strong>br</strong> />
correto<<strong>br</strong> />
Empresa %<<strong>br</strong> />
Por divulgação feita pela a<<strong>br</strong> />
empresa M.C. Briquetes<<strong>br</strong> />
0 0<<strong>br</strong> />
Pelo conhecimento do<<strong>br</strong> />
3 75<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>cesso de <strong>pro</strong>dução<<strong>br</strong> />
Por amigos 0 0<<strong>br</strong> />
Por outro empresário 0 0<<strong>br</strong> />
Outros meios<<strong>br</strong> />
Fontes: Dados da pesquisa (2008).<<strong>br</strong> />
1 25<<strong>br</strong> />
De acordo com os dados apresentados na tabela 11, das quatro empresas questionadas,<<strong>br</strong> />
três afirmaram saber que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é ecologicamente correto pelo<<strong>br</strong> />
conhecimento do <strong>pro</strong>cesso de <strong>pro</strong>dução e uma empresa através de outros meios.<<strong>br</strong> />
Segundo o <strong>pro</strong>prietário da a M.C. Briquetes, a empresa não informa aos seus clientes<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a importância do <strong>pro</strong>duto ser ecologicamente correto. Não há nenhuma divulgação<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e os diferenciais do <strong>br</strong>iquete de pó de serra oferecido pela empresa e nenhuma estratégia<<strong>br</strong> />
de marketing para atrair mais clientes. Apesar disso, as empresas, por conhecer o <strong>pro</strong>cesso<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutivo do <strong>br</strong>iquete, entendem que o <strong>pro</strong>duto é ecologicamente correto.<<strong>br</strong> />
Tabela 12 – Um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto é um diferencial na hora da compra<<strong>br</strong> />
Empresa %<<strong>br</strong> />
Sim 4 100<<strong>br</strong> />
Não 0 0<<strong>br</strong> />
TOTAL 4 100<<strong>br</strong> />
Fonte: Dados da Pesquisa (2008)<<strong>br</strong> />
50
De acordo com a tabela 11 todas as empresas questionadas responderam que um<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>duto ecologicamente correto é um diferencial na hora da compra. Apesar disso,<<strong>br</strong> />
percebemos ao analisar a tabela 9, que só 25% das empresas afirmaram que comprariam um<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>duto ecologicamente correto se fosse mais caro.<<strong>br</strong> />
Segundo Baker (2005, p. 528), “as empresas podem adotar melhorias ambientais e<<strong>br</strong> />
sociais para seus <strong>pro</strong>dutos ou <strong>pro</strong>cesso de <strong>pro</strong>dução de um modo muito pragmático que reflete<<strong>br</strong> />
o seu desejo de responder às necessidades do cliente e conquistar ou manter uma vantagem<<strong>br</strong> />
competitiva”.<<strong>br</strong> />
Isto mostra que uma empresa que fornece um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto tem um<<strong>br</strong> />
diferencial e uma vantagem competitiva no mercado.<<strong>br</strong> />
51
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS<<strong>br</strong> />
Com o intuito de compreender o marketing verde como uma vantagem competitiva na<<strong>br</strong> />
empresa M.C. Briquetes, este trabalho primeiramente realizou levantamentos bibliográficos<<strong>br</strong> />
acerca do tema, buscando identificar, posteriormente, quais as estratégias de marketing verde<<strong>br</strong> />
utilizadas pela empresa, avaliar o perfil do cliente da empresa e verificar se o mesmo percebe<<strong>br</strong> />
as ações de marketing verde. Com isso podemos concluir que:<<strong>br</strong> />
De acordo com os dados apresentados e com a teoria exposta até este momento, o<<strong>br</strong> />
marketing verde seria uma vantagem competitiva para a M.C. Briquetes, angariando mais<<strong>br</strong> />
clientes ao expor os vários diferenciais do <strong>pro</strong>duto, fazendo com que a empresa se destacasse<<strong>br</strong> />
dos seus concorrentes, conseguindo conquistar uma fatia maior do mercado. Porém, a<<strong>br</strong> />
empresa não utiliza esta vantagem, pois não existe nenhuma estratégia de marketing na<<strong>br</strong> />
mesma.<<strong>br</strong> />
Ao avaliar o perfil dos clientes da M.C. Briquetes, percebemos que os mesmos são<<strong>br</strong> />
empresas de pequeno porte que atuam no ramo alimentício, no qual utilizam fornos a lenha<<strong>br</strong> />
para sua <strong>pro</strong>dução.<<strong>br</strong> />
Ao verificar se o cliente percebe as ações de marketing verde feitas pela empresa,<<strong>br</strong> />
atentamos para o fato de que os clientes não se dão conta disto, já que a própria empresa não<<strong>br</strong> />
utiliza esta ferramenta para divulgar seu <strong>pro</strong>duto, tendo o mesmo uma boa aceitação no<<strong>br</strong> />
mercado, de toda forma. Porém, isto não quer dizer que a empresa não precise elaborar<<strong>br</strong> />
estratégias de marketing, pois esta ferramenta <strong>pro</strong>porciona crescimentos rentáveis para que<<strong>br</strong> />
possa se destacar mais diante de seus concorrentes e se manter firme no mercado.<<strong>br</strong> />
A M.C. <strong>br</strong>iquetes oferece ao mercado um ótimo <strong>pro</strong>duto, porém não divulga o seu<<strong>br</strong> />
diferencial em relação aos dos concorrentes, não informando aos clientes que o <strong>pro</strong>duto é<<strong>br</strong> />
ecologicamente correto. Enfim, não existe nenhum trabalho para que a empresa seja bem vista<<strong>br</strong> />
e tenha um êxito maior no mercado.<<strong>br</strong> />
Se a M.C. Briquetes deseja crescer e obter uma fatia maior do mercado, é preciso que<<strong>br</strong> />
ela utilize o diferencial do seu <strong>pro</strong>duto, pois se trata de um <strong>pro</strong>duto de excelente qualidade,<<strong>br</strong> />
carecendo apenas de uma divulgação a<strong>pro</strong>priada, aliada a uma estratégia de marketing que<<strong>br</strong> />
explore o conceito de marketing verde. Essas ferramentas com certeza <strong>pro</strong>porcionariam<<strong>br</strong> />
vantagens competitivas revertidas, conseqüentemente, em maior lucratividade.<<strong>br</strong> />
52
REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />
ALMEIDA, Sergio. Cliente, eu não vivo sem você: o que você não pode deixar de saber<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e qualidade em serviços e clientes. 17. ed. Salvador: Casa da qualidade, 1995.<<strong>br</strong> />
BAKER, Michael J. Administração de marketing, 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.<<strong>br</strong> />
CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica: para uso dos estudos universitários.v.1, São<<strong>br</strong> />
Paulo, 1996.<<strong>br</strong> />
CHURCHILL, Gilbert; PETER, Paul J. Marketing: criando valor para os clientes. 2. ed. São<<strong>br</strong> />
Paulo: Saraiva, 2000.<<strong>br</strong> />
CROCCO, Luciano et all. Marketing: perspectivas e tendências. Coleção de marketing, v. 4,<<strong>br</strong> />
São Paulo: Saraiva, 2006.<<strong>br</strong> />
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.<<strong>br</strong> />
FALCONI, Vicente Campos. TQC: Controle da qualidade total (no estilo japonês). 8. ed.<<strong>br</strong> />
Belo Horizonte: Desenvolvimento Gerencial, 1999.<<strong>br</strong> />
KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e<<strong>br</strong> />
controle. 5. ed. São Paulo, 1999.<<strong>br</strong> />
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 7. ed. São Paulo: LTC<<strong>br</strong> />
Editora, 1999.<<strong>br</strong> />
LAS CASAS, Alexandre L. Administração de marketing: conceitos, planejamentos e<<strong>br</strong> />
aplicações à realidade <strong>br</strong>asileira. São Paulo: Atlas, 2006.<<strong>br</strong> />
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração: da escola científica<<strong>br</strong> />
à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.<<strong>br</strong> />
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: <strong>pro</strong>jetos, de pesquisa, TGI,<<strong>br</strong> />
TCC, monografia, dissertação e teses. 1. ed. São Paulo: Thomson, 1999.<<strong>br</strong> />
PRIDE, William M.; FERREL, O. C. Marketing: conceitos e estratégias. 11. ed. São Paulo:<<strong>br</strong> />
LTC Editora, 2001.<<strong>br</strong> />
SANDHUSEN, Richard L. Marketing básico. São Paulo: Saraiva, 2000.<<strong>br</strong> />
SILVEIRA, Bueno. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1996.<<strong>br</strong> />
WEIL, Pierre. Organizações e tecnologias para o terceiro milênio: a nova cultura<<strong>br</strong> />
organizacional holística. 5. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 1997.<<strong>br</strong> />
ZENONE, Luiz Cláudio. Marketing social. São Paulo: Thomson Learning, 2006.<<strong>br</strong> />
http//:www.leigeral.com.<strong>br</strong>/tna2definicao.htm. Acessado em: 04/05/2008. Hora: 19h30min.<<strong>br</strong> />
53
APÊNDICES
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ<<strong>br</strong> />
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO<<strong>br</strong> />
Apêndice A – Roteiro de entrevista aplicado ao <strong>pro</strong>prietário da M. C. Briquetes<<strong>br</strong> />
1. Há quanto tempo existe a empresa?<<strong>br</strong> />
2. O que é o <strong>pro</strong>duto?<<strong>br</strong> />
3. Por que o <strong>pro</strong>duto é ecologicamente correto?<<strong>br</strong> />
4. Como é o <strong>pro</strong>cesso de <strong>pro</strong>dução do <strong>br</strong>iquete?<<strong>br</strong> />
5. De onde vem a matéria-prima do <strong>br</strong>iquete?<<strong>br</strong> />
6. Quantos metros cúbicos de lenha o <strong>br</strong>iquete economiza?<<strong>br</strong> />
7. O <strong>br</strong>iquete é mais eficiente que a lenha? Por quê?<<strong>br</strong> />
8. Quantos funcionários compõem a empresa?<<strong>br</strong> />
9. Quantos clientes a empresa têm hoje?<<strong>br</strong> />
10. Os clientes estão satisfeitos com o <strong>pro</strong>duto oferecido?<<strong>br</strong> />
11. Para o senhor o que é marketing?<<strong>br</strong> />
12. Para o senhor o que é marketing verde?<<strong>br</strong> />
13. O senhor conhece o conceito de ecologicamente correto? O que é?<<strong>br</strong> />
14. O senhor sabe se o seu <strong>pro</strong>duto é ecologicamente correto? Por quê?<<strong>br</strong> />
15. Quais são as estratégias de marketing que o senhor utiliza?<<strong>br</strong> />
16. Quais as estratégias de marketing verde que o senhor utiliza?<<strong>br</strong> />
17. O senhor faz planejamento de marketing?<<strong>br</strong> />
18. Quais são as estratégias de marketing dos seus concorrentes?<<strong>br</strong> />
19. Quem são seus concorrentes?<<strong>br</strong> />
20. Quais são os diferenciais do seu <strong>pro</strong>duto?<<strong>br</strong> />
21. O senhor acredita que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra tem vantagem competitiva no<<strong>br</strong> />
mercado? Por quê?<<strong>br</strong> />
55
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ<<strong>br</strong> />
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO<<strong>br</strong> />
Apêndice B – Questionário aplicado aos clientes da M. C. Briquetes.<<strong>br</strong> />
1. Qual o ramo de atividade da empresa?<<strong>br</strong> />
( ) Padaria ( ) Pizzaria<<strong>br</strong> />
2. Qual o tamanho da empresa?<<strong>br</strong> />
( ) Micro ( ) Pequena ( ) Média<<strong>br</strong> />
3. Quantos funcionários têm na empresa?<<strong>br</strong> />
( ) 5 a 10 ( ) 10 a 20 ( ) 20 a 30 ( ) 30 a 40<<strong>br</strong> />
4. Há quanto tempo é cliente da empresa M.C. Briquetes?<<strong>br</strong> />
( ) 3 meses ( ) 6 meses a 1 ano ( ) mais de 2 anos<<strong>br</strong> />
( ) 4 a 6 meses ( ) 1 a 2 anos<<strong>br</strong> />
5. Quantos <strong>br</strong>iquetes o senhor compra por mês?<<strong>br</strong> />
( ) 5 a 10 sacos ( ) 20 a 50 sacos ( ) 100 a 150 sacos<<strong>br</strong> />
( ) 10 a 20 sacos ( ) 50 a 100 sacos ( ) mais de 150 sacos<<strong>br</strong> />
6. Qual a sua opinião so<strong>br</strong>e:<<strong>br</strong> />
Qualidade do <strong>pro</strong>duto<<strong>br</strong> />
Preço<<strong>br</strong> />
Prazo de entrega<<strong>br</strong> />
Prazo de pagamento<<strong>br</strong> />
Acesso a novos pedidos<<strong>br</strong> />
Nível de atendimento<<strong>br</strong> />
7. O senhor acha a “ecologia” importante?<<strong>br</strong> />
( ) Sim ( ) Não<<strong>br</strong> />
Muito bom Bom Regular Ruim Muito Ruim<<strong>br</strong> />
56
8. O senhor compraria um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto.<<strong>br</strong> />
Se custasse o mesmo preço?<<strong>br</strong> />
( ) Sim ( ) Não<<strong>br</strong> />
Se custasse mais?<<strong>br</strong> />
( ) Sim ( ) Não<<strong>br</strong> />
9. O senhor sabe que o <strong>br</strong>iquete de pó de serra é ecologicamente correto?<<strong>br</strong> />
( ) Sim ( ) Não<<strong>br</strong> />
Caso tenha respondido sim, de que forma?<<strong>br</strong> />
( ) Por divulgação feita pela a empresa M. C. Briquetes<<strong>br</strong> />
( ) Pelo conhecimento do <strong>pro</strong>cesso de <strong>pro</strong>dução<<strong>br</strong> />
( ) Por amigos<<strong>br</strong> />
( ) Por indicação de outros empresários<<strong>br</strong> />
( ) Outros meios<<strong>br</strong> />
10. Um <strong>pro</strong>duto ecologicamente correto é um diferencial na hora da compra?<<strong>br</strong> />
( ) Sim ( ) Não<<strong>br</strong> />
57
ANEXO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ<<strong>br</strong> />
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO<<strong>br</strong> />
Anexo A – Processo <strong>pro</strong>dutivo do <strong>br</strong>iquete de pó de serra.<<strong>br</strong> />
Abaixo estão expostas as etapas de <strong>pro</strong>dução do <strong>br</strong>iquete de pó de serra, da sua matéria<<strong>br</strong> />
prima até o <strong>br</strong>iquete <strong>pro</strong>nto para estocar.<<strong>br</strong> />
Foto 1: Pó de serra.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
Foto 2: Triturador.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
59
Foto 3: Peneira.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
Foto 4: Pó de serra peneirado.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
60
Foto 5: Esteira.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
Foto 6: Secador<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora<<strong>br</strong> />
61
Foto 7: Briquetadeira.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
Foto 8: Briquete de pó de serra <strong>pro</strong>nto.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
62
Foto 9: O <strong>br</strong>iquete de pó de serra estocado.<<strong>br</strong> />
Fonte: Foto da autora.<<strong>br</strong> />
A foto acima mostra o <strong>br</strong>iquete de pó de serra já estocado, <strong>pro</strong>nto para ser vendido.<<strong>br</strong> />
Cada saco contêm 40 kg do <strong>pro</strong>duto, sendo vendido a R$ 11,00.<<strong>br</strong> />
63