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Instituto Superior de Educaçaçãodo Vale do Juruena<br />
Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena<br />
DISCIPLINA: TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA<br />
Prof. MS. ALBERICO CONY CAVALCANTI<br />
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Depois dessas reflexões, penso que temos melhores possibilidades de<br />
realizarmos uma apreensão mais profunda dos fatos e problemas que envolvem a<br />
realidade educacional vivida por professores e alunos. Esta é uma disciplina que se<br />
integra a outras disciplinas como a Sociologia da Educação, a Filosofia da Educação, etc.,<br />
buscando interferir racionalmente nos processos educacionais.<br />
A escola está inserida no contexto da sociedade brasileira, marcada pelas<br />
desigualdades do sistema capitalista. Compreender as relações entre esta escola e o<br />
contexto político, econômico e social é de fundamental importância. O que se quer é<br />
buscar subsídios teóricos e instrumentos de reflexão que contribuam para colocar os<br />
alunos de frente para a escola e para a sociedade no sentido de (re)conhecê-la em seus<br />
múltiplos aspectos. Nesta proposta, está em jogo a compreensão das razões que, até<br />
hoje, impossibilitaram superar ou amenizar o problema educacional, procurando formas<br />
de contribuir para essa superação.<br />
Acreditamos que poderemos, a partir de do desenvolvimento intelectual e<br />
afetivo, auxiliar na compreensão dessa escola, participando da construção de novas<br />
práticas escolares, alternativas às vigentes.<br />
A escola brasileira está inserida no sistema social mais amplo do país,<br />
marcado pelo sistema capitalista. Embora com características comuns, o capitalismo não<br />
se realiza da mesma maneira em todos os lugares. É preciso identificar suas diferentes<br />
formas de realização: na coleta de peixes na Amazônia, na extração de minérios do Brasil<br />
Central ou, ainda, nas relações que se desenvolvem no campo ou na cidade. É preciso<br />
não só desvendá-lo, mas também buscar na realidade escolar, no funcionamento das<br />
escolas e das práticas docentes, mecanismos que revelem traços ou necessidades dessa<br />
escola, situada nessa realidade específica.<br />
Os estudos que têm sido realizados sobre a escola, a partir de vários enfoques<br />
– sociológicos, políticos, ideológicos – têm mostrado que um dos pontos críticos dessa<br />
escola são os mecanismos de seletividade nela presentes, responsáveis pela repetência<br />
e expulsão de parcelas significativas de alunos, em geral originários das populações mais<br />
pobres.<br />
Temos claro que a solução desse problema não é meramente técnica, é<br />
política, e passa pela capacidade de organização e de pressão da população, o que inclui<br />
pais, alunos, professores, funcionários, autoridades e trabalhadores de modo geral.<br />
De família reconhecidamente bem-educada pode resultar filho mal-educado,<br />
assim como mãe pedagoga não implica capacidade aprimorada de educar. Talvez até se<br />
pudesse insinuar – na fofoca das comadres – que geralmente filho de pedagogo é mais<br />
mal-educado, assim como filho de psicólogo pode ser ainda mais maluco. Mesmo assim,<br />
costumamos acreditar em “berço”, insinuando aí que o contexto familiar positivo tem<br />
influência profunda na vida dos filhos.<br />
Apesar de todas as mudanças profundas pelas quais passa a família, talvez<br />
ainda estivéssemos inclinados a aceitar que o melhor lugar para educar um filho é numa<br />
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