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caracterização de sistemas de produção - Ciencialivre.pro.br

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1.3. LEVANTAMENTO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DOS SISTEMAS DE<<strong>br</strong> />

PRODUÇÃO RURAL COMO SUBSÍDIO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS<<strong>br</strong> />

AGROFLORESTAIS<<strong>br</strong> />

Na tentativa <strong>de</strong> criar novas alternativas ao mo<strong>de</strong>lo extensionista adotado na<<strong>br</strong> />

década <strong>de</strong> 1960, que trazia como premissa a simples substituição <strong>de</strong> antigas técnicas<<strong>br</strong> />

“primitivas ultrapassadas” dos <strong>pro</strong>dutores po<strong>br</strong>es do “terceiro mundo” pelos mo<strong>de</strong>rnos<<strong>br</strong> />

pacotes tecnológicos <strong>de</strong>senvolvidos pelos países do “primeiro mundo”, foram criadas<<strong>br</strong> />

novas metodologias <strong>de</strong> pesquisa e extensão, que passaram a consi<strong>de</strong>rar, so<strong>br</strong>etudo, o<<strong>br</strong> />

conhecimento endógeno das populações locais para o levantamento <strong>de</strong> informações<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os <strong>sistemas</strong> rurais, numa abordagem coletiva, sistêmica e integrada.<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, o Centro Internacional <strong>de</strong> Investigação Agroflorestal (ICRAF),<<strong>br</strong> />

visando principalmente às necessida<strong>de</strong>s dos países em <strong>de</strong>senvolvimento, com<<strong>br</strong> />

condições socioeconômicas e ambientais particulares, criou uma metodologia<<strong>br</strong> />

específica para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> agroflorestais conhecida como<<strong>br</strong> />

Diagnóstico e Desenho, D&D (Diagnostic and Design) (RAINTREE, 1987).<<strong>br</strong> />

No D&D se consi<strong>de</strong>ra três importantes aspectos que possibilitam um a<strong>de</strong>quado<<strong>br</strong> />

planejamento dos <strong>sistemas</strong> agroflorestais para <strong>de</strong>terminada região: (1) <strong>caracterização</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s, visando facilitar o <strong>pro</strong>cesso <strong>de</strong> discussão com agentes institucionais<<strong>br</strong> />

locais; (2) <strong>caracterização</strong> <strong>de</strong> <strong>pro</strong>prieda<strong>de</strong>s, i<strong>de</strong>ntificando <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> utilização da<<strong>br</strong> />

terra, seus <strong>pro</strong>blemas e limitações; (3) planejamento <strong>de</strong> <strong>pro</strong>postas tecnológicas como<<strong>br</strong> />

alternativas <strong>de</strong> melhoria dos <strong>sistemas</strong> tradicionais, contemplando a priorização das<<strong>br</strong> />

<strong>pro</strong>postas frente aos recursos disponíveis (EMBRAPA, 1998).<<strong>br</strong> />

O D&D po<strong>de</strong> ser usado em dois níveis distintos: em larga escala, o Macro D&D,<<strong>br</strong> />

prevê a análise <strong>de</strong> ecorregiões como países ou grupo <strong>de</strong> países através da (1)<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificação dos <strong>pro</strong>blemas e restrições dos <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> uso da terra em uma dada<<strong>br</strong> />

ecorregião; (2) i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> áreas prioritárias com potencial para a intervenção<<strong>br</strong> />

agroflorestal; (3) i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> pesquisas prioritárias e formulação <strong>de</strong> <strong>pro</strong>gramas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pesquisas; e (4) i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s, oportunida<strong>de</strong>s e mecanismos para<<strong>br</strong> />

cooperação interinstitucionais, visando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ferramentas<<strong>br</strong> />

tecnológicas. Em menor escala, o Micro D&D, foca um sistema <strong>de</strong> uso da terra<<strong>br</strong> />

inserido em uma ecorregião prioritária para intervenção agroflorestal. O Micro D&D<<strong>br</strong> />

envolve uma <strong>de</strong>talhada análise da família e dos <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> <strong><strong>pro</strong>dução</strong> praticados<<strong>br</strong> />

(AVILA e MINAE, 1992).<<strong>br</strong> />

O planejamento dos <strong>sistemas</strong> agroflorestais segundo a metodologia <strong>de</strong> Franke<<strong>br</strong> />

et al. (2000), <strong>de</strong>ve ser precedido <strong>de</strong> uma ampla i<strong>de</strong>ntificação, <strong>caracterização</strong>, e<<strong>br</strong> />

avaliação prévia da região que se <strong>de</strong>seja trabalhar, com o objetivo principal <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>screver o meio físico, biótico e socioeconômico da área, em um nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

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