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Instituto Superior de Educaçaçãodo Vale do Juruena<br />
Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do Juruena<br />
DISCIPLINA: TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA<br />
Prof. MS. ALBERICO CONY CAVALCANTI<br />
humanizadora, vêm reforçando a importância das influências de variáveis internas como<br />
as crenças, valores, técnicas, expectativas e, sobretudo os afetos, que funcionam como<br />
motivadores para as crianças e para os adolescentes na construção de raciocínios,<br />
emoções, ações e, conseqüentemente, gosto pelas aulas...<br />
Dentre as variáveis acima, destaca-se a auto-eficácia. Define-se como autoeficácia<br />
a crença que o indivíduo possui sobre sua capacidade de desempenho em<br />
atividades específicas. Envolve o julgamento sobre suas capacidades para mobilizar<br />
recursos cognitivos, emocionais e volitivos em ações de controle sobre eventos e<br />
resoluções de problemas. Tais crenças influenciam as aspirações e o envolvimento com<br />
metas estabelecidas, o nível de motivação, a perseverança face às dificuldades, a<br />
resiliência às adversidades, relacionando-se com a qualidade de pensamento<br />
analítico/sintético e a vulnerabilidade para o estresse e depressão.<br />
Falamos acima sobre resiliência. Como é um conceito relativamente novo, com<br />
aproximadamente quarenta anos, necessitamos de alguns esclarecimentos.<br />
Está sendo bastante comum escutar nas empresas, nas escolas e na imprensa<br />
falar de que temos que ser resilientes. E os resilientes são aqueles que são capazes de<br />
vencer as dificuldades, os obstáculos, por mais fortes e traumáticos que elas sejam. Pode<br />
ser desde um desemprego inesperado, a morte de um parente querido, a separação dos<br />
pais, a repetência na escola ou uma catástrofe como um tsunami. Aliás, já se encontram<br />
muitos livros abordando o assunto como o Resiliência: descobrindo as próprias<br />
fortalezas, organizado por ALDO MELILO e ELBIO NESTOR SUÁREZ OJEDA. Nesse e<br />
noutros livros e artigos encontramos os autores relatando que o conceito de resiliência<br />
passou de uma fase de “qualidades pessoais”, até ao conceito mais atual de<br />
compreendê-la como um atributo da personalidade desenvolvido no contexto psicosócio-cultural<br />
em que as pessoas estão inseridas. E desde os anos 80 a escola tem sido<br />
vista como um desses ambientes, por excelência, para haver o enriquecimento da<br />
resiliência.<br />
No Brasil, o assunto da resiliência se torna fundamental quando examinamos o<br />
fato de a taxa de crescimento econômico brasileiro – mesmo o país sendo tido como<br />
nação emergente – em 1996 ter sido de apenas 2,7%. Em 1997 ela terminou em 3,6% e,<br />
no ano seguinte, pifiamente – em apenas 0,12%. Em 1999 se marcou 0,8% e para 2000<br />
houve uma alentadora taxa de 4,2%. Os dados e as projeções elaboradas pelo próprio<br />
IBGE para o triênio (2001-2004), nesse tópico e naqueles relacionados ao crescimento da<br />
condição econômica e melhora de vida, foram números lamentados por toda a sociedade.<br />
Logo, é possível ter muito mais êxito na educação, se na vida houver<br />
flexibilidade de se viver ricamente os vínculos e os afetos que nos rodeiam. A falta de<br />
flexibilidade em situações de traumas e sofrimentos é uma das dificuldades para<br />
harmonizar um projeto de vida.<br />
Aqui é necessário voltarmos a falar sobre didática e sobre os termos cognitivo,<br />
emocional e volitivo.<br />
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício<br />
educativo, de decisões filosófico-políticas e epistemológicas de um projeto histórico de<br />
desenvolvimento humano para o povo.<br />
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