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Instituto Superior de Educaçaçãodo Vale do Juruena<br />
Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena<br />
DISCIPLINA: TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA<br />
Prof. MS. ALBERICO CONY CAVALCANTI<br />
psicologia da educação estava decisivamente centrada na mudança de atitude<br />
denunciada por Claparède 5 :<br />
“(...) que a pedagogia deve basear-se no conhecimento da criança da<br />
mesma maneira que a afirmação de que horticultura tem sua base no<br />
conhecimento das plantas é uma verdade aparentemente elementar.<br />
Porém, por sua vez, é totalmente desconhecida por parte da maioria<br />
dos pedagogos e por parte de quase todas as autoridades escolares<br />
(...) Duvido que, nas escolas de horticultura, não haja no programa<br />
algumas horas dedicadas à botânica e ao conhecimento das plantas.”<br />
Ao olharmos nossos alunos, enquanto eles estão na sala de aula ou brincando<br />
no recreio, vemos cada um deles movendo-se, agitando-se ou parados. Identificamos<br />
cada um deles pela sua altura, pela cor de seus cabelos, seus olhos. O que se torna<br />
visível para nós são os seus corpos.<br />
Verificamos que há alunos que correm, brincam e que participam de todos os<br />
jogos. Nas salas de aula não apresentam qualquer problema de postura, de atenção,<br />
lêem e escrevem sem dificuldades, conhecem a noção de tempo e espaço.<br />
Verificamos também a existência de alguns que são diferentes, embora tenham<br />
uma inteligência normal. São "desastrados", isto é, derrubam coisas quando passam,<br />
possuem movimentos muito lentos e pesados e têm dificuldades em participar dos jogos<br />
com outras crianças. Nas salas de aula não conseguem pegar corretamente no lápis,<br />
apresentando uma letra ilegível; às vezes escrevem com tanta força que chegam a rasgar<br />
o papel, ou então escrevem tão clarinho que não se enxerga; muitos possuem uma<br />
postura relaxada, têm dificuldade em se concentrar e entender ordens, sentem-se<br />
perdidos, por exemplo, quando se exige o conhecimento direita-esquerda; não<br />
conseguem manusear uma tesoura; pulam letras quando lêem ou escrevem, não<br />
conseguem controlar o tempo de suas tarefas. Enfim, são diversos os problemas que as<br />
crianças podem apresentar.<br />
O que exatamente está se passando?<br />
O que torna as primeiras crianças mais capazes de agir no meio?<br />
O que se pode faze para ajudar as crianças com problemas?<br />
Estas questões são constantemente formuladas por alguns educadores que se<br />
preocupam com o desenvolvimento integral do aluno no processo ensino-aprendizagem.<br />
Muitas das dificuldades apresentadas pelos alunos podem ser facilmente<br />
sanadas no âmbito da sala de aula, bastando para isto que o professor esteja mais atento<br />
e mais consciente de sua responsabilidade como educador e despenda mais esforço e<br />
energia para ajudar a aumentar e melhorar o potencial motor, cognitivo e afetivo do aluno.<br />
Na realidade, o que acontece é que, frente às mínimas dificuldades<br />
encontradas com os alunos e não sabendo resolvê-las, os educadores encaminham-nos a<br />
especialistas, em clínicas geralmente caras. Existem, porém, muitos pais que não têm<br />
5 CLAPAREDE E. Phychologie de l'enfant et Pédagogie Expérimentale. I. Le développement. mental (11ª<br />
edição, p. 71). Neuchâtel et Paris: Delachaux et Niestlé. 1972.<br />
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