caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

etenção de água durante a estação mais quente, quando perdem a folhagem,<br />
reduzindo consideravelmente o metabolismo vegetal (TEMÓTEO, 2000).<br />
2.1.2. Histórico e ocupação<br />
Ibimirim foi desmembrado de Inajá, elevando-se a categoria de município em<br />
dezembro de 1963, pela Lei Estadual nº 4.956. É atualmente constituído pelos distritos<br />
de Ibimirim (sede) e Moxotó e pelos povoados Campos, Jericó, Poço da Cruz, Puiu e<br />
Manavi.<br />
O município conta com uma população total de 27.261 habitantes, com 15.116<br />
residindo na área urbana e 12.145 na área rural (IBGE, 2007a). Os indicadores<br />
demográficos apontam uma taxa de urbanização de 55,4%, densidade demográficas<br />
de 12,5%, média de moradores por domicílio de 4,4 pessoas e taxa anual de<br />
crescimento demográfico (91/2000) de 1,58 (MASCARENHAS et al., 2005).<br />
A população rural ibimiriense (44,6%) concentra na agropecuária sua principal<br />
atividade econômica (CONDEPE/FIDEM, 2007). Segundo o último censo agropecuário<br />
(IBGE, 2006), o município tem cerca de 1.800 estabelecimentos rurais, dos quais 229<br />
possuem lavouras permanentes e 1.258 lavouras temporárias. As principais atividades<br />
agrícolas praticadas nessas propriedades são a pecuária extensiva com a criação<br />
principalmente de bovinos e caprinos; o extrativismo florestal; e a agricultura com<br />
cultivos temporários principalmente de tomate, milho e feijão e cultivos permanentes<br />
de banana e manga. As atividades florestais restringem-se basicamente a retirada de<br />
madeira para lenha e carvão.<br />
De acordo com indicadores socioeconômicos, Ibimirim é um dos municípios de<br />
menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (0,566) de Pernambuco, ocupando a<br />
167º posição entre os 184 municípios do estado (CONDEPE/FIDEM, 2007). Tais<br />
índices refletem a ineficiência das estratégias de desenvolvimento para a região, e a<br />
falta de políticas públicas que visem elevar a qualidade de vida da população<br />
2.2. Seleção da área de estudo e da amostra<br />
A escolha do município de estudo levou em conta sua inserção na “área de<br />
carvoejamento”, definida por SÁ et al. (2003) como uma das áreas prioritárias para<br />
conservação da caatinga. Além disso, foi considerada também a necessidade de<br />
estratégias sustentáveis para as atividades rurais da região, uma vez que os atuais<br />
modelos têm demonstrado insuficiente resposta na reversão do quadro de degradação<br />
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