caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br
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pensamento holístico. Neste sentido a agroecologia tem sido construída em ações<<strong>br</strong> />
coletivas, com a contribuição <strong>de</strong> um extenso elenco <strong>de</strong> estudiosos.<<strong>br</strong> />
A primeira sistematização so<strong>br</strong>e os conteúdos que permitem falar da<<strong>br</strong> />
agroecologia foi formulada por Miguel Altieri em 1987 (SEVILLA GUZMÁN et al. 2006).<<strong>br</strong> />
O autor, entendo-a como as bases científicas para a <strong>pro</strong>moção <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
agricultura sustentável 6 nas suas diversas manifestações e/ou <strong>de</strong>nominações, a<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>finiu como “ciência ou disciplina científica que apresenta uma série <strong>de</strong> princípios,<<strong>br</strong> />
conceitos e metodologias para estudar, analisar, dirigir, <strong>de</strong>senhar e avaliar<<strong>br</strong> />
agroecos<strong>sistemas</strong> com o <strong>pro</strong>pósito <strong>de</strong> permitir a implantação e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
estilos <strong>de</strong> agricultura com maiores níveis <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> no curto, médio e longo<<strong>br</strong> />
prazo.” (ALTIERI, 1989a). Em adição, a agroecologia po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>linear os princípios<<strong>br</strong> />
ecológicos necessários para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> rural<<strong>br</strong> />
sustentáveis (ALTIERI, 1989b).<<strong>br</strong> />
De maneira semelhante, para Gliessman (2005, 2006), o enfoque<<strong>br</strong> />
agroecológico correspon<strong>de</strong> à “aplicação dos conceitos da ecologia para o <strong>de</strong>senho e o<<strong>br</strong> />
manejo <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> rurais sustentáveis”.<<strong>br</strong> />
Em sua perspectiva sociopolítica da agroecologia, Sevilla Guzmán (2004; 2006;<<strong>br</strong> />
2007), <strong>de</strong>stacou a participação <strong>de</strong>mocrática e resgate do conhecimento endógeno<<strong>br</strong> />
como fatores intrínsecos para a <strong>pro</strong>moção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e formas <strong>de</strong> manejo<<strong>br</strong> />
sustentáveis e <strong>de</strong>finiu agroecologia como:<<strong>br</strong> />
“o manejo ecológico dos recursos naturais, através <strong>de</strong> formas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ação social coletiva para o estabelecimento <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> controle<<strong>br</strong> />
participativo e <strong>de</strong>mocrático, nos âmbitos <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> e circulação.<<strong>br</strong> />
A estratégia teórica e metodológica, assim elaborada, tem por um<<strong>br</strong> />
lado uma natureza sistêmica e um enfoque holístico, que tais formas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> manejo possam frear o <strong>de</strong>senvolvimento das atuais forças<<strong>br</strong> />
<strong>pro</strong>dutivas para conter as formas impactantes <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> e<<strong>br</strong> />
consumo que tem gerado a crise ecológica. Por outro lado, o<<strong>br</strong> />
manejo ecológico dos recursos naturais, terá igualmente, uma forte<<strong>br</strong> />
dimensão local como portadora <strong>de</strong> um potencial endógeno, que,<<strong>br</strong> />
6 Seguindo os princípios agroecológicos, a agricultura sustentável é aquela que envolve uma<<strong>br</strong> />
compreensão holística dos agroecos<strong>sistemas</strong> e aten<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira integrada aos princípios da baixa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> inputs comerciais; do uso <strong>de</strong> recursos renováveis localmente acessíveis; da utilização<<strong>br</strong> />
dos impactos benéficos ou benignos do meio ambiente local; da aceitação e/ou tolerância das condições<<strong>br</strong> />
locais, antes da tentativa <strong>de</strong> controle so<strong>br</strong>e o meio ambiente; da manutenção em longo prazo da<<strong>br</strong> />
capacida<strong>de</strong> <strong>pro</strong>dutiva; da preservação da diversida<strong>de</strong> biológica e cultural; da utilização do conhecimento e<<strong>br</strong> />
da cultura da população local e da <strong><strong>pro</strong>dução</strong> <strong>de</strong> mercadorias para o consumo interno e para a exportação<<strong>br</strong> />
(GLIESSMAN, 2005).<<strong>br</strong> />
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